sábado, 24 de junho de 2017

Arremedos de epicuristas




Alguns poucos de nós, em algum trecho do existir, queremos ser epicuristas sem ter passado ainda pelo não ser. A filosofia aponta o caminho e o resultado, espertos, encontramos atalhos para neste relaxar, enquanto aquele espera seu tempo para ser vivido.

Os verdadeiros prazer e liberdade só poderão ser absorvidos em significado quando o Verdadeiro Caminho for trilhado.




029.n cqe

Semiose



Abaporu e Antropofagia - A plasticidade é objetiva ainda que abstrata. É a dimensão em que o homem vislumbra o possível fora do universo molecular por ora não compreensível por conta do habitual limite perspectivista, contanto segue proibitiva, obscena, pagã... ao desacordado.



028.n cqe

Por um universo mais generoso



Das importâncias devidas - Entrevistas e editoriais aleatórios, fora do circuito noticioso, - por conta da ainda parcialidade e desvinculação normal aos demais - costumam dizem o que pensam embora regularmente necessitem, por parte do leitor não assíduo, dos filtros sempre obrigatórios – tudo, evidentemente, depende de assimilar e entender o universo contextual do que se pretende. Igualmente, ao ler um pensador que diz com propriedades, sem que a resposta, a solução seja possível ou viável àquele instante histórico, em ambos os casos onde autores de peculiaridades diversas atiram para todos os lados, seja em semanários ou compêndios de associação de bairro, ainda que não (a)pareça a todos, pode conectar uma solução ao problema ou à expectativa única ao leitor atento, e não só.

*



O universo é sectário, no sentido também, de que não apenas é aberto a infinitas oportunidades de observações, obviamente, como a história confirma que nada pode ser contrariamente afirmado, ou precocemente refutado em se tratando do fator homem/vontade no que se refere às possibilidades ainda impossíveis ou mesmo não imaginada à época.

Fértil, abundante, generoso, imparcial e entregue, assim podemos observar o universo. E por se tratar de uma espécie de quebra cabeças, precisa de todas elas para que a dinâmica funcione, e quanto mais azeitada a máquina, isto é, mais antenados e comprometidos com a filosofia de que uma vez unidos, nobres e férteis em ideias – tal como filhos naturais; genuínos, desse poderoso habitat - podemos mais, e teremos a nossa disposição um sistema que pode ascender à perfeição.

Daí é fácil entender e asseverar que um indivíduo consegue enxergar o problema, ainda que ele não ocupe cadeira alguma, nem próxima ao conselho, ou nem mesmo figure apontado como membro comum a cadeia de decisões. É a partir de então que o pluripartidarismo inteligente atua, ao entender que o universo poderá dar a resposta a um grupo esparso de indivíduos e as questões a outros. Cabe a nós decifrarmos através da generosidade trabalhada, a importância dos aspectos em desenvolvimento.

Contribuição da Minha Sempre Bem Amada

Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos

027.n cqe


Caso a pensar

















De acaso em acaso chega-se ao ocaso





026.n cqe

Alegria genuína




A despeito do respeito obrigatório a todo ser vivo, um ao menos deve ser defendido de maneira inalienável a todo homem; que é o direito à alegria genuína. Nenhuma alegria deve ser contestada.

Da série; do direito inalienável de ser um bobo-alegre

Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos






025.n cqe

Da série “Cadun-cadun”



E Ele voltou à carga:

“Enquanto se observa o outro sob o aspecto da negatividade crítica, sem o necessário e sempre obrigatório cuidado a contextualização própria, ocupa-se de um tempo devido desperdiçado inversamente, destinado para austeros e disciplinados exames.”





024.n cqe


sábado, 17 de junho de 2017

Eu vi gnomo



Os seres elementais se manifestam de várias maneiras; se, sensitivamente nos atentamos sem nada procurar, apenas confiando, eles insistirão, do contrário desistirão, quando, ao procurar, sentimos a brisa até então invisível que motivou o tilintar do sininho.

Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos




Contribuição da Minha Sempre Bem Amada

023.n cqe

É inteligente ser ignorante


Não raro pode-se constatar em ações ditas de governo, outorgada aos comandantes da vez, que não apenas as repetem sistematicamente mas, se observadas nas suas particularidades podem ser entendidas como parte do processo regular que continuará tragando a felicidade do homem comum. 

A ignorância dos governos valendo-se de trabalhados ataques tão desnecessários quando dissimulados ou defesas mentirosas por conta do desconhecimento, do amadorismo ou do medo, nos leva a concluir que é acertado imaginar que é muito melhor, antes de um risco real, buscar alguma inteligência e morrer na ignorância tentando decifrar o que está acontecendo do que através dela, lançar mão da precocidade arbitrária e atacar e destruir o que não entendemos tão somente por isso. 


022.n cqe

A-possado





Da migração dos medos - A Pré-história; enfrentar as eras dominadas por conquistadores; a Idade média e toda a pauta violenta de outras eras deveriam fazer com que a nossa evolução não invejasse em nada àquelas, agora conhecidas como pavorosas existências - a muitos quase de inexplicável sobrevivência; e não apenas se observada através do olho eletrônico. No entanto o quinhão de violência herdado nem tanto desmerece a sobrevivência atual, porém se observada a política sórdida que vem nos amarrando em confuso e nefando jogo de poderes podemos pensar que a liberdade vigiada hoje é a maior pena imposta a toda a universalidade atual que obviamente auto impôs-se onde, se a porção biológica drenou da sobrevivência sempre obrigatória os medos a ela relacionados, se soma e viceja na outra parte, o medo da perda. Nascido do resultado de centena de milhares de anos trabalhando negociatas ao aprender que: uma vez apossado, é e sempre foi, aqui, a única condição respeitada de poder. 

*

Talvez nosso maior incômodo devesse ser coexistir nessa luta insegura por conta do desequilíbrio entre o medo natural e o medo arranjado.





021.n cqe  

Ferramenta útil II












Então ele disse, em observação aos cuidados com o corpo:




“Acordado para tempos e colheitas é certo que preciso ter a consciência de que só posso ser um bom instrumento se funciono. Uma ferramenta que é utilizada até seu colapso ainda nova é tão somente um inútil utensílio novo; pretendo ser o formão gasto, no entanto sempre a mão para novos ataques a madeira.”


020.n cqe

“Clip da Enya”




Em um filme estarrecedor sobre a voracidade desmedida de economistas, apostadores yuppies e banqueiros que jogam com as dificuldades dos mortais comuns prestes a perder economias de toda uma vida e casas hipotecadas um dos personagens que observa a derrocada eminente, ao telefone com sua mulher, enquanto atravessa ruas de NYC, a meca do universo econômico, observa que ninguém está prestando atenção em nada. Ele não acredita que todos ali estão conduzindo suas vidas sem ao menos imaginar o que lhes aguarda; “parece que vivem no Clip da Enya”, espanta-se; em outro momento, leio no jornal que artistas de todo o mundo criaram e reúnem essas obras em um evento na Alemanha, inspiradas no medo e paranoia geral.

Imagino então que o medo que eles registram é tão somente o medo psicopatológico – é claro, excetuando o pavor real daqueles que estão vivendo in loco os horrores jamais imaginados.

Observando sob o contexto do filme, não há realmente a preocupação com o momento atual, são apenas aqueles desequilibrados emocionalmente que precisam de especialistas para curar suas fobias e voltar novamente ao “Clip”. Da nossa parte entendemos que nem mesmo estes, então em pleno surto, conseguem prever o que de verdade deveria dar medo se conseguisse observar o que não é percebido.

*


Não sabemos o que é distopia e muito menos que seus efeitos podem ser reais, e isto é bom, ainda que em algum momento teremos que passar por seus infinitos e ainda inimagináveis portais.



