sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

21.12; O Portal



Da nossa parte com relação ao 21 de Dezembro de 2012, continuamos com a velha opinião formada a quase duas décadas quando estudamos sobre o Calendário Maia pela primeira vez.

Nos foi passado à época que teria início uma nova era, com a abertura de campos e portais que farão com que o homem tenha a possibilidade de acessar novos pensamentos e descobertas, e o principal, chegar a um estágio, por mais distante que esteja (o início de uma era não significa mudanças radicais visíveis),  de um tipo de comunicação mais sensível, por exemplo, mais sutil e mais esclarecedora, onde todos (ao menos estes primeiros) se entendam dentro de uma realidade, um tipo de verdade, não a verdade que buscamos sobre a nossa existência, (isto com o passar dos anos perderá totalmente a importância, devido a assimilação de uma nova consciência) embora este entendimento venha de qualquer forma, porém uma verdade do dia-a-dia, sem os engodos e armações as quais estamos acostumados para enganar, vencer, subir, ascender cargos e posições no grupo, ou para conquistar pequenas vitórias que a nada leva, ou seja, entendemos, e temos o 21/12, como uma ampliação mental para o esclarecimento, para o que é verdadeiramente essencial.

Queremos acreditar também, que um número maior de representantes humanos poderia tornar-se mais esclarecido sobre o que há de mais essencial à vida, que é a própria vida.

Preocupamos-nos tanto em não morrer, quando não nos preocupamos nada com a vida que temos à mão, ou seja, buscamos nos manter vivos, porém pouca importância se dá ao fato de estar vivo. A vida é negligenciada de alguma maneira, mas isto não é necessariamente culpa nossa, isto se deve ao fato de não termos as ferramentas adequadas para entendermos o que temos; o que possuímos de verdadeiro e importante, por outro lado, crescemos valorizando uma série de itens que indevidamente foram elencados como primordial não à vida, mas a nossa personalidade egoísta.

Estamos vivos, sim, e daí? E agora? Que exame real fazemos com referência ao fato de estarmos vivos?

Tudo, se formos analisar de verdade, cai no bordão comum, na mesmice, no clichê. Não temos inteligência suficiente para atingir assim o conhecimento adequado para então conseguir vencer os costumes adquiridos para finalmente iniciar uma quebra de paradigmas de que estamos “certos”, uma vez que todos dizem que estamos “certos”, ou melhor: se estamos indo na direção comum a todos, fazendo o que todos estão fazendo socialmente falando, todo o resto não tem importância, até mesmo o que não raro fazemos e mais ninguém sabe; porém isto que é somente nosso está elevando nossa alma; nosso espírito? Nós pensamos e valorizamos esta aquisição que faz parte da vida com alguma constância ou devidamente? O quanto hipócrita e demagogo somos? 21/12 é o início da conscientização coletiva de o quanto temos sido ingênuos em acreditar que com demagogia e hipocrisia poderemos seguir ou morrer de cabeça erguida.   

É importante apenas nos manter vivos?

É importante apenas constituirmos uma família e entender que é suficiente mantê-la, por mais miserável que seja a forma em que isto esteja se dando? Sim porque a miserabilidade não habita apenas a casa daquele inculto que não programou o nascimento do filho, existem outras centenas de formas miseráveis de se manter em quatro pareces e chamar de lar ou família.

Era preciso iniciar uma mudança séria nos nossos conceitos de aceitar conceitos apenas porque eles nos dão uma comodidade covarde.

Temos então, que 21/12 é uma simbologia bastante séria que dá início a algumas destas mudanças. Das mudanças dos velhos conceitos arraigados que não podem nem mesmo ser chamados de paradigma, pois o paradigma se baseia em alguma mudança quase impossível, porque ou não estamos observando ou porque implica em uma nova forma de observação e maneira de fazer as coisas - depois de contextualizada a velha - que nem sempre envolve apenas o querer de um ou um grupo. Já as mudanças a que o gênero humano precisa iniciar, ao menos, primeiramente, é o de iniciar o prestar atenção, tem a ver com costumes que foram sedimentados há séculos, e hoje são aceitos apenas por conveniência ou porque a demagogia generalizada da sociedade, das organizações ou da família aceita como normal – por pura comodidade, falta de coragem ou falta de pulso daqueles que adquiriram o poder de mudar - ou seja, todos entendem que ao final poucos ou ninguém manterá a palavra se preciso for, se for uma questão de vida ou morte, se estiver em jogo um bom cargo, uma bela conquista ou manter-se fiel ao grupo tocando em sua coragem apenas proclamada. E não adianta dizer que não é assim; porque poucos de nós realmente se (auto)conhece. Isto significa que não tem ou não está estruturado para lidar com situações que demande realmente, firmeza de caráter.

 Vivemos a era do fugaz (material efêmero), mas a partir do 21/12, iniciaremos o entendimento do que há por trás do verdadeiro fugaz; do que à nós: ainda é sutil.

21/12 não é o fim, e sim o começo; porém dependerá de cada um buscar antecipar este início: o iniciar do verdadeiro esclarecimento.

21/12 é o início, mas, para a grande maioria esta data será: ou nada; motivo de piada; ou uma data meramente simbólica, porém há mais, e do nosso lado esperamos que toda a Energia de Amor que ainda (e com certeza) é gerada no, do e para o Planeta, seja canalizada para que o despertar para o Portal 21/12 de cada um se dê o mais rápido possível.
 
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domingo, 16 de dezembro de 2012

Procurando não me achar




Busco tanto a solidão que nem mesmo me encontrar eu quero

 

“Uma única coisa é necessária: a solidão. A grande solidão interior. Ir dentro de si e não encontrar ninguém durante horas. É a isso que é preciso chegar. Estar só, como a criança está só.”

Rainer Maria Rilke
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Tudo é forja




Desempenhar bem um ofício, ainda que não goste, forja o espírito para o verdadeiro prazer, ao escolher, quando possível, fazer uma arte apenas por isso.

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        O velho sábio aconselha então, àquele que ainda não alcançou o verdadeiro ofício por qualquer motivo que seja: falta de estudos, falta de oportunidades, escolhas equivocadas ou até mesmo porque não descobriu ainda sua verdadeira vocação.

        “Paciência”, diz. “Nada está acontecendo em vão, também aqui, como em qualquer outra situação da vida que apenas damos valor quando perdemos, ou quando esgotados suplicamos uma nova oportunidade, empregando todas as forças do coração em agradecimento ao caminho árduo até então trilhado e em humildade pronta e sincera em receber nova oportunidade: o resultado maior de todo o processo é o burilar; a forja”.

