sábado, 31 de maio de 2014

Pedra dos Ancestrais



A secular máquina do tempo; responsável única pela formação da Pedra da Ancestralidade, deverá ser redesenhada de forma a produzir a partir de materiais menos nobres o veio que representa o longo tempo por que passa hoje nossos inglórios pais heróis que nada sabem sobre a herança herdada e muito menos sobre a ser deixada.

Chegará um tempo em que a Pedra da Ancestralidade gerará, - se ainda for um bem a ser carregado – mais escárnio que respeito, ao sermos lembrado e associados à ganância, discórdia, insensatez, vaidade, indolência; enfim, a nossa irresponsabilidade visível e inegável.


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Alheio



Da alienação total ao agora contemporâneo.

Das centenas de milhares chamadas de atenção para informações e mensagens à que sou exposto nestes tempos de mídia fácil; informações essas que apenas se querem importantes; nada me diz respeito realmente.

 No Aurélio

[Do lat. alienatione.]
5.      Filos. Processo ligado essencialmente à ação, à consciência e à situação dos homens, e pelo qual se oculta ou se falsifica essa ligação de modo que apareça o processo (e seus produtos) como indiferente, independente ou superior aos homens, seus criadores. [Cf. (nesta acepç.) objetivação e reificação.] 


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Apenas mais um registro



Como tudo se encontra na rede, nada pode ser negado peremptoriamente, e nem mesmo motivo de uma crença de atirar-se de cabeça.

A anotação a seguir; entendi digna de registro devido a um quase séquito de nomes estelares: Jorge Luis Borges disse que Thomas Mann disse sobre Schopenhauer com respingos em Nietzsche; gostei, somado ao fato de que o dito é válido, então, os autores diafanam-se na energia da idéia - UM LIVRO DE THOMAS MANN SOBRE SCHOPENHAUER | JORGE LUIS BORGES http://sobrefulanos.blogspot.com.br/2011/11/um-livro-de-thomas-mann-sobre.html

"Todos os manuais"; aponta Mann, "ensinam que Schopenhauer foi, em primeiro lugar, o Filósofo da Vontade, e em segundo, do Pessimismo. Mas não há primeiro nem segundo: Schopenhauer, filósofo e psicólogo da vontade, não podia não ser pessimista. A vontade é algo infeliz, fundamentalmente: é inquietude, necessidades, cobiça, apetite, anseio, dor, e um mundo da vontade tem de ser um mundo de sofrimentos..." e observa ainda, “que a filosofia de Schopenhauer é a de um homem jovem” e se vale ou utiliza a opinião de Nietzsche para ilustrar que, “pensava que cada um tem a filosofia de seus anos, e que o poema cósmico de Schopenhauer traz a marca da idade juvenil em que predominam o erótico e o sentido da morte”.


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Não é questão de inteligência - XXVII



"As pessoas não sabem o que querem, até mostrarmos a elas."

Steve Jobs

Isto serve para o marketing, esse pessoal sempre “saca rápido” as coisas, mas quanto difícil é para o que é essencial, para o que realmente faz a diferença.

À medida que avançamos nas habilidades em relação à linguagem tecnológica, regredimos na mesma proporção aos valores que edificam a integridade humana.  


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sábado, 24 de maio de 2014

Ainda sobre o alqueire



Ainda e por quanto tempo deveremos retornar à máxima da candeia*!
Há quanto tempo à humanidade recorre – em vão; sob pretextos - a esta máxima que, simples como o existir é tornada sua aplicação também um fardo. Fardo apenas nas mãos daqueles que insistem em não seguir o fluxo comum á vida.

 Viemos assistindo por milhares de anos aqueles que sabem, ainda que desmentidos ou tomados por visionários esclerosados pelo grupo cuja força reside apenas na animalidade promulgar exatamente o que contraria o dito na escrita daqueles que, por mais fundamentada que fosse, acaba sempre por desmoronar diante da sandice que parece revigora-se proporcional e inversamente.

Independe do tempo então; ainda no agora que dista em muito leis que não estão nem mesmo em pergaminho registradas e ainda que seja como sempre foi e será, insiste o ser primitivo - em não conectar-se ao conhecimento que liberta -, considerar convenientemente, sentimentos e ações primevas que para sempre com ele caminharão porém que para sempre também podem ser abafados por um pensar renovado e decodificado observando que a luz se não subjaz totalmente o feito que ainda envergonha, clareia para a novidade da superação que liberta.
  