019.n cqe

sábado, 10 de junho de 2017

Aprender-se



A educação é limitada pela idade. Acordado para isso o homem passa ao aprender não didático, não externamente direcionado; é somente a partir de então – uma vez livre - que ele trilhará o seu próprio caminho de entendimento.

Acostumamo-nos a nós. Folgamo-nos em hábitos degenerados ou não e maus costumes. Talvez, também por isso, somos recorrentes ao não ousar enfrentar, de peito aberto: nossos particularíssimos sistemas comportamentais; não observamos nossos “desencaixes” sociais. Invariavelmente, quando muito, após alguns tropeços onerosos precisamos entrar no terreno da espiritualidade; dos especialistas, e aprender sobre valores, sobre o ético e o não ético ou aderir a linguagens religiosas como mecânica de aprendizado ou mesmo contenção.

Se não isso, ou como se isso não bastasse, uma vez em completo desarrazoamento, ainda como técnicas e envolvimento científico, nossa atenção retrograda e limitada à matéria, ao material, condena à hospícios não apenas estes, mas gênios e pessoas cuja percepção aguçada é tida para a ciência como aberração por pura falta de entendimento, preguiça, desatenção, dogma, lobbies comerciais ou paradigmas, quando a resposta sempre esteve no estado além molecular.

Alguém precisaria argumentar que a educação do homem continua para além do indivíduo substancialmente educado e que esta obrigatoriedade se faz tão somente por sua falta de condução própria – e só.

No entanto a educação mundial está ainda encabrestada em sentidos outros que não apenas de entender-se a ela forçado por necessidade de sobrevivência ou superação aos demais. Isso posto, somente em determinado ponto da vida, - geralmente tarde demais – alguns poucos de nós entende que educar-se, que aprender faz bem a alma, ao espírito: muitíssimo ao contrário da lição obrigatoriamente aprendida; só então o aprender se torna prazer – e não apenas o aprender externo; ainda mais importante é aprender-se.

Era preciso que ensinássemos às pessoas a aprender a aprender. Aprender não apenas amando o didatismo, o lirismo; ou alguns poucos que desenvolvem técnica que circundam somente em torno do educar-se – o que é lindo, mas é paliativo. O indivíduo precisa apreender que a educação necessária à inclusão tem seu tempo, no entanto é mais; é o portal de entrada para o mais importante: a busca do autoconhecimento.

*

A educação é limitada por níveis de tempo/idade. Acordado para isto o homem passa ao aprender não didático, não direcionado, - o auto aprender; a auto busca - é somente a partir daí que ele trilhará o seu próprio caminho de entendimento e é só então, novamente, a partir deste primeiro aparelhamento, que se expandirá ao que está reservado apenas a estes.





018.n cqe

O Verbo é Eterno



O pensador, ainda que seu narcisismo deprimentemente o preceda a ponto de, enquanto vivo, ofuscar a própria obra, é o mais altruísta dos artistas, pois suas anotações poderão despertar prazer e demais sensações gratuitas e gratuitamente para todo o sempre sem a presença de ambos. 




017.n cqe





A democracia desmascarada



(...)

Essas são verdades irrefutáveis e evidentes, que ninguém pode negar. Por que nos empenhamos, então — negando essa realidade —, em conservar o estado de coisas?

Porque o egoísmo e a indiferença são características dos cegos às evidências dos satisfeitos com suas próprias vantagens, que negam a desvantagem dos demais.

Não querem ver o que está à vista de todos, para assim manterem seus privilégios em todos os campos.
O que fazer diante dessa situação? A quem cabe agir?

E claro que o dever de agir é dos prejudicados. Mas eles, em meio às suas necessidades, angústias e tragédias, dificilmente têm consciência dessa situação objetiva, não a interiorizam, não a tornam subjetiva.