        “Já tem tempo o sábio conselho de que se valoriza mais o que foi conquistado a duras penas; é por isso que jamais conseguimos imaginar o prazer de um artesão, de um músico de ouvidos afinado e mãos sensíveis, ou de um pesquisador que trilha o caminho puro da ciência quando na eminência de converter em milagre seus esforços”.

        “E por último, um exercício, caso a paciência esteja ainda impaciente. Aprecie o mundo. Entenda o que há de belo nele. Aprecie o que outros executaram com arte. Aprecie o que lhe acontece diariamente em pequenas demonstrações de afeto e carinho, tudo isto existe, a despeito do que você pensa a respeito do seu meio, a despeito de quão ranzinza você possa ser, no seu íntimo, deixe o orgulho de lado e observe: só e em paz. Faça antes como um exercício, depois se permita a mais uma obrigação e torne isto um hábito. Caso isto ainda não surta o efeito esperado, observe o que a natureza tem para você, erga a cabeça de seu mundo, olhe mais adiante, olhe com bons olhos um jardim bem cuidado em sua rua, (observe se existe alguma inveja nisso e elimine-a) olhe a outra cidade, o outro estado, olhe o outro país. Observe que mesmo você vivendo em um mundo particular que não te observa. Totalmente hostil e violento; - normal a todos nós hoje devido à concorrência acirrada ou a já obrigatória e incorporada falta de tempo - há mais, há outros mundos, há outros lugares e maravilhas mesmo que eles estejam longe de você”.

Mas aí você pode dizer, “E isto não é ruim? Eu preciso disto, aqui, agora, comigo”.

Volte ao conselho do mestre que diz: “Paciência”. E entenda o significado de suas palavras que repete: “Se existe para os outros existe também para você. Levante a cabeça, mantenha o corpo ereto, acredite que se não hoje, se não amanha, se não depois de amanha, tudo está lá. E se existe para a humanidade, repito, existe para você. Pare de lamentar, pare de viver em uma redoma que te enclausura dentro dos limites de uma cidade ou de um país, você pode mais, e quando você pode mais, você deve pensar que mesmo uma vida é pouco para ser enclausurado. Paciência. O universo está se expandindo a uma velocidade incrível enquanto você está pensando que está parado, estático. E o que isto significa na prática? Reflita ainda um pouco mais e permita-se a ousadia dos grandes profetas que não se limitaram ao mundo que lhes foi imputado. Eles ousaram; então ouse, - ouse ousar com inteligência e bom senso já disse o poeta - e neste ousar permita-se entender que o mundo se expande porque ele ainda não está pronto, e nunca, jamais estará, e é por isso então que você não pode se limitar ao que você entende por estar abandonado à própria sorte, acredite: você jamais estará só. Paciência. Este continua sendo o segredo”.

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domingo, 9 de dezembro de 2012

Em busca da comunicação diferenciada...



Se, como dizia o filósofo, a comunicação serve apenas para expressar o “médio”, devemos partir do princípio, assim sendo, obviamente, que somente haverá o despertar para o superior, uma vez suplantado esse “médio”; e como, e quando, se nem mesmo o que o filósofo disse entende-se?

Buscamos despertar, aguçar o sentido, do que pode (se é que há) haver no texto, e, uma vez descoberto isto, se o leitor, se o buscador conseguir fugir das garras do tempo possessivo e, por um longo espaço deste, pesquisar no que o filósofo denominou como necessário para o único entendimento: o entendimento em comum entre autor e leitor; é possível que uma nova porta exclusivíssima seja acessada e o médio comum nada loquaz ou da inexistência do loquaz (ou mesmo do loquaz comum), talvez transformasse o que ele repetia sobre o fato de que “em toda a fala há um grão de desprezo”. Entendendo a não necessidade da comunicação fútil ainda que não exagerada, mas totalizada, mesmo em ambientes que se preze.

 Assim, se a nossa busca fosse possível, em um momento único, um insight, a conexão poderia ser alcançada... tão ou mais impossível isto, quanto o decifrar deste.

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Texto criado a partir da leitura do livro As ilusões do eu – Spinoza e Nietzsche, Civilização Brasileira/RJ; p.216 a 219.
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... e, outras formas de comunicação



...

Fato é, que fazemos o maior esforço para entender o que este ou aquele autor, seja do que se propõe a falar está a expressar, dizer, recomendar, porém nosso nível de entendimento, por maior que seja é falho.

Para assim agir, é importante, primeiramente, extirpar totalmente nosso lado contestador gratuito presente em muitos dos nossos comentários, onde então, no mínimo, ao nos depararmos com qualquer situação que se nos apresentasse aleatoriamente, deveríamos aprender a enxergar o memento de uma forma totalmente imparcial, eliminando todo e qualquer senso de opinião, porque, simplesmente, por mais familiar que possa parecer uma cena apresentada, antes de nossas emoções e sentimento de querer ou de repulsa, para emitir uma opinião mais séria sobre o assunto, é necessário que dominemos totalmente, repito, totalmente, todas as nuances que desencadearam a ação, e quando nos referimos a “todas”, devemos entender que existem ações que levaram a ação assistida que não são visíveis a todos, que não são: não de domínio público, mas sim, de conhecimento público.

É certo que um caos ainda maior seria instalado num primeiro momento, se de alguma sorte esse calar-se – verbal ou não - tomasse conta da humanidade, é certo também que isto jamais se dará, porém estamos presenciando um momento importante da humanidade, querendo ou não, acreditando ou não, existe algo acontecendo na virada do calendário. São novos tempos, e tudo está acontecendo rápido demais até para o que não está acontecendo - para o que não estamos enxergando ou nos dando conta. É certo que em algum momento iniciaremos uma vida mais contemplativa e menos crítica, mas é urgente que nos tornemos pessoas mais lúcidas e assim, primeiramente, abandonemos uma de nossas manias mais feia, da críticas prematura, baseadas em mentes que não praticaram o exercício do conhecimento e portanto, não possuem visão suficiente; uma visão macro, ampla, geral do quadro apresentado, para então emiti-las.

Voltando ao texto, comentamos por comentar. Crítica pela crítica - mania adquirida. Muitas vezes o que domina mesmo é o vício, a teimosia. Não é exercitada a vontade real de deixar pra lá o dito; não é nem mesmo cogitada. A ideia é fazer o que sempre fez: emitir uma opinião.

