domingo, 29 de janeiro de 2012

O último mal é real


A partir do último mal da Caixa de Pandora
iniciaram-se todos os outros



Na mitologia grega, Pandora, "a que tudo possui", foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu ter roubado do Olimpo o segredo do fogo para dar aos homens.

Epimeteu tinha em seu poder uma caixa que outrora lhe haviam dado os deuses, que continha todos os males. Avisou a mulher que não a abrisse. Pandora não resistiu à curiosidade. Abriu-a e os males escaparam. Por mais depressa que providenciasse fechá-la, somente conservou um único bem, a esperança. E dali em diante, foram os homens afligidos por todos os males.

Como diz a história, a caixa só continha os males, e porque a insistência em registrar a história de maneira tal que a esperança é o único bem que restou na caixa!

Acontece que Zeus sempre entendeu os homens, e sabia que mesmo permitindo que Pandora mantivesse a esperança presa, ainda assim daria jeio o homem de possuí-la de alimentá-la, e se ainda a da caixa fosse liberada, o homem se fartaria ainda mais deste mal que o acomete, é da esperança que vem a inação.

“Se se tem apenas esperança perdido você está”, diz o Mestre Yoda, é preciso buscar a certeza, pelo menos uma certeza momentânea, náo há base na esperança, o nosso caminhar depende de nós próprios. Um mínimo de certeza, este deve ser o único paliativo até que seja encontrada um resquício de Verdade.

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Quase deuses


 
Walt Disney representou muito bem nossa falta de educação somada a nossa assumida, embora, é claro, infundada, auto-proclamada superioridade, com relação ao comportamento que devemos ter frente ao desconhecido em “Aprendiz de Feiticeiro” no filme Fantasia, onde o desligado, abobado, alucinado, maravilhado Mickey, sem saber com o que está lidando faz uso de parte dos poderes do mestre tornando sua ansiedade de execução em um pequeno caos de perigosas proporções, até que este venha em seu socorro e restabeleça a confusão toda; nós humanos sempre optamos pela parte contrária a moral, a parte errada da história em troca de uma curiosidade muitas vezes desarrazoada, onde ao invés de não tocarmos no que nos é desconhecido preferimos pensar que ao final da história virá alguém que realmente entenda e coloque tudo novamente nos eixos.

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sábado, 21 de janeiro de 2012

Pensando a Amizade


Mesmo a amizade deve ser pensada em algumas situações. Ficamos tão felizes ao encontrar alguém, que no intuito de sermos bem aceitos, aceitamos até mesmo nos comportamos de forma avessa a costumeira, era preciso nestas situações avaliar o quão necessário é este novo comportar, quanto dele é seu e quanto não passa de ações que irão forçá-lo à volta a um caminho já trilhado.

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Conhecimento sobre a fé


Como será que se escolhe a fé certa?

Por que todos aqueles que dizem professar algum tipo de fé comum insistem que os outros serão salvos somente ao exercitar esta mesma fé!?!

Não está aí um tipo de egoísmo, caso esta fé não esteja sabiamente fundamentada - como saber realmente.

Ao contrário, caso ela fosse sabiamente fundamentada estaria este fiel tentando convencer outros a segui-la ou então, persistiria com ela ou mesmo com este pesar assim que florescesse tão rara sabedoria?



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domingo, 15 de janeiro de 2012

Parafraseando Confúcio


O grande homem lamenta suas próprias imperfeições numa proporção ainda maior do que os outros as ignoram.

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Preito Anônimo


Os maiores desejos, os desejos mais inconfessáveis, aqueles arrebatadores que mínguam forças e razões advém de grandes provocações. Ao provocar, Fedro intima e consegue através de um arrebatamento jamais imaginado, regado a jarras de bebidas que, sorvidas a vontade, movem, e tocam as libidos mais íntimas, destarte, desculpados, aportados ou ancorados em um Eros que sequer alguns pudessem imaginar existir sob tantas facetas, lícitas ou ilícitas, eruditos e sofistas, esmiúçam e põem a mostra através de uma linguagem classicamente erótica jamais comparável as impudicas normais a estes tons, as máscaras não apenas do mote do Banquete, e sim de todo um Olimpo de deuses, semideuses, ninfas e amantes, e todos os mais diversos artífices que povoam o vasto, o grandioso universo de um Platão inimaginavelmente inspirado, de posse de sua originalidade mais criativa. Quantos filósofos e pensadores até então não apenas demonstraram seu apreço a Eros, como agora, porém de carona apoiaram com honra o intento totalmente alcançado por um dos neófitos mais dignos de Sócrates, hierofante da cátedra maior do pensamento.