Por mais paradoxal que pareça — mas a história mostra que tem sido assim —, cabe a alguns daqueles que a vida pôs em melhores condições despertar os oprimidos e explorados para que reajam e tentem mudar as injustas condições que os prejudicam.

Foi assim que ocorreram as mais importantes mudanças nas condições de vida dos habitantes de muitos países, e estamos sem dúvida vivendo uma etapa histórica em que, por todo o mundo, há grupos de pessoas eticamente superiores que não aceitam como um fato natural a perpetuação da desigualdade e da injustiça.

Sua luta contra o establishment é uma luta dura e arriscada. Têm de enfrentar a resistência e a ira dos grupos política e economicamente mais poderosos. Têm de enfrentar consequências, com o prejuízo de sua própria tranquilidade com seus interesses individuais, abdicando de alcançar o chamado “sucesso” na sociedade estabelecida.
Hector Abad



Talvez devido a minha situação geográfica, sempre trabalhei a ideia de que deveria manter-me da forma mais independente possível, dentro da lei, sem atacar o estado vigente e assim sobreviver sem maiores dissabores de preferência apenas observando o que está acontecendo a minha volta; mais para uma melhor adequação ao último item, ao invés de usar isso como uma paixão ou transformar em ânsia de movimentar-me contra o sistema.

A organização sócio política do estado é superior a tudo e a todos, mas ainda que venhamos tentando uma união pragmática, enquanto o homem não entender o significado real de fraternidade não será possível que esta convivência transcenda o estado prisional lamentável em que coexistimos - ainda que ela insista na pregação de que somos livres e estamos por ela protegidos.

No contexto de Hector Abad, exatamente agora qualquer boa análise trás em seu bojo a impressão convicta de que alguns governos se estabeleceram – talvez por razões a nós nada precisas - como milícias oficialmente disfarçadas de democracia e que, se utilizam dos mais sórdidos argumentos tanto hipócritas quanto demagogos, tornados necessários, em extorsões sob os mais variados nomes: impostos, taxas, juros, e uma desavergonhada pitada de corrupção e mais leis para, sob o manto da obrigatoriedade da (sua) necessidade de manter-se assim atuando – aparelhada - afirmar que o achaque escamoteado é tão somente para defender interesses comum a todos.




016.n cqe


sábado, 3 de junho de 2017

Estar homem



Enquanto humano, isto é, corpo, o ser o é, contanto é, portanto, limitado, aí não se É o Ser, ainda que seja; por estar homem.



Do e-star para o eStar

Homenagem a Arnaldo Antunes


015.n cqe

Nasce-se estrela






Ao nascer, todo homem tem direito a novos segredos, e resta apenas a ele que estes sejam trabalhados ou permaneçam para sempre escondidos, indiferentes ou misteriosos.













Nascemos estrelas, mas se morreremos desgraçadamente ou não, depende do brilho dado a nós próprios.







014.n cqe

Em reuniões de condomínio e...



Lendo a opinião de um importante membro mundial da comunidade econômica científica terrena sobre o nó górdio a ser enfrentado para cada tomada de decisão a respeito das próximas diretrizes globais; ele alerta para os riscos das medidas adotadas ainda em conformidade com as normas estabelecidas nos mais diversos e protegidos estatutos corporativos, observando que a escolha hoje, pela associação A ou B depende explicitamente ou não de lobbies; e esta pode dar a resposta exata, errada ou correta, somente meses, anos ou séculos depois. Em resumo, tudo depende do interesse e da perspicaz articulação dos defensores da ideia que nem sempre possuem mais que isso – influência e poder de negociação - para convencer a maioria votante.

Invariavelmente as escolhas acabam sendo compradas sem o claro entendimento de se tratar de mais um mecanismo de escape, e ainda que não percebamos, essas tomadas de decisão tem apenas apertado a nó sobre o verdadeiro sentido da nossa existência.


013.n cqe