Era importante entender uma vez, que a expressão do autor é apenas “a sua expressão” e assim, e por isso: deveria ser respeita e mantida ali, assim, inerte, existindo, apenas flanando sua energia única. Como se estivesse maturando. O texto; os bons textos: são como organismos criados, como um recipiente de barro, por exemplo - de ambientes de vida diferente, porém, vivos, os dois... todos... tudo.

Por sua vez, ainda entendemos que a matéria não cria matéria, porém ninguém falou ainda que ela cria energia, daí vem o fato de todo o organismo criado inerte estar vivo. E, como algumas iguarias da culinária, eles precisam de um tempo de maturação. O tempo delas não é o nosso tempo.

Porém o que acontece, é que todos aqueles que, ao texto apresentado à público tiveram suas atenções despertadas, partem para fazer suas analises pessoais, sem mesmo entender direito o significado total do texto, emitindo uma opinião primeira frente a palavras que foram lidas apenas algumas vezes, e apenas levando em consideração estas, e o seu momento, o momento do leitor, não o contexto da soma de frases na criação, o contexto de criação do autor; em que pensamentos baseou-se para dá-lo à luz.

São muitas as arestas existentes em um texto virgem; cru, que apenas serão aparadas durante a mutação – a nós invisível – comum aos organismos vivos deixados ao largo.

São inúmeras as bases a serem analisadas após o autor ter esparramado as linhas do texto no papel. Antes de uma crítica – e não nos referimos apenas a crítica ruim – o crítico precisa, obrigatoriamente, entender todo o estado em que foi criado o texto se quiser que seu texto não seja criticado; tempo, - espaço – tempo – época, contextualizando o momento no mundo e a visão do autor sobre este estado vigente – motivos do autor, quereres, estudo, humores, histórico e até mesmo, e isto depende de uma autoavaliação muitíssimo crítica – a que nível o crítico pertence no seu metiê para dar aquela opinião sobre o que foi escrito – utilizando-se de uma palavra recente, o quanto midiático é este crítico; e que se entenda aqui toda a força desta palavra.

Em momento algum imaginamos ou se encaixa aqui o autor medíocre, sim, porque existem aqueles que rabiscam um texto como faziam ainda nos bancos escolares, quando foram uma vez elogiados pela tia ou pela avó e se entendem especiais com a pena ainda a partir daquele instante, e então, ainda assim se mantém, quando lá, ao montar uma redação qualquer na sala de aula, permanecia em total estado de aflição pela opinião – aprovação – da professora, não entendendo que a professora é paga para entender a ânsia do aluno e então estimulá-lo. Assim são os autores que buscam a crítica rápida que aprova, porém entes não cabem na observação de hoje.

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domingo, 2 de dezembro de 2012

Pesquisador de erros



 

Diz-se, há muito, que ao final, o filósofo nada mais busca que sabedoria, porém, o que é sabedoria se não entender que a buscando aqui, jamais a terá?

Ao ver estas discussões sem sentido hoje, ontem e sempre. Sobre certo
e errado, ética, verdade; fundamentos e digressões sem fim com fins
metafísicos e vaidosos, carregado do que se entende por comum hedonismo. Onde todos os ismos são escarafunchados a exaustão sem que se consiga com isso um único degrau em direção ao que verdadeiramente a nós importa por parte destes senhores especialistas que se entendem sempre como entidades
superiores a própria obra ou ao pensado; estes que jamais se entenderão como simples, - bons, mas simples – instrumentos, alguns de nós deveríamos sentir-se envergonhados.

Menos por aqueles e mais por estes, pois aqui, neste tempo, quando todos têm acesso ao que jamais outrora poderia ter sido imaginado, assistimos a discussões que mais parece uma digressão informativa – que nada informa – que, ainda assim, se estende por toda uma era.

Assim, em relação a algum desconforto devido ao pensamento antigo, mesmo que haja, faz pouco sentido, ou no mínimo, deve ser contextualizado hoje com o máximo de critério e somente em casos extremos, e é claro, por pessoas que conhecem realmente, pois apenas estas podem ser consideradas livres de tendências.

 Por falar em desconforto, particularmente, ao entendê-los vivos, imagino quanto arrependimento há por parte deles, por terem se descuidado ao cunharem uma frase ou uma pequena ideia quando, - se os imaginarmos que ainda possam “perder tempo” com insignificâncias – ao assistirem seus trabalhos sendo verbalizadas sem respeito algum, sem a devida contextualização, por ditos renomados senhores sociais que evidenciariam sua total falta de visão. Talvez, se houvesse um único do grupo que realmente entendesse o que significa “sentido” não seríamos massacrados tantas vezes com está mesma cena.

O que falta a estes senhores, que então hoje ainda contestam, mesmo assistindo, observando, analisando o que foi falado prematuramente, - quem sabe por pura falta de instrumentação adequada à época – é finalmente se dignarem a observar minimamente, e considerar à que tempo se está a referir, ao quão visionário foram; ao quão adiantado estavam esses eruditos, por, mesmo vivenciando a escrita a uma, hoje insana, pena molhada, quando uma única página a ser desenhada se estendia por até um dia inteiro.

Temos então estes homens de agora, tidos como sérios, debruçando-se ainda, sobre estas mesmas páginas onde ficam a entender-se espertos por encontrarem os erros ou as rusgas que haviam entre eles, e, por sua vez: de que nos serve realmente entender tudo isto? Penso que temos muito mais a descobrir dos escritos que aqueles heróis tentaram jogar para nós no agora - para que déssemos continuidade ao pensado e não para contextualizarmos suas pesquisas negativamente.

Quero acreditar que alguns poucos já entenderam que nos perdemos por não deixarmos que apenas homens verdadeiramente sérios e inteligentes analisassem o que foi pensado com toda a seriedade que se podia à época, mas, por sua vez: porque ainda existem estes famigerados escritos comerciais que insistem no que a ninguém deveria realmente interessar?

         Deveriam compreender: estes senhores que se prestam hoje a este papel, no mínimo risível, - de se estenderem sobre discussões inócuas - que entre uma e outra descoberta de “erro”, ou se houveram ou não as desavenças entre este ou aquele pensador que em muito os superam em inteligência; estes então, pesquisadores de erros, todo informatizado de hoje; poderiam resguardar-se em um mínimo de respeito, e uma vez desperto, ponderar melhor antes de afirmar, quando traz suas certezas, apenas, de bancos escolares ou de leituras ainda quadradas sobre o que julga “errado” no pensamento passado, ao invés de ficar, agora sim, se digladiando verbalmente nos avançados meios de comunicação a sua disposição, em assuntos que ainda a mais de meio século muito do teor das questões especulativas então levantadas já soavam tão redundantes quanto irrelevantes, porém, que estes, de opiniões limitadas, ainda as querem entender com importância suficiente para ser levada a pauta da discussão do dia, quando, mesmo que desprovida de sentido algum, ainda servem para serem disputadas pelos seus iguais em cátedras tão ou ainda mais ineptos que.
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domingo, 25 de novembro de 2012

Da gênese do mistério


   

Mistérios reveláveis

...