Até mesmo a assustadora Górgona, com sua cabeça de serpentes é transformada; e suas cobras já não assustam, todas são transformadas em símbolos fálicos, musas e rapazolas representam o prazer puro, da pureza que encanta, que atrai, entrementes, estão todos alheios como os eternos seguidores de festas báquicas conscientemente licenciosas, entorpecidos por razões que alucinam, mentes, certezas, convicções estas que Agaton, Erixímaco, Aristófanes o demonstram tão bem, mesmo, e comprovando isto e o contrário como se tudo tivesse que imediatamente e sempre ser lembrado, ou não esquecido, torna-se patente quando novamente, Sócrates, com sua assinatura verbal que, sempre rodeando, pastoreando o borrego estulto como uma serpente que hipnotiza o ser indefeso antes do bote, embora este matreiro assumido, sabe que tudo lhe é permitido quando se está a praticar toda e qualquer arte, faz uso de suas questões, tão capciosas quanto dignas de respostas únicas, assertivas e voltadas a impossibilidade da negativa, demonstrar mais uma vez que nem sempre uma defesa por mais eloqüente e bem postada da palavra é exatamente motivo para total depósito de confiança ou está livre de engano, desde que esta não seja defendida por este último.

Todo orador pode ou tem o poder de hipnotizar, qualquer que seja o ou a platéia ouvinte, e a intenção do possuir, o que não deve ser esquecido é que ao falar de desejo, estamos pisando, trilhando um terreno nevôo, fugaz, escorregadio; é este flagrante que faz com que tudo neste instante seja tratado não apenas com o máximo de cuidado como toda a palavra que antecede a ação é meticulosamente estudada em questões de segundos, como um hábil jogador que precisa desvencilhar-se do adversário e tão rápido deve ser seu pensar quanto seu movimentar-se.

Da tragédia de Sófocles ao poder inquestionável e sedutor aliciante advindo do materializado secularmente à Apolo, tudo é revisitado. As musas são eróticas, porém isto é insuficiente, elas precisam ser erotizadas e materializadas, e assim, envoltas em véus tão mais finos aos jamais vistos, mesmo em ambientes comparados ao de Palas Atena, aparecem, surgem, envolvidas no clima de festividade plangente em meio aos convivas totalmente embebidos, e assim, ébrios, se apresentam agora, ainda mais entorpecidos aos sons de cantos que remetem as sereias e aos insondáveis oceanos dos mais obscuros e inexistentes àqueles conhecidos embora carregados de mistério.

Seria cedo dizer que é demais; não para alguém comum. Na impossibilidade das coisas tudo é possível. Já Eros não é mais mistério. A beleza foi deflorada da forma e na sua forma mais linda e imaginável possível, os mundos nãos do bem, do belo, do sonhado por seres superiores já existem. Tudo é palpável. Mesmo na agressão de Sócrates tem-se o sublime e o concordar, e mesmo as deusas guerreiras depuseram seus escudos ornados com a deusa Palas Atena, a vagina dentada não mais existe. Alcibíades acalmou-se, e seu discurso do mais puro amor ao ser superior terá que, mesmo entendendo que agora seu amor por Sócrates, tornou-se ainda mais, ou ao menos foi inegavelmente comprovado a todos a razão de ser, render-se ao discurso de Diotima tornado matéria através do feio sensível que jamais se viu igual; o injusto executado, eterno defensor do belo.

De um momento para outro o abismo, este vão que amedronta, que espanta e que devora seres e deuses tornou-se fenda, tornou-se não apenas acessível, é agora penetrável e querido, todo o desejo agora volta-se para ela.

Um diálogo Dionisíaco domina então os salões perfeitamente ornados, todos; burburinhos de contentamento, um ulular geral e generalizado apossou-se destas mentes que de tempos em tempos resolvem entregar-se às defloras do prazer agora inquestionável, e todo este clima tem um único motivo, um único homenageado; Eros, tudo aqui esta destinado a brindar Eros. Ele foi e queria ser desvendado e todos os dêmons foram deificados. Nem mesmo a terrível Medusa existe mais aqui, não mais como dantes, sua máscara fora transformada e ela coexiste em meio a Afrodites e por que não Nefertitis e co-irmãos para regalo de todos os partícipes, brindemos, pois; este Banquete báquico de prazeres insuspeitavelmente livres.

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Há castigo também na sabedoria



Retrucou-me então:

Sábio você diz ?!?