Poderíamos dizer que isto basta, porém não o vem fazendo a milhares de anos, e assim será, mesmo que costurado em outros momentos que não aqui, que nem mesmo serão medidos pelo tempo, fato é que continuaremos assistindo a vigarice de insanos medrosos acreditando-se certos em manter candeeiros sob a mesa.


*Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
“Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama?

Não é para ser colocada no candeeiro?

Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se,
nem há nada oculto que não venha à luz.”


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Discorrer




Continuar, seguir, avançar até mesmo para discorrer rumo ao nada é preciso um mínimo de discernimento, um mínimo de acordar arrazoado, para que não caia-se na pretensão vaidosa de se entender artista, articulador ou intelectual diferenciado, por exemplo. É preciso saber-se nada para se ser algo. Quem sabe não faz por saber que apenas estará realizando uma repetição do que aprendeu e se não for por necessidade não há motivo algum para a repetição. A repetição é desenvolvida ou por manutenção de um existir medíocre ou se a isso somar-se o fato de que haverá aplausos, estes, os destruidores do continuar íntegro.

A escrita adimensional não procura nada, pois o único que procura é o necessitado. A escrita não se sabe viva – por disso não necessitar -, apenas o morto que escreve se quer vivo e quer tudo até que suas forças o obrigam em um continuar arfado sem que nada tenha conseguido ou tudo, embora esse fardo mais pese que lhe de sossego, é um ocaso de castigo: apreciar o que fez sem ter prazer também agora durante a apreciação mesclada aos suspiros da morte que se aproxima.

Quem procura então é o insignificante escritor que pouco aprendeu além de juntar letras a formar textos. Quando abandonada no papel faz o seu, e ao se entregar aquele que lê, ao se doar, a idéia viverá para sempre enquanto o autor, como se mimetizado ao processo, não passará de uma junção de letras também que, justapostas, formarão um nome, um registro, um código que, se negligenciado pelo tempo, poderá se apagar permanecendo assim apenas palavras, não um pensamento coletivo em torno de alguém que não passou de um instrumento.

Em meio à série de palavras que aglutinam centenas de idéias, quase tantas quanto elas, um tempo sem fim que não existe não apenas deixará a mostra o pensar retrogrado do registrador, mas fluirá como um manancial inesgotável quando acessado e ajustado aos pensares díspar de tantos quantos tenham e utilizem seus cérebros para criar novos sentidos à matriz inicial.

 Já uma matriz, por exemplo, pode copiar o homem: nascer, viver mediocremente e apagar-se no tempo, ou pode ser como uma matriz que, mal comandada pelos homens de saia, deturpam, aproveitando-se de uma beleza que está além do que outros aproveitados e esfolados vivos muitas vezes construíram; outra matriz pode ser a escolhida de um ou um grupo especial ou mesmo de um não especial, porém detentor, e então fazer jus ao seu despertar e modificar caminhos, rumos e escolhas, tornando a vida um pouco mais amena, o existir um que menos espinhento - é dessa diferença que se trata.

Espinhento, deve ter dado curso, através da adimensionalidade, ao expiento. Espinho e expiação não necessariamente são expressões distintas ainda que filólogos de toda a conta, baseados em suas matemáticas rígidas e conceitos eruditos possam dizer não, ao manter-se agarrados às suas visões cuja catarata os tenha segado para imaginações mais férteis; para a imaginação que ameniza os aguilhões urdidos ou urdidores do existir aceito.
  
O querer e o não querer são escolhas, e um quer o ir, o outro ficar, e ao chegar, tanto um quanto o outro foram; não há o que dizer além disso. Tudo é só existência, ou ao contrário, tudo é a magnânima existência. E também, tudo é facilmente compreensível quando se está homem: de que tudo se deve a uma pequeniníssima conexão cerebral, analogamente, se o sol é um ponto no nada, esta conexão é um ponto no nada do cérebro, mas este é o ponto, e quem o desvenda, desvenda tudo, e isso é maravilhoso. E quando o fazemos quase que perde a graça dada a simplicidade em si. É mais ou menos como o poeta que diz, - ao relatar a conquista finalizada - de um objetivo qualquer que até então fazia todo o sentido: “foi tão fácil”; afinal, somos assim, após um vem outro. Demorará um tempo que não acreditamos possível - por justamente ainda acreditarmos no tempo - que nada disso será quando então acessarmos o adimensional.
 