        VIII.Da Lei Universal que promulgou os Mistérios como Entidade

        O Mistério existe dentro de um universo todo próprio e sua constituição não apenas é promulgada agora pelo Último Corpo Excelso Aeternu das Leis Universais como uma entidade necessária, bem como será classificada com grau de importância máxima. Ficando assim respeitada, a partir de Nossa Chancela, a força que possui de modificar os mais rígidos caminhos da evolução não apenas dos seres universais, mas, do próprio universo.

        Parágrafo único

        Este corpus aqui feito, agora Lei Inalienável, abraça, tanto quanto os não-limites do Último Corpo Excelso Aeternu.

IX.Das Leis Internas dos mistérios

I.O mistério, uma vez estipulado; nascido; criado ou inventado, independente de qual razão o seu autor tenha se valido para “materializá-lo”, somente deixará de ser se for completamente entendido ou desvendado por aquele que assim o tem(inha);

II.Todos os assuntos que forem tratados por nossos Especulas, todavia fora de nossos domínios, deverá ser observado a aura de incerteza nas palavras, sempre que existir a mínima possibilidade de que um agente externo possa eventualmente ter decifrado o nosso código exclusivo de comunicação ou quando de eventuais contato com estes; 

III.Nossos agentes Especulas, deverão intervir sempre que um mistério esteja para ser desvendado, lançando mão de todos os recursos que possuem para manipular os agentes externos ao departamento dos mistérios, sempre impotentes e alvo do flagrante, e caberá sempre ao Corpo Maior dos Mistérios, utilizando-se de canais próprios de comunicação simultânea, o papel de liberar ou não os caminhos para que o mistério seja ou não desvendado, independentemente do desenvolvimento que a opção entendida pelo Corpo Maior dê-se após a escolha;

IV.Todo o Corpo e agentes que fazem parte do Universo dos Mistérios deverão agir, caso venha a existir uma possível outra opção, de acordo com as normas, procedimento, única e exclusiva do Universo dos Mistérios, qualquer envolvimento, se vier a existir, não será considerado uma vez consultado; se esta consulta não existir, se houver algum procedimento que fira a regra maior do Universo dos Mistérios, não existirá lei que poderá salvar o ou os agentes infratores.
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sábado, 24 de novembro de 2012

Correspondendo-me


 

Ouça o que não digo

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domingo, 18 de novembro de 2012

Companheirismo; amizade; persista com eles




Avaliando algumas ações, particular ou não, ao longo de um cotidiano extenso, ocorreu-me que uma das constatações mais inapropriada, que se transforma em um estado de tristeza ainda mais visceral por chegar tardiamente e que, definitivamente se alojará, - por mais ocupada que esteja nossa cabeça - em nosso cérebro pelo resto dos dias acaso recuperemos a consciência após entendermos o que realmente se deu; está intimamente ligado a um encontro que pode ter ocorrido durante um longo período da vida da gente, e tem a ver com aquele ser mais próximo que por este espaço de tempo conosco esteve: nosso companheiro ou mesmo um ou vários amigos nosso em particular.

 Devemos estender, devemos abranger aqui, um número maior de pessoas amigas; o rol de nossas amizades durante uma vida inteira, porque existirão sempre aqueles indivíduos que necessitam de mais amigos, primos, irmãos e tias para que o suportem ou o auxiliem em sua caminhada.

 O número de amigos que cada um tem durante sua curta existência está relacionado claramente a determinadas fases da vida, e mesmo que um ou outro com uma maior “química” extrapole fases diferente, poderão existir outros em paralelo – amizade e companheirismo nem sempre está ligado a exclusividade.

Além das fases pelas quais nossa vida evolui ou apenas circula em relação às amizades (adolescência, parentes, colégio, trabalho, associação, arte) - afinal pode aparecer um bom companheiro em qualquer esquina - o ato em si da aproximação ou sedimentação também se dá em processos, e então temos os primeiros contatos, o “reconhecimento do terreno”, – embora este se dê automaticamente; está implícito, afinal um companheiro não é escolhido, ele acontece e pronto -  da aceitação mutua devido as poucas divergências ou do aceitar das diferenças, do ficar junto devido a algum fator externo, e o processo vai evoluindo e pode passar até mesmo pelo ciúmes, um bocado de inveja que se não cuidado pode acabar atacando prematuramente ou não o processo, e, mesmo que isto aconteça muitas vezes em detrimento também do fator externo, é certo que uma das partes sempre é mais forte no suportar, no ponderar, no equilíbrio da amizade.

 Devemos admitir que entre nós, existe uma série de casos onde a amizade suplantou todos estes dissabores externos, – talvez este seja mesmo o nosso caso – mas não é sempre que as amizades resistem a este conviver turbulento. A convivência a dois, onde os companheiros dos mais diversos tipos trocam cumplicidade, depende, volto a repetir, mais da força de um deles, geralmente – embora muitos tenham morrido sem ao menos pensar a este respeito e finalmente admitir esta verdade. Ou quando não é o caso de carência afetiva ou necessidade direta daquele que, por ser mais esclarecido, mais sensível, invariavelmente suporta – sempre sem cobrança - os revezes normais ou possíveis de toda a amizade, porém nem sempre sem um custo, o custo do desgaste que pode até levar, com o passar dos anos, ao rompimento, isto quando essa ruptura não se dá prematuramente.

 E para o último capítulo deste episódio que é um dos mais sem sentido entre nós, mesmo que alguns entendam que este “quebrar-se” nunca é um fim definitivo, afinal é certo que para sempre existirá o que houve de especial em uma boa amizade; - isto permanecerá como uma chama eterna - há um último episódio que evidencia ainda mais a tristeza deste avolumar de contas de cumplicidade, pois, geralmente é tarde demais que a parte mais fraca da dupla é esclarecida e levada a entender o quanto ainda mais especial era o seu companheiro - e isto pode se dar não apenas ao constatar o quanto foi ele tolerante em relação a você.
 
