Não vale a pena
Nenhuma
verdade vale realmente o sacrifício humano para vir à tona - se é que possa ser
esta uma expressão de anunciação de algo de valia a florescer neste ambiente
onde reza a conivência com a injustiça, ou apenas uma forma eufemista de
colocar nossa realidade! (como é que o melhor vem à tona no pior?) Porque
sempre será uma verdade a tentar se impor a mentira e isso é tão desgastante e
írrito quanto é ilusório tentar impor ou experimentar na nossa tradição o
comparar o real ao não real quando é ao segundo que são dirigidas todas as
súplicas. Ou, seja, ainda que reconhecidamente extraordinária e descomunal o
peso da verdade nos corações humanos, e por mais absurdo que seja admitir que uma
série de nós morresse tentando provar sua força – real -; aos poucos ela se
mesclará ao plano irreal mimetizando-se até desaparecer e se tornar lenda;
então a pergunta: até onde é válido qualquer sacrifício que se mostrará
inferior por mais superior que possa valer sua defesa, por maior que seja a
crença; a incondicionada convicção?
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