O ler me
tolhe; o não ler me liberta – outro paradoxo; porque também o não fazê-lo
empata o indivíduo ainda mais no ignorar; na tacanhez; mantém-no tosco; ao que
também isso não é obrigatoriamente sinônimo de ignorância.
Digo aqui, que
nem sempre a leitura, o conhecer o pensamento alheio é apenas enriquecedor no
que se refere a tornar-me um criador de originalidades; um original.
Tudo já
está escrito, se o leio, se o acesso, o
que escrevo passa a fazer parte de mais um arquivo. Em resumo, passo ser eu,
leitor, um mero copiador; mimeografando o que compilei. Isso, de certo, não é
exatamente meu.
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