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Nunca é demais entender nosso amigo “antes de qualquer julgamento” como um ser especial, e sempre que formos avaliá-lo, usarmos a razão e procurar observar se é ou não importante a ação que está nos levando a apontá-lo como réu, pode que ele o seja, porém, devemos sempre levar em consideração também, que há algo especial ao menos entre aqueles que assim se entendem, e  afinal, como sempre disse um velho amigo – é bom que aqui se acrescente: “devemos falar mais constantemente para nossos amigos: isto não tem importância”.

 

“Vamos prorrogar a existência dos sentimentos”
Bhonachinho

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Muito pouco, ou quase nada, realmente é um fim




Muito pouco do que entendemos como verdade hoje é um fim,
isto já foi dito,
e muito de nossas ações mudaria radicalmente
se mais rápido procurássemos entender isto.

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domingo, 11 de novembro de 2012

Como Será?



 

Um tributo aos nossos Amigos de travessia

Um néctar de nosso pensamento sempre estará voltado para o: como será? Independente de quão céticos somos com relação ao futuro ou ao quanto acreditamos no fatalismo da existência. O Questionar é inerente ao homem, não há como fugir.

Chega a ser forte o suficiente que independe da condição de segurança atingida. Por maior que tenham sido seus esforços em entender a existência, e suas andanças tenham palmilhado caminhos sérios na maior parte da vida, objetivando também, seriamente, estudos e meditações; a diversidade, ou até a multidiversidade de possibilidades que se estendem para estes indivíduos, acaba por, em algumas situações inusitadas, colocá-los frente ao questionar-se de como é que se deram suas escolhas.

As escolhas são partes tão importantes da vida que, porém, podem, - quando levadas muito a sério - certamente, conduzir pessoas a problemas somáticos que redundam até mesmo em paranoia.   

Dia-a-dia, sem que realmente percebamos, nossa atenção, mesmo que dispersa em todos os milhares de afazeres diários está, como se ligado a alma, ou um tipo de alma do nosso pensamento se perguntando: é este o caminho? Estou fazendo as melhores escolhas? E, a despeito do caos que se encontra o meu existir momentâneo; ou a despeito do marasmo; ou da insignificância; da falta de opções; de o quanto me sinto seguro, ou mesmo das ilusões que me prendem a um continuar sem preocupação, entendendo que é assim que é, é absolutamente normal que vez ou outra nos questionemos: estou no caminho certo?

Por menor que seja nossa consciência, ou por mais que a tenhamos esmagada no fundo de um monte de inverdades e absurdos diários, é certo que a ela estamos ligado. É como se existisse um fio de prata também ligado a ela, e, por maior que seja à distância ou a densidade do que colocamos entre nosso eu ilusório e a gema pura de nossa alma, estamos a ela ligado. Então, quando menos esperamos, como se diz na gira, “do nada”, algo estranho acontece e nos percebemos questionando atos que praticamos e que são estranhos a esta consciência que mantemos abafada, e que, em condições de acordados entenderíamos como normal este questionar, ou seja: de alguma forma entendemos como absurdo a fato de estarmos assim agindo.

A partir deste raciocínio. De que todos nós possuímos uma consciência em algum canto qualquer de nossa carcaça sofredora, e se por um acaso acordássemos realmente para o momento atual; se por um milagre recobrássemos totalmente a consciência por alguns dias e nos fosse explicado que algumas das nossas ilusões até aqui sugeridas não passam realmente disso: ilusões. Como ficaríamos se ficássemos nus diante de tal consciência?

Mas o ponto aqui não é este, quero voltar à alma de nosso pensamento contínuo: como será o meu amanha? Como será que chegarei ao ponto decisivo da minha existência?

É certo que um contingente grande de pessoas vive sua existência, sem exercitar um pensamento mais profundo. Estas pessoas aprenderam que o existir nada mais é que sobrevier um dia após o outro buscando formas de construir e prover suas famílias; e este é o mote único de suas existências, não há nada mais importante que isto. Mesmo alguns destes em algum momento se perguntarão sobre a necessidade de qualificar um pouco sua forma de vida ou até: se existe ou não uma razão mais séria para existir.

As questões se fazem presente, se proliferam ou morrem em detrimento da cultura daquele que questiona; é assim que é.

Em casos raros, acredita-se, que mesmo os mais incultos acessam questões pertinentes apenas a um grupo superior, justamente porque assistiu com atenção o exemplo daqueles, porém, depende apenas destes poucos buscar a compreensão, o significado deste acesso, ou mesmo dar continuidade a ânsia despertada.

Estes deveriam se perguntar então, assim como as pessoas do grupo que entende se perguntam sobre aqueles que já chegaram a uma percepção suprema. Percepção essa que faz referência ao aprendizado, sobre a importância de aqui estar, compreendendo assim que este existir não faz parte apenas do exercício de pensar, e sim: como foi acessada a essência de que nosso existir, de que o fato de possuirmos uma vida, é muito mais que apenas sobrevier, ou sobreviver bem e em equilíbrio enquanto humanos?

Mas existe um complicador para o segundo grupo, e têm a ver diretamente com aquele bordão do poeta: “Eu sofreria menos se fosse tolo”, e isto se dá justamente porque ao pensar sobre o “como será?”, aquele que possui uma consciência mais ampla da existência, acaba - se assimilou alguns princípios de ética e de valor – automaticamente ao pensar sobre como está se conduzindo para o final da vida, - independente se esteja ainda com quarenta anos - observando, obrigatoriamente o seu entorno, e não raro, devido a milhões de circunstâncias diárias há muito passadas, percebe que não agiu com correção em uma série delas, ou seja, seu crivo de ética e de moral foi burlado em algumas situações. E claro que algumas com razão, ou matreiramente modificadas, acabam por não incomodar o continuar da caminhada, porém é possível que existam aquelas que mesmo as mentes mais férteis ou mais frias entendam que algo no passado não ficou bem resolvido e pior, se a situação se apresentasse novamente, não haveria outro caminho a seguir que não aquele já trilhado anteriormente; infelizmente, para alguns de nós esta é a realidade.

Todo este enunciado descrito foi construído porque este que escreve também pensa e de vez em quando pensa no seu “como será?”. O que fiz para chegar onde cheguei, se afinal, muitos compêndios insistem que em algum momento de nossa existência ficaremos totalmente nus - nós e nossa consciência?

Terá valido a pena?

Do meu lado entendo que apenas terá valido a pena se ao revelar-me, nada revelarei além do Amor que tenho por aqueles que comigo até ali estiveram.

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domingo, 4 de novembro de 2012

Desabafo de um bom poeta puro...


 
...sem aspiração alguma à política.