*
A escrita adimensional faz parte do sensorial, do intra sensorial,
do intra e supra dimensional,
quando um sentido apenas não é suficiente para acessá-la;
para plasmá-la.

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Pode-se entender como cobrança...



...mas a nomenclatura é o que menos importa.

*

Ok, ok, digamos que és um daqueles que entende como natural que a conta venha; que a providência lhe apresente o ônus de desmandos inconseqüentes (de toda uma vida? Uma existência?), de resultados obtidos de humores desequilibrados, de estados de orgulhos exacerbados, poderes sobretaxados, mesquinharias e atitudes reles que há tempos vieram lhe corroendo o espírito e cobrando comportamentos contritos a todo o desavisado que lhe cruzasse os caminhos, e por aí vai; como diria estar seu preparo para a cobrança da fatura – “fiz coisas questionáveis”? 

Em analogias caseiras com Minha Parceira consensamos que não é tão pior excomungar contra um novo estado caótico que estraçalhe nossa pacata existência onde o tão cobrado direito de ir e vir é aviltado não por conta de um estado político inepto injusto e bastante comum, mas sim de uma retaliação inaudita e justiceira que parecia impossível a tanto esquecida  ser debulhada sobre nossa existência sossegadamente miserável e então, atravessada no caminho: desmonta todos os nossos defendidos, mesmo que lastimáveis, planos de continuidade sem fundamento sério – ainda que necessário ao meio ou simplesmente protegido devido ao estado ignoto - quanto darmos de ombros para alguns poucos princípios que, em horas de calmaria eram protegido apenas verbalmente sem o auxílio do coração, pois em tempos de provas voltamos às primitivas atitudes improcedentes; situação essa que em seu bojo carrega a negativa de enfrentar de uma vez por todas a acre cobrança, quando sempre fazendo par nosso ideal falho com nosso pensar que defende o indefensável, inadvertidamente, decidimos que somos superiores àquele que cobra e o resultado deste “virar as costas” é o continuísmo de uma vida distorcida em desvãos e imaturidade desarrazoada. 

 Destarte, cabe a questão; o que então será por nós expelido para o espaço, para esse universo que parece somente lembrar que existimos quando é para cobrar a conta; arrecadar o que nunca parece ser devido? Impropérios inauditos e brados de vingança ou resignação e recolhimento, demonstrando que nossa paga é justificável e a lição aprendida?

Independentemente do sem número que caminha preso às incontáveis algemas que aprisionam o espírito neste estado homem; e que, quando assim: será inominavelmente infeliz caso tenha revelado um mínimo de consciência moral se por ventura venha a sofrer um descaso mais pungente, antes, sendo ou não um comandante, repito o já dito em outros tempos, seja também um ser desprovido de discernimento crítico, apenas estes não sofrem ainda que descubram que seu existir não passou de um arrastar-se.

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domingo, 18 de maio de 2014

Quando o “virar as costas” significou um valor?



Atualmente, os desmandos advindos da falta de caráter generalizado, e o incentivo ao ser esperto ou oportunista, leva o indivíduo diligente primeiro a cismar e então pesar, se na necessidade de alguém que lhe solicita os préstimos, irá, em hora oportuna, devolver o favor recebido, - ainda que um homem distinto não dê a isso importância - pois é certo que vivemos um momento onde eles somente são restituídos enquanto o que favoreceu possuir ainda força para a cobrança - força no sentido de poder; de importância.


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“Comissão menor”



Auxiliar na conservação e melhorar ainda mais o estado harmônico quando temos a contribuir é o dever natural do ser sociável, porém uma vez que se aproxima o caos, sua instauração deve ser apressada, somente aí, chegar-se-á mais rápido a condição inicial.


098.g cqe

Ao constituir-se mito o íntegro ascende ao sagrado.



A ação condignamente perpetuada,

após selada pelo tempo;

ainda que deixe seu legado academicista,

adquire, inequivocamente,

o status supremo de mito.


*


Defendo uma tese, até onde sei inédita. E o faço de tal maneira a ponto de acreditar, tanto na observação particular que lhe dedico, quanto o sei que por si só tem força para manter-se evoluindo, independentemente do julgamento externo.

