domingo, 27 de junho de 2010

Adaptações a uma nova humanidade


"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas; satisfazê-los. Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro..."


Dalai Lama


072.b cqe

Das infindáveis distorções


“Os mansos herdarão a Terra”,
Ele disse no Sermão da Montanha.

Diz um amigo meu que deve ser esta a causa de tanta violência por aqui,
na verdade estes anormais procuram bem mais . . .
Que os mansos fiquem com a Terra, os violentos terão o universo inteiro.

071.b cqe

Não; a esperança, sim; ao Querer


"Sempre há o caminho possível,
basta apenas os instrumentos devidos;
tanto material quanto humano,
o lado oculto não se oporá ao encaixe perfeito."


Conversa!
As Distorções da Não Ação

O Livro


070.b cqé

domingo, 20 de junho de 2010

Percepção fina; ou seria fina percepção?


“Mostre-me o que ouves, e te direi quem és.”


Minha Sempre Bem Amada;
é um luxo estar contigo.
067.b cqe

Perceber; sentir conscientemente.


A maioria dos especialistas tem, realmente, algum tipo de percepção voltada para suas especialidades, mas esta é nada perto do que realmente existe, de o porquê a ação estudada é digna de uma observação mais apurada.

Nem de perto vou abrir questão aqui sobre as forças ocultas, os “quereres” ocultos que, de alguma forma, suportam um vingar diferenciado por parte de alguns.

Por outro lado, ou melhor, do outro lado a massa comum desprovida de uma percepção minimamente apurada, pula e se extasia “alugada” com as anotações – nem sempre verdadeiras, diga-se de passagem - dos especialistas sobre seus observados.

Veja então a importância desta classe que orbita um pouco acima de seus iguais em percepção, para os artistas e afins que precisam ter, ou vivem a ilusão da necessidade de que seu diferencial seja visto; renda-lhe dinheiro, ou mesmo apenas, no pior das vezes; para que sejam eles admirados. Raros são aqueles que buscam divulgar seu trabalho apenas porque sabem que este fará bem a outros indivíduos.

Tenho comigo que não sou especialista, muito menos pertenço à massa comum, e é então por isso que agora a pouco, aos assistir um dos grupos de música mais sensíveis que existe, – Pet Shop Boys – imaginei uma frase, porém não conseguiria, por não ser um gênio, dizer em apenas meia dúzia de palavras a minha vontade, por isso então precisei escrever este texto.

Mesmo assim citarei a frase, mais como registro meu, entendendo eu mais tarde – talvez com vergonha ainda - a razão de espichar algo que poderia ter sido dito em uma frase sucinta.

“Mais que sentir eu percebo o Belo.”

Mais que escrever o texto acima, gostaria de explicar o que é perceber o Belo, mas é claro que não conseguiria fazê-lo. Apenas darei um exemplo tentando ilustrar assim, o porquê da dificuldade.

Não sou drogado, e nunca o fiz, no máximo, algumas bebedeiras sem sentido que resultaram apenas em dores de cabeça e mal estar, motivo que me fez quase zerar a vontade de beber, porém digo que já ouvi vários relatos de drogados perdidos, tentando em vão a ilusão daquela “única vez”. Tentar explicar o meu “perceber”, seria a mesma coisa que tentarmos imaginar como foi a melhor das “únicas vezes” que apenas o então felizardo – que agora já não passa de um infeliz angustiado - sentiu.

Isto posto, finalmente, afirmo que não é possível, porém digo com muita certeza: Há muito mais que apenas admirar o que é bom pegando carona em especialistas; a pergunta que fica é. . . como?
068.b cqe

Transvaloração dos Valores*


Acordei pensando em tudo o que venho lendo nos últimos dias em duas revistas de filosofia.

Todos os artigos, indistintamente, acabam colocando, pontuando, ou com nuances, da necessidade que temos hoje de aceitar que os valores precisam ser revistos, ou como é impossível aplicá-los na íntegra, como não poderia ser diferente, dado as mudanças inevitáveis à que estamos sendo apresentados nos últimos cento e cinqüenta anos.

Não tenho dúvida alguma sobre a adaptação dos valores, quero deixar claro, quando estão em jogo negociatas entre pessoas que visam um bem comum que não os Valores Reais, os aspectos primordiais, os princípios de Honra, Amor, Justiça e principalmente o Sagrado, com suas Leis Imutáveis; por ser este “imutável”, cunhado em planos inimaginavelmente superiores ao nosso.

Tentarei então registrar as palavras por mim pensadas quando pela manhã, quando meus olhos ainda nem mesmo abertos estavam, mas minha mente já atenta concatenava a idéia de como hoje todos estão de alguma maneira tentando burlar os princípios que tanto deveriam embelezar o existir.