De que vale tratar-me eu de um sábio quando sei que mesmo atentar contra a própria vida posso; por saber que nem mesmo isso redime meus pecados ou mesmo meus mesquinhos quereres.

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Flagrantes da vida


Este é o flagrante de um colega de trabalho conversando com outro.

Um deles comentando sobre o dia agitado, lembrando de seus "perrengues", de quando era apenas um surfista adolescente e vivia de papo pro ar curtindo a beira mar de um litoral qualquer do mundo.

Sofrido, não levava no bolso mais do que o necessário e indispensável para um surfista de início de carreira e com pouco a preocupar-se com o futuro.

Agora, recebendo uma bolada invejável por mês, porém sem tempo de ir até o mar para que então as ondas torturem-no majestosamente, reclamou ao colega num arremate fulminante:

“Aí, “guerrero”; tenho saudades daquele tempo quando era ruim”

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domingo, 8 de janeiro de 2012

Hey You - Pink Floyd



http://www.youtube.com/watch?v=lRcQZ2tnWeg


Hey You - Pink Floyd


Hey you,
Out there in the cold,
Getting lonely, getting old,
Can you feel me?


Hey you,
Standing in the aisle,
With itchy feet and fading smile,
Can you feel me?


Hey you,
Don't help them to bury the light.
Don't give in, without a fight.


Hey you,
Out there on your own,
Sitting naked by the phone,
Would you touch me?


Hey you,
With your ear against the wall,
Waiting for someone to call out,
Would you touch me?


Hey you,
Would you help me to carry the stone?
Open your heart, I'm coming home.


But it was only, fantasy.
The wall was too high, as you can see.
No matter how hard he tried, he could not break free.
And the worms ate into his brain.


Hey you,
Out there on the road,
Always doing what you're told,
Can you help me?


Hey you,
Out there beyond the wall,
Breaking bottles in the hall,
Can you help me?


Hey you,
Don't tell me there's no hope at all.
Together we stand, divided we fall.


Ei você




Ei você!
Aí fora no frio
Ficando sozinho, ficando velho
Você pode me sentir?




Ei você,
De pé no corredor
Com pés sarnentos e sorriso fraco
Você pode me sentir?




Ei você,
Não os ajude a enterrar a luz
Não se entregue sem lutar




Ei você,
Aí fora na sua
Sentado nu ao telefone
Você me tocaria?




Ei você,
Com o ouvido contra o muro
Esperando alguém chamar
Você me tocaria?




Ei você,
Você me ajudaria a carregar a pedra?
Abra seu coração, estou indo para casa




Mas era apenas fantasia
O muro era muito alto, como você pode ver
Não importa o quanto ele tentasse, ele não poderia se libertar
E os vermes comeram seu cérebro




Ei você,
Aí fora na estrada
Fazendo o que te mandam
Você pode me ajudar?




Ei você,
Aí fora além do muro
Quebrando garrafas no corredor
Você pode me ajudar?




Ei você,
Não me diga que não há nenhuma esperança
Juntos nós resistimos, separados nós caimos





http://www.vagalume.com.br/pink-floyd/hey-you-traducao.html#ixzz1itktkOJ5


das coisas que me remetem a Você.

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Incauto culto


Aproveite-me, ainda enquanto tento, disse-me ele, enquanto ainda sou um culto incauto e pouco consciente de quão desprezível e imerecedor é o homem que nada quer, mas essa consciência não tardará a me atacar, a força da energia gerada por o que quer (não querer) o homem tem poder até mesmo sobre mim, e então não passarei mais de um poço que fôra abandonado tristemente por não conter ouro ao invés de água pura.

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Conselho


Aconselhou-me então:

“Aquele voltado às coisas do espírito, para sobreviver àqueles voltados a matéria, precisa estar ciente e atento, tomando sempre o devido cuidado ao nível, a capacidade destes que estão à sua volta, afinal, é costume, quando estes iludidos não consegue demovê-lo da idéia de manter a retidão da alma, ou das maravilhas que é estar à margem do Caminho, tentar, insistentemente, atingir seus pertences, sua moral, ou aquilo que mais ama, dando mostras da covardia e dissimulação, companheiras de sempre destes pobres desafortunados.”

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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Planeta Placenta




Da evolução como único princípio para a ascensão a um plano maior.


É preciso dizer uma vez mais: este é apenas um Planeta Placenta.


Ao contrário do que muitos pensam, o homem ama o lugar onde vive!?!


Destruir toda a vida no Planeta Terra é a mais acertada demonstração de perpetuar a vida do homem aqui.


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