Minhas razões por esta teoria consiste em um princípio básico; e, muito embora ela contemple como a maioria desses estudos, quando, obrigatoriamente - e de forma natural por defensores afins do meio - costuma receber suas observações de recusa, e neste caso específico possa se mostrar também como uma descoberta de gosto duvidoso, de apreciações que em nada se justificam a um erudito convencional, onde, também eu, defensor tácito do belo, preciso abdicar das minhas negativas ferrenhas e deixar por conta da natureza matemática ou que alinha astros e leis incorrigíveis a seu comando que, se nada tem de desatenciosa é toda planejada e proativa; conserva em seus meandros, inquestionáveis motivos críveis, de forma que: se há o não belo ou; se também o não belo insiste em existir, é por um único motivo: somar na periferia para que a excelência retorne com toda a sua inaudita exuberância.

A proposição já teve aqui revelado na prática, meia resposta, mas completo afirmando que justifico essa interpretação, ainda que deveras contrariado, até mesmo por desgostar não apenas do fato de estar certo como também, pela ação que nos obriga a aceitar quando percebemos que algo acintoso tomou um vulto inegociável, pois, assim que observado que tudo conspira a favor de determinada situação – onde muitas, nasceram desacreditadas para o tal - de um determinado acontecimento ou modismo involuntário. Se ele se perpetua, ou como no caso de hoje – nossa exagerada falta de jeito para o que realmente apraz - que traz a tona as mais ensandecidas criações; é preciso concordar, partindo do princípio de que para tudo há um motivo – ainda que isso possa parecer bastante obscuro ou em algumas situações de difícil compreensão e por mais que estudemos o fenômeno não entendamos seu propósito – mas, se vem à luz, é por uma causa, repiso: ainda que alguns de nós não a percebamos; se o absurdo em voga é discutível por uma gama enorme em reuniões – de interesses escusos ou afins - considerando-o - pasmem os apreciadores do belo: pode haver no Grande Processo, que a nós é obviamente invisível, um grau de importância, um que de necessário na finalização do projeto como um todo devido sua extensão infinitamente continuada. Parto do princípio de que tudo o que nos é apresentado faz parte de algum tipo de ferramenta que, se não nos é conveniente agora é provável que tenha alguma serventia futura.

Mesmo que decidido a colocar prematuramente esta minha mecânica em um assunto por demais óbvio e para sempre obrigatório e essencial, entendo providencial o momento, afinal, de alguma forma, trata-se este texto de um tipo de homenagem, mas é certo que fazendo isso posso confundir um pouco o processo; vou clarear então.

Na exposição passada, parto do princípio onde chama a atenção o movimento em torno de determinado assunto, – a meu ver, precipitado e exagerado devido, primeiramente, mas jamais exclusivo, ao desgaste do que se entende por conceito adquirido com legitimidade – ainda que discutível. Por exemplo, não compactuo em quase nada do que classificam hoje como artes plásticas e ainda menos quando a julgam especial, somado a fama ignominiosa do material denominado como arte abstrata. E, retirando os especialistas que no mais das vezes somente o são de nome e devido ao despreparo instalado; destarte, jamais entenderei a polvorosa, os excessos que são amealhados em torno do assunto. Vejo, é justo, que uma ou outra situação acaba por se salvar e é somente então: desse processo que enxergo como um conta-gotas do tempo que, devido à insistência – mesmo do que desagrada -; uma mísera gota alheia é aproveitada. Um néctar de tudo o que está ali está sendo ou será gestado, e isso, todo esse processo de gestação ainda que pareça aqui, insignificante, e quase sem propósito; na linha do tempo que não cessa, somar-se-á ao que realmente faz diferença. E da minha parte concluo, que finalmente a insistência de todo o estardalhaço dos marchands que pouco mais entendem do que gera soberba, e não raro alheios ao que eles próprios dizem: acabam por contribuir com a coisa em si.

Assim, é certo o entendimento de que, se o mal feito, o desprovido de gosto e bom senso pode e vem sendo, exageradamente, elevado ao patamar de arte, também é verdade afirmar que, de alguma forma íntima, o autor está obtendo; - ainda que se acomode com pequenas gorjetas, colhendo apenas os louros de uma platéia de gosto duvidoso, - assimilando técnicas e adquirindo experiências, e finalmente é correto afirmar, que uma série de acontecimentos dignos foram ocultado por conta de um sem número de escolhas equivocadas de nossos comandantes, porém não é verdade afirmar que assim será para sempre.

