As
vitórias sobre o ímpeto o situarão em um classificarão distinta.
Ainda hoje pode o ato de contrição, - não
aquele ligado ao catecismo, mas um agir sereno, contrito, meditativo e só - servir como uma ferramenta válida.
Ele
ainda é de grande serventia para, nos afazeres diários, observarmos onde
estamos falhando; onde nosso comportamento vem gerando atrito e desconforto
para os lados envolvidos no convívio com os nossos. Meditando se nos tornamos
capazes de resolver determinada questão abandonando de uma vez por todas aquela
mania, aquele orgulho e o ar vaidoso, foco de picuinhas que se arrastam há anos!
Embora
pareça não ser essa uma pratica recorrente da maioria daqueles que conosco convivem
- ainda que seja delicado apostar em tal observação. Não porque sabemos que nem
sempre buscam mudar a impetuosidade dos humores sempre a postos, mas por entenderem
que estão bem como estão; esse estado de leniência não deve avalizar, por sua
vez, a minha inação; a minha conivência na manutenção de um quadro que, quando olhado
com criticidade, se mostra extremamente desagradável.
Vivemos
em um mundo egoísta onde o primeiro passo precisa ser dado pelo outro, porém,
muito claramente nós retribuímos, não dando continuidade ao avanço da
cordialidade; não dando o segundo passo. É preciso muito boa vontade para
vencer o ímpeto; o ímpeto de fazer ou o ímpeto de não fazer. Então, de onde vem
o impulso; onde nasce e o que fazer para sufocá-lo?
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