Disse-me ele, - contrariando até, sua aura pública de poeta conceituadíssimo e eterno ar de bom moço - que optou pela poesia porque não corria o risco de ver seu material interpretado de forma medíocre, e pior, assistir a especialistas eleitos pela imprensa elogiando tais insanidades, fato que presenciava invariavelmente ao ouvir clássicos irretocáveis da música, sendo massacrados por tipos que “nem uma nota de piado saberiam dar se procurados”.

E completou:

“Por Deus que a poesia não é lida em público ou nestas famigeradas estações de rádio. Nos teatros? Sim. Mas ali, não sou obrigado a ir; somente os incultos e esnobes o fazem.”
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Indo



O homem tem evoluído mentalmente, e é certo que ao menos já possui abertura suficiente em sua mente para assimilar o novo, porém não há ainda uma cartilha impressa, instrumentos e muito menos mestre capazes de ministrar este novo.

Por mais culto que possa ser um povo, por mais trabalho que seja despendido a uma nova ideia, ela somente vingará realmente, ao termo de dois ou mais séculos – isso quando se trata da quebra de uma convenção simples.

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... e mesmo que haja algumas nuances deste novo, - e este é um fenômeno histórico - mostrando-se aqui e ali, não há interesse ou tempo para que nos dediquemos a isto, porque a maioria de nós está ainda condicionado a importância do que foi; condicionado a importância histórica do passado, quando este deveria ter apenas importância prática. Deveria ser entendido de uma vez por todas que a história existirá por si só.

        Temos pressa, tudo está se modificando com extrema velocidade, porém entre tantas autonegligências, não percebemos que nossas mentes estão sendo preenchidas com materiais que, no mais das vezes, apenas ocupam espaços. Simplesmente porque todos nós desconhecemos que na mesma velocidade ou até mais, se desenvolvem as pesquisas para que se faça, se arrume este preenchimento. Se prestássemos atenção e a desviássemos desse dispersar, já teríamos a qualificação necessária para não apenas otimizar nossa estada particular aqui, como contribuiríamos com a qualidade de vida de todo o nosso meio.  
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Calando




        Não existe poder de argumentação contra a ignorância; contra o ignorar.

É por isso que continuaremos assistindo a crimes de toda a sorte que demonstram a força ainda pulsante dos nossos instintos mais primitivos.

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Da nossa docilidade afeleada de cada dia

Confirmando que a velha sapiência do calar-se continua perfeitamente aplicável
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domingo, 28 de outubro de 2012

Longevidade




Quanto mais cedo nos conscientizarmos de que iremos ficar velho mais longe levaremos nossa velhice.
 
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domingo, 21 de outubro de 2012

Faltou a reengenharia Divina




Como é possível que o homem tenha dado um imenso salto evolutivo com relação a tudo, indústria, ciências, tecnologia, automação, nanotecnologia, farmacologia...

Estamos enxergando cada vez mais distante no que diz respeito a universo. Corrigimos a miopia de nosso principal telescópio espacial em plena orbita, estamos cavoucando cada vez mais fundo; atingindo profundidades jamais imaginadas em nossos mares.

Qualquer perspectiva feita com seriedade em qualquer passado que seja previu a evolução alcançada com relação à comunicação de que dispomos hoje.

Recordes inimagináveis são alcançados num dia e superados no outro; físicos e particulares, e isto independe do campo. Quando em grupo: na produção ou superação com o auxílio das mais incríveis máquinas e equipamentos, da robótica a genética.

Nossa produção na área de fomento e commodities é um espetáculo a despeito dos custos ao planeta, afinal sempre haverá um preço, mas em suma, se levarmos em conta uma contabilidade otimista e positiva, – que ao final é a única que realmente conta – proporcionalmente, jamais o mundo esteve em uma zona de conforto comparável a vivida hoje garantem sociólogos especialistas de renome autorizados a falar oficialmente a respeito, e que vem estudando e analisando a fundo e há séculos o gênero humano.

but”, e o essencial?

 Gostaria de não jogar um balde de água fria por sobre um apanhado tão otimista de vitórias jamais pensadas, tão diversas quanto incontestáveis, reveladas em pequenas e grandes vitórias entre milhares delas sempre evidenciando o sucesso, mas o fato é que a cada dia mais estamos relegando a essência para um canto, para um destes milhares de porões de quinquilharias que se avolumam somando em nossas casas devido aos excessos que invariavelmente cometemos, assim, concomitante a este descaso com a nossa essência, era preciso perceber que não nos preocupamos em reciclar, qualificar, contextualizar o significado maior de existirmos.

Não trabalhamos com o mesmo afinco um item que deveria ter evoluído par e passo com nossas alegrias materialistas que é o significado de possuirmos uma vida; de existirmos.

Nascemos apenas para a conquista? Para mostrarmos ao próximo que somos melhores ou para alguns poucos, de forma um pouco mais amena, porém ainda não totalmente correta de provar a si mesmo que é capaz? Ou seria para mostrar a Deus que ele colocou no mundo pessoas tão boas quanto Ele? Talvez este último item seja demais, afinal os cientistas não conseguiram provar ainda sua existência.

Gostaria de não usar o nome “Deus” aqui, porém quero que entendam que O utilizarei apenas como um símbolo, afinal existe tantos que não O aceitam, mas o fato é que, no que se refere as Forças Superiores, em hipótese alguma conseguimos – e as respostas de o porque, são tão diversas quanto nossas incertezas: evoluir nosso respeito pelo Sagrado em uma milésima parte daquela buscada para obter nossas conquistas pessoais.

Falamos de peito abeto com um ar de orgulhoso jamais visto, sobre aonde chegamos, porém continuamos com a mesma ladainha no que diz respeito ao Poder Superior. Isto quando nos lembramos em meio a euforia, porque no mais das vezes, só o fazemos quando ela se esvai.

Como veríamos Deus hoje? O mesmo arquétipo que há milhares de anos vem sendo vendido da mesma forma? Por que seu design não evoluiu na mesma proporção que evoluiu a roda?

Como Ele seria representado se nos preocupássemos em apresentá-Lo tal e qual um dos melhores produtos fruto de nossas incontáveis e orgulhosas conquistas ou alvo de nossa maior cobiça?

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Esta historieta é para aqueles que não conseguem acreditar na existência do Sagrado.

Entendo que todo aquele que não acredita na existência de algo superior poderia seguir o exemplo do personagem desta história, eu mesmo já recorri a ela no passado.