Desta feita, considerando que algumas pessoas, por motivos parecidos aos aqui descritos jamais entrem em uma galeria de arte abstrata por conta própria, não significa que ao longo de um século nada tenha acontecido nesse meio que não possa ser classificado por pessoas de sentido mais apurado e desobrigado de viés qualquer.

Resolvi fazer este preâmbulo sem fim para defender a ideia de Joseph Campbell sobre a importância do mito. Mas antes quero expressar minhas escusas por misturar mitologia com o que entendo como, o absurdo gerado em torno das artes plásticas ao longo dos últimos anos, devido ao fato de não compreender, por exemplo, a importância, o destaque à sua abstração, porém, já defendi meu ponto de vista onde entendo que tudo tem lá seu crédito, por outro lado existem tantos apaixonados por este assunto que não mudaria em nada um a mais fazer parte do clube.

Meu caro Campbell; desculpe-me mais uma vez, porém, lendo suas colocações, vi-me na obrigação de escrever sobre a importância do mito, expressar minhas opiniões, que, ainda que pareça apenas um exercício de escrita, se quer sério por entender, e fazer par com algumas das suas sobre este tema que lhe é tão caro.

Em algum ponto já havia eu defendido também, o fato de que os antigos haviam palmilhado toda a estrada, e que todos os aspectos mais importantes e que agora pode servir ao homem inteligente, atento, - até porque um não existe sem o outro - como um balizador, como um gabarito a ser usado de forma indistinta auxiliando mesmo o mais cego de nós, e, em algumas situações, até para o incauto, está evidenciado que o processo todo foi mastigado exaustivamente, de tal maneira, que apenas precisa ser engolido. É inegável, porém, a existência daqueles que estão aí para deturpar a brilhante forma encontrada, mas é inegociável que haja outra aplicação que não a encontrada por nossos ícones soberbos e modelos para uma humanidade às rédeas, que insiste em definhar desviando-se do caminho desbravado; porém, é incontestável ainda, que o homem para defender seus interesses comezinhos, não julga o arrastar dos séculos que advirão de sua luta em manter o mito escondido, tornando o espetacular e (em?) mentiroso, descartável; prolongando assim seu esquecimento.

Por mais que entendamos a dificuldade de ajustar estas descobertas aos nossos tempos e admiremos a luta de alguns de nós em conexão invisível com forças que desconhecemos, conseguindo manter algum tipo de ordem aos absurdos de leis e costumes insanos perpetuados que mergulham do passado no tempo presente como se fossem indispensáveis, pouco, no que diz respeito aos nossos comandantes, tem sido feito.

Talvez esta seja a sua maior dificuldade amigo Joseph, convencer - ainda mais tarde - um pessoal que carrega um mundo de informações on line no bolso, que se diz conectado e antenado com o futuro negligenciando ainda uma vez mais o poder do mito.

Volto então a minha dissertação inicial, que parece ser descabida, porém se não é um caminho; ou um caminho válido, serve como ponto de partida. Por mais que a mitologia carregue a pecha de pertencer ao arcaico ao erudito, ela sobreviveu – e continuará sendo. É quase vexatório ter aqui que partir; utilizar-me da mecânica descrita para defender algo de suma importância (essencial à continuidade, continuidade não, a hoje quase utópica superação humana). Mas uma vez que o gigante J. Campbell tenha colocado excepcionalmente a importância do mito, expresso que, se ele ainda é lembrado, – não nos enganemos; e que esse enganar-se não se perpetue por outras dezenas de séculos – não é apenas para fazer parte da história ou ser romanceado quando mostrado - muitas vezes... de forma oportuna.

Tudo o que faz parte do efêmero não se perpetua, ele apenas existe e ainda que seja eternizado na história, sempre será apenas ou pouco mais de mera estatística.

Não o mito.

Por mais que demoremos a aceitar, o mitológico é e sempre será não apenas um arquivo vivo rico em reminiscências, o mito é muito mais que isso. Quando o acessamos, devemos respeitá-lo, pois estaremos tratando com organismos vivos; alguns, para todo o sempre, invioláveis.


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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Abuso de poder



Como é bom viver em um estado onde temos poder sobre o outro e ignorância suficiente para lançar mão de tal poder.