O princípio da minha idéia, a questão principal a que me deparei ao acordar é a de finalmente “cair a ficha”, admitir que é primordial, é necessário, admitir, concordar que na sociedade atual precisamos enjambrar, adaptar, seccionar, qualificar, esquartejar os valores.

Isto posto, passo a minha questão particular, de um chato rabugento que foi obrigado a admitir que precisa rever conceitos. Volto a frisar que o que está sendo discutido aqui é apenas a maldita sobrevivência. Sei que isto é impossível de ser qualificado, mas é disso que se trata esta.

A questão:
Que tribunal, que qualificação terão os juízes, (ou deverão ter) incumbidos de avaliar estes mortais ignorantes que foram de uma hora para outra autorizados a cometer pequenos delitos, arrancando nacos de valores ou esfacelando-os totalmente em função de mudanças ou adaptações muitas vezes sem sentido ou porque uma pequena e miserável casta veio se perpetuando como senhorios do vale, insistindo em políticas por eles inventadas, quando estes pequenos transeuntes não conseguiram nem mesmo vislumbrar devido a vida desgraçada a que estavam submetidos o significado do valor em si?

Ou seja; em que grau o delito poderá ser praticado? Como saberão estes que não estão indo além das necessidades de existência ou mesmo; como uma mente facínora que já não consegue mais controlar impulsos, continuam adentrando a porta de tesouros que eram apenas para serem, num primeiro momento, atacados como, ou para uma subsistência momentânea?

*Esta é a minha idéia de Transvaloração dos Valores
 
069.b cqe

domingo, 13 de junho de 2010

O Mestre e o discípulo


O Verdadeiro Mestre ensina tudo ao discípulo escolhido,
mas ao partir,
os aprendizes dividem-se em dois grupos distintos,
aquele que sempre acha que o mestre não disse tudo,
e aquele que finalmente sabe,
que o mestre pode ser superado;
mas, ao Sábio,
mesmo tendo-os distinguindo desde o princípio,
compraz somente o segundo grupo,
independente de os ter considerado iguais até então.
066.b cqe

Antenado


"Entre os homens,
na maioria dos casos,
a inatividade significa torpor,
e a atividade,
loucura"
Epicuro
065.b cqe

Retroceder ou avançar?


       Qual a questão mais interessante: O velho como parâmetro útil ao evoluir? Um guia? Ou como uma barreira incômoda; um alvo a ser atacado dando continuidade a uma evolução que visivelmente sofre de uma paralisia patológica?

Já há alguns anos, venho me questionando sobre o meu ponto de partida, a minha base filosófica. Se alguém resolvesse me observar; observar o meu ponto de vista, os meus interesses, qual seria o ponto principal a ser levantado, o ponto digno de estudo e com base suficiente para ser levado a sério. Já existirá alguma observação minha, em meio a milhares de palavras registradas, e a este turbilhão de pensar que jamais cessa que possa ser acatado como um pensar lúcido, firme e meu; ou serei eu apenas mais um subproduto do analisado, não sobrando, ou sobrando muito pouco que valha a penas ser debatido?

Não quero a análise, o debate puro e simples. Este, volúvel, que quando se apresenta em qualquer roda onde estejam reunidos seres com uma consciência minimamente superior a média humana não requer força alguma para vingar. Penso que qualquer pleito não vale. Uma hora terão que ser esgotados os debates vãos, ou pelo menos, me vejo em um ponto onde estes já não mais associam questões de cunho evolutivo. O debate, as questões meramente circulares e não aspirais; não mais me interessam.

Chegamos a uma conclusão? Não.

Em verdade acredito que jamais chegarei. Primeiro porque não tenho paciência para isto, segundo, quando encontro um ponto não o anoto, porque entendo meu desenvolver como um costurar idéias pinçadas, imaginando que este aglutinar, quando bem intencionado e ainda superior em base, e firme em um propósito sensato, embora pareça simples; possui força e caráter suficiente para concretizar idéias advindas de um pensar lúcido.

Por outro lado, é muito; extremamente difícil para um ser que acredita ser este plano, uma placenta geradora de confusão, uma placenta laboratório, uma placenta de expiações, uma placenta terminal, no sentido de que aqui não é um fim e sim, que aqui nascemos com o fim de evoluir e não mais retornar; encontrar uma ideia fechada sem que esta não esteja ligada a essência, tenha o essencial como direção, único norte válido para uma passagem que preste.