 Sempre que estava esquecendo-me do dever (uso esta palavra devido a minha educação) de manter um vínculo pessoal mais estreito com o Sagrado me lembro de uma história de meu tio que, muito simples e de poucos estudos vivia da roça, e me disse certa vez que ali, naqueles canfundó, eles eram obrigado a aceitar tudo o que ouviam no rádio, e que, invariavelmente, se ouviam falar, algo ali havia. Mais ou menos como o velho ditado “onde há fumaça a fogo”. Ele então partia desse princípio e acreditava em tudo que lhe contavam, mas não se atirava em história alguma, porém não contestava nenhuma delas, e assim viveu e morreu como uma pessoa de bem.

Da minha parte então, prefiro em raros casos semelhantes, afinal nossos cientistas tem provado a existência de quase tudo, acreditar que “onde há fumaça a fogo”, digo isso num sentido bastante ilustrativo, afinal somos homens inteligentes e entendemos a diversidade de situações que nos ocorrem diariamente, porém devo admitir que se, por um momento eu duvidasse do Sagrado, ao menos, eu recorreria ao expediente deste simplório parente, onde deveria então entender que: se tantos falam sobre a existência de algo superior, a primeira coisa que deveríamos fazer é não duvidar, muito menos contestar, por outro lado não é bom não acreditar, mas era importantíssimo ao menos respeitar, por que, se existir, quanto verbo não foi perdido desde que começamos a viver por isso que muitos acreditam ser: por conta própria.

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Para descontrair

Em outra situação, um colega taxado como louco insiste que não; jamais seria possível que as buscas na área do divino se provassem eficazes, afinal, se aparecessem com a prova do Deus Real, quantas igrejas teriam que fechar as portas. Há verdades, afirma ele, que devem continuar como improváveis, vivemos em tempos de ganhos e lucros, nada pode realmente existir que desestabilize esta máxima, ou seja, pra que procurar o que não se quer encontrar.
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domingo, 14 de outubro de 2012

Há mais




Pensei bastante e falei então a ele, estava mais uma vez tentando, - sempre imaginando se não prestaria atenção na minha impertinência, afinal ele não respondia quando entendia que a curiosidade se fazia presente ou era mais forte que o desejo de aprender – através de meu mestre, entender se haveria a possibilidade de virar o jogo, mudar, abrangendo um número maior de pessoas, no que ele chama de Corrente de Entendimento do Existir Terreno, onde sua definição dispensa explicação por estar, logicamente, inserida na própria proposta.

Uma breve ilustração sobre o significado de Corrente de Entendimento do Existir Terreno: tem a ver com a conscientização do que realmente importa para o homem saber sobre seu nascimento neste planeta - o saber inserido aqui não tem nada a ver com o nosso saber comum, de aprendizado, tem a ver com sentir que se é mais, tem a ver com sentir que há mais, tem a ver com sentir mesmo que por um único insight (e então agarrar-se a este momento) que tudo o que aprendera até então foi importante, porém a pessoa, por si mesma, entende, sem que ninguém o transmita diretamente: que somos essência e ao mesmo tempo entende a essencialidade de aqui estar; e como assim finalmente nos descobrimos, passamos a compreender todo o processo de existência com outros olhos, com outra importância, com o que o mestre diz ser: “o primeiro toque da verdadeira luz sobre o néctar adormecido do sentimento de exclusividade diante do Todo”. Mas não podemos nos enganar, - nós, mero ouvintes deste acontecimento - ensina o mestre, que esta exclusividade o mantém egoísta como sempre foi, ao contrário, ao tocar sua exclusividade interior ele se vê igual a todas as criaturas e também criadores do universo, e complementa: “é neste momento que todo o universo volta-se para este pequeníssimo ser, e esta ínfima partícula que foi finalmente tocada, dá um gigantesco passo em direção ao todo universo”.

Uso aqui, porém: “um maior no úmero de pessoas”, apenas como ilustração, afinal a informação que se tem a este respeito é que este número é muitíssimo reduzido; seus registros apontam que um dos maiores empecilhos para tal entendimento se dá pelo fato de que a maior abrangência de indivíduos que aplica uma disciplina mínima em entender realmente o porquê aqui está, está diretamente vinculada a alguma instituição religiosa ou algo que a isto remeta, o que o mestre entende como perfeitamente normal. Diz ele que para nós esta é a maneira mais fácil, embora não precise ser assim para que as pessoas aos poucos entendam a continuidade da vida e que não julguem o estar aqui apenas como uma evolução calcada em princípios de realização pessoal.

   O problema reside no fato de que, com o passar dos anos a instituição, assim como pensa o homem, - pois ele é o comando de tudo - se quer maior que a obra ensinada, e isto nunca será algo bom para o nosso despertar; nunca, e para ninguém. Portanto, ao longo de um período qualquer a ideia inicial continua inicial, se perde, ou é direcionada para outros interesses totalmente avessos a proposta que mesmo sendo ainda utilizada como a correta, há tempos foi desviada de sua rota original. Por outro lado, diz o mestre, este desvio é prejudicial principalmente porque muitas portas para novos entendimentos são trancadas para sempre, ensina ele que mesmo que o aprendizado se baseie em um ponto principal, primordial, essencial, e é a partir de então que se forma todo um complexo de ideias, estudos e iniciações: todo esse processo não é somente isto, (ele é infindável, não é possível que pare; pode ser parado, mas não existe um fim como nós o conhecemos) e aí está a pior perda: a falta de entendimento sobre a continuidade eterna e perene de todo o processo.

Há, conclui o mestre, uma perda descomunal ao ficar-se martelando apenas a ideia inicial, acreditando que o cerne é o mais importante ou a única fonte que importa, o cerne; a semente é o princípio; ela invariavelmente brota e morre, o que vale é a continuação da proposta de o que existe dentro da semente, isto, aqueles que se dizem maior que o processo não ensinam porque também não buscaram sair da semente.

É importante lembrar aqui que não estamos falando em graus inalcançáveis que remetem a disciplinas duríssimas. O conteúdo aqui remete única e exclusivamente ao fato de que aos poucos nos entendamos superiores em essência, acordados no que diz respeito à continuidade de uma existência calcada em seguir o fluxo porque uma serie de outros entende que assim sempre foi e assim sempre será, esta máxima não é necessariamente mentira ou inventada, afinal é preciso que compreendamos que tudo continuará sempre sendo como sempre foi. O que busca a Corrente de Entendimento do Existir Terreno, é que se faça; que se trilhe o caminho deste “sempre”, com uma chama acesa no peito, a chama de que se é especial, de que temos todo um universo a ser desbravado, na continuidade do existir como ser, mas principalmente não na esperança terrena, mas na certeza alinhavada nada menos do que pelo universo, pois devemos acreditar que, como somos parte do universo o universo pode se comunicar conosco, então avalizados pelo universo entendermos finalmente que: há mais.