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sábado, 3 de maio de 2014

Decisão Capital


Se pudéssemos de alguma sorte perceber o Todo, e entendêssemos com nosso consensar míope milenarmente ruminado, algo do Seu motivo, e antes de finalizar o julgamento consultasse com honestidade nossos princípios mais defendidos; O perceberíamos como uma torrente em direção a harmonia; ou Seu ato derradeiro corre inexorável para o inconciliável?


Entendo tal análise como suficiente o bastante para acercar-me de uma sentença acertada e afirmativa: uma tomada de decisão, e o policiamento definitivo das minhas escolhas a partir de então. 


095.g cqe

Simples assim...(!?!)



Ele, felicíssimo, como um ungido do reino da dor, disse - e eu não o contestei, e nem mesmo o interpretei precipitadamente, não era possível:

“Antes era escravo da ilusão; agora sou escravo do que acredito existir.”

Sempre há uma maneira de escravizar-se, pensei, escolha a sua; porque não – mas o faça com inteligência!?!


094.g cqe

Indevidamente desmitologizado



Também entendo que precisaríamos voltar a observar o mito, - avalizando o estudioso Joseph Campbell. Vejo que os jovens, desde sempre, conservam seus mitos, seus heróis particulares da mocidade, mas os mantém como únicos por até uma vida, porém me parece que os velhos mitos, que, equivocadamente, a juventude os têm como arcaicos para seu modo contemporâneo tecnológico e ultra moderno, somando ao fato que conservam suas certezas sobre ter havido uma escolha errada por parte dos antepassados, - afinal, tudo parece ter dado errado – concluem então, que o passado deve continuar frequentando apenas os livros de história.

Como sempre, descuidados, é certo que suas conclusões não sejam válidas; alguém deveria lhes falar que foi somente a minoria que perpetuou-se no comando que insistiu em deturpar o heroísmo mítico fazendo com que os menos atentos, (a maioria) continuassem trilhando por caminho obscuro. E, ainda que entendessem que até os mitos caem, jamais compreenderiam por que isso acontece, fato é que ao que parece essa validação não se dará, para desespero dos defensores mais radicais da bandeira de J. Campbell, o que se pode concluir é que não existirão mais “Josephs Campbells” no futuro, porque, agora sim, são raros os mitos que valerão a penas ser perpetuados.

*

A mitologia aprendida com seriedade desenvolve no adolescente um sentido de responsabilidade, de certa forma são heróis de verdade e, não é preciso muito para que nos entendamos superiores também; filhos de Zeus ou Júpiter, irmãos de Sócrates, e co-partícipes da Ilíada. Em determinadas regiões, é mais fácil sentir-se descendente de Apollo que do Cristo, porém tudo acaba sendo a mesma coisa; é preciso entender que a importância do mito está na modificação do ser e não na leitura; na compreensão ou deturpação errada do mito. Muito mais tarde, todos entenderemos, ao ser equalizada a fatura, que tudo estava certo.  


093.g cqe

Reh seita



Tudo o que a humanidade pensa e imagina é direito adquirido dela.

Comprar o que lhe foi “dado de graça” é simplesmente assumir o descontrole total de seu querer mais íntimo.


092.g cqe

Ser íntegro



O ser íntegro é aquele que, em encontrando o conhecimento, converte-o em sentimento de ampla instrução e educação para as massas que se perdem na ignorância, construindo o templo do altruísmo no coração e tornando-se uma luz acesa no caminho por onde transitam os que se equivocaram e se encontram sem qualquer orientação para seguir adiante.
Esta é a missão do altruísmo.

Retirado do Livro:
Impermanência e Imortalidade
FEB, capítulo O Altruísmo, pg. 132
de Divaldo Pereira Franco
pelo Espírito
Carlos Torres Pastorino.
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Retrato de um país...




...que somente tem sua importância devido à extensão geográfica, fora isso, sua insignificância faz par a mais de uma centena de outros.
*
Digite Allan Kardec em um sitio de buscas na internet brasileira hoje, e a primeira imagem é a de um jogador de futebol... e, antes que me contradigam, pesquisei; não tem nada a ver com o maravilhoso evento que se dará dentro de pouco mais de um mês.

Restariam ao menos duas questões iniciais. É a internet, realmente, um local de pesquisa séria? Pode ser que nossos exímios e dedicados pesquisadores assim não entendam – e convenhamos, devemos desconsiderar que essa possa não ser uma questão inequívoca -; ou o nosso, continua não sendo um país sério? Como disse; restariam.


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