De
que adianta desculpar-me, disse, pois, ainda que saiba do que veladamente a
precocidade sempre presente do seu senso imaturo me acusa, é muito difícil
frear minha crítica. Por mais que entenda que a exerço sob uma ótica toda
própria, sob a minha perspectiva; continuo registrando o fato como se disso não
soubesse, como se não houvesse esse distanciamento, e não me entendo um covarde
por isso, por parecer fraco ao que parece atacar um que outro. Não, registro o
que vejo, como um fotógrafo. E não é minha intenção e sim confusão alheia se o
foco é distorcido do significado real de todo esse processo que se revela
somente a mim; que vem à luz na mais nítida imagem com todas as suas matizes permitindo
assim observá-los.
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