Há mais e nós todos podemos tê-lo. Podemos a partir de então ser mais ousados contextualizando o que todos nos dizem sobre o fato de que podemos alcançar as melhores notas, os melhores cargos, fazermos os cruzeiros mais fantásticos por todos os mares conhecidos e possíveis, podemos ser o ator, o cantor, o diretor, o cientista que irá ser o primeiro a pousar em Marte, mas, a partir do “há mais”, nós poderemos ser ainda superior ao cientista, ainda superior mesmo ao presidente, porque todas estas situações nos limitam a leis relativas e necessárias apenas a nós agora, então nós podemos ser tudo isso e ainda imaginarmos que depois de vivermos como a maior dos atores, poderemos, não descansar, mas sim continuar imaginando e concretizando vontades ainda a nós inimagináveis, e tudo isso vem apenas de um ponto bastante comum que é buscarmos entender, realmente, como e porque estamos aqui agora.

E a resposta mais rápida e simples para esta conscientização está no fato de que o universo não é uma matéria estática; parece brincadeira colocar assim, porém este é um dos pontos chave a ser explorado na busca para um entendimento pessoal interno.

É importante fazer mais um aparte aqui lembrando que alguns estudiosos insistem que o primeiro e melhor processo de resolvermos nossos problemas é descobrir-se com o problema, ou seja, na maioria das vezes não temos a real dimensão do que estamos enfrentando, de com o que estamos verdadeiramente lidando.

Voltando. A partir de então, o mestre se vale da constituição do universo que bem sabemos está em expansão constante e eterna. Insiste ele, perguntando: “como se é possível que um ensinamento se mantenha estático por milênios quando tudo no mundo é relativo se partirmos do ponto de vista da evolução perene e eterna?”, e aqui dá uma alfinetada; “afinal alguns cientistas já provaram a ocorrência desta expansão”; o que significa que devemos entender que especialistas autorizados já avalizaram esta informação, portanto, ela é verdadeira, basta aplicá-la em sua abrangência levando em consideração cientistas outros que descobriram o intrincado processo de que toda a estrutura a nós importante é um universo em miniatura, ou seja, ela repete o universo maior (pelo menos aqueles a eles revelados), porém para isso, é preciso que vença-se a inércia pessoal, outra lei facilmente explicada pela ciência.

Finaliza afirmando que é este processo de entrar em um tipo de módulo de espera, onde é pior, não se sabe o que esperar, e ainda muito pior, não se sabe que se está em módulo de espera, tudo é mostrado como se aquele fosse o processo normal, como se é assim que é, quando ele e sua equipe de mestres insistem sempre: jamais é. A estática é importante, porém nunca na evolução do aprendizado, na evolução do seguir em frente descobrindo o que realmente há por trás da próxima de milhões de cortinas que somente se desvelará se este continuar que deveria ser comum e de fácil entendimento acompanhasse o pulsar do universo.

Sempre, tudo, me parecia tão claro, porém eu não estava ali para ouvir uma vez mais o que já aprendera, assimilara e repassara para mais de uma centena de pessoas, e embora soubesse da dificuldade que é aplicar esta ideia, estava novamente tentando encontrar uma forma de melhorar, pinçando argumentos, palavras impregnadas de energias que ao serem formuladas atingisse o objetivo maior que era fazer com que as pessoas mais próximas mesclassem a seu existir cotidiano, principalmente ao seu querer, ao que buscaram até então, alguns novos interesses. Que fosse neles despertada a semente do depois. Embora entendendo que o importante é o agora; minha intenção era que este agora ficasse mais interessante quando estas entendessem o real significado de aqui terem nascido.

“Acalme-se meu filho,” disse-me ele, “tudo está certo como está. Quantas vezes terei que explicar que a tudo há seu tempo. Esta lição é mais antiga que andar para frente, iremos mais uma vez gastar energia com isto? E mais uma vez: não existe fórmula mágica para o despertar, isto é exclusivo, único e distinto para cada um. Eu poderia enumerar mais uma série de palavras que designam unidade, porém acredito que não preciso, certo! Cada qual tem seu momento, não tem nada a ver com o querer, tem a ver com o sentir. É claro que não é por isso que deixarás de praticar a tua vontade de mostrar o que agora vês, mas pensa: de que adianta levares uma criança ainda de colo para ver um filme infantil  que desperta o fascínio de seus irmãos mais velhos? Não raro ela acabará por incomodar todos os demais, e por outro lado, não existe todo o processo que já foi lhe explicado centenas de vezes com relação a evolução constante do universo! A partir deste conhecimento, - vamos voltar ao filme infantil - é certo que aquele que não puder assistir o filme hoje, poderá fazê-lo outro dia e sentirá com certeza o mesmo que todos sentiram, por outro lado se isto se der muito além do nosso agora, provavelmente outros diretores construirão filmes ainda superiores que despertarão emoções ainda mais forte que o anterior, e então, pode que a criança tenha crescido ao ponto de poder ou se interessar também por este tipo de filme.”

“O processo é lento”, continuou, “e isto é somente aqui, este é o seu plano atual, não há o que se possa fazer, muita coisa mudou. Praticamente todo o processo inicial foi corrompido, o planeta Terra tomou outros rumos, porém nada está realmente perdido. O que é “isso tudo”, que você diz, frente ao universo que apenas o homem conhece? Digo apenas porque me refiro a mente atrofiada do homem, e quando digo atrofiada não me refiro de modo pejorativo, é assim porque se fosse diferente seria ainda pior, alguns que aqui vieram com mentes mais desenvolvidas acabaram não suportando a pressão ou mesmo não souberam como lidar com a diferença, porém todos a terão um dia em algum lugar, na sua plenitude, e acrescento: somente se assim o desejar. Ao final de alguns pontos a partir daqui, as escolhas tomam rumos tão diversos quanto o número de estrelas que existem no céu; tanto teu quanto meu, diga-se de passagem.”

O que eu iria dizer então, mais uma vez saí com uma mão na frente e outra atrás, não adianta, pensei, minha ânsia deve ser acalmada por si só, porém mesmo não parecendo, é tão bom reviver ensinamentos, e pensei mais uma vez o quanto somos egoístas, mesmo que pareça estarmos buscando algo para todos, não raro, ao final, saboreamos felizes e sozinhos o que conseguimos para nós.
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