Penso então que, se estamos aqui de passagem, muita informação, muito conhecimento, ou melhor, nem toda a informação, nem todo o conhecimento são importantes para todo mundo, porém entender isto, chegar ao ponto de saber discernir como lidar com isso, não é nada fácil, porque o processo todo a que estamos envolvidos ou nos diz o contrário, ou não permite que a maioria pense em desistir de alguns padrões que; ou fazem mais bem ao processo que a si mesmo ou mesmo porque se agirmos diferente do proposto pelo processo, estaremos correndo um sério risco de sermos excluídos do processo.

Não é minha intenção enumerar aqui, então, as conclusões as quais cheguei sobre o meu pensar, porque este nem é o ponto desta, apenas tem a ver com.

Cheguei a esta escrita após ler a revista “Conhecimento Prático Filosofia”, onde, em um artigo bastante interessante o Sr. Luis Eduardo Matta, coloca, traz a tona, toda esta comunicação social de sites de relacionamentos e afins, onde qualquer um coloca o que quer sem respeitar, ou até entendendo que quando se está defendendo uma opinião, e tem certeza do que se está falando, ou pelo que está brigando, mesmo que sem um mínimo de propriedade de causa, o indivíduo, muitas vezes anônimo, rasga o verbo de qualquer maneira.

Estas palavras são minhas, não copiei do Sr. Luis. Este foi bastante comedido e educado, diria até um “anormal”, com o perdão da palavra, se levar em conta a média do que é encontrado nas salas de bate papos ou fóruns da rede, que acaba, não raro, contaminando a escrita destes que se expõem ao comentar o assunto ou, no mínimo, mexendo com os humores destes, o que não foi o caso do autor citado.

Muito esclarecedor; este senhor, se vontade tivesse, poderia administrar um curso para internautas iniciantes, - com os veteranos mal criados pouco se pode fazer - a aprenderem a se comunicar na rede, e melhorar a média, não apenas do falar.

Continuando a leitura da revista, me deparei com o ponto onde acabaria por escrever o que estão lendo os senhores agora. Com o título: “Descartes Errou: Saiba por quê”, a Sra. Elizabeth Luft, comenta, principalmente, as opiniões do Escritor português António R. Damásio; o erro de Descartes.

Quero antes de tudo pedir de Coração e de Alma, desculpas ao Sr. René Descartes por trazer a tona estas palavras, por deixar registrado mais uma vez o nome deste livro.

Tenho convicções que não me perdoam por fazer isto, porém tenho a vontade enorme de expor o que agora entendo como necessidade, então, mesmo que não justifique, o que me resta é pedir desculpar ao Sr. Descartes por assim agir, ou provocar mais uma vez o retorno a este assunto.

Por outro lado espero que a idéia do Sr. António tenha sido apenas de levantar polêmica, muito embora muitos, assim como eu, hão de não perdoá-lo.

Ao comentar com a Minha Sempre Bem Amada o assunto; foi direta: “Pra quê?”

Por quê; de que adianta saber se Descartes estava certo ou errado? Ou no mínimo, qual a idéia de; ao editar um livro, frisar escrachadamente a palavra “erro”, associada a um dos maiores pensadores de todos os tempos?

Tudo é muito mais que isto, porém então, durante a leitura das anotações da Sra. Elizabeth, volto ao artigo do Sr. Luis fazendo uma analogia sobre a necessidade ou o que quer que seja que nos leva a expor nossas idéias. E concluo que: assim como os pobres de espírito e de poder financeiro, se utilizam de um meio barato para defender as barbaridades que pensam, utilizando-se da Internet no caso aqui, os intelectuais pobres de espírito, porém, donos de trocados, ou de uma rede de conhecimento suficiente de recursos, mesmo que, ignorante de conhecimento, utilizam-se de livros.

Volto ao meu ponto inicial. Existem aqueles que buscam aventar um determinado assunto apenas para gerar o debate, o debate circular, o debate que retrocede, e é devido a estes que podemos entender este como um Plano Placenta, e que, na “Net vida”, sempre teremos o poder de escolher entre o contínuo processo de mastigar o antigo por falta de conhecimento, – ruminar o velho mostrando nossa incapacidade para o avanço - ou por medo do novo; ou então, buscar de uma vez por todas utilizar o antigo como um degrau para acessar a próxima das infinitas placentas que estão nos esperando.

064.b cqe

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Cheio do Jogo II


E se existir um depois?

Digamos que seja eu muito rico; dono de muitas posses; garantido pelo meu orgulho de que o que possuo é meu de direito e que todo esse papo de fiel depositário é conversa fiada; o que farei se após a passagem, alguém realmente consciente me convencer de que estive enganado, de que “minha” riqueza não rendeu sabedoria suficiente, e na minha ignorância desperdicei uma ótima oportunidade de aprender a ser menos perdulário, ou a maneira correta de auxiliar a Providência por se tratar eu, de um de seus membros mais ilustres, afinal possuía o que à grande maioria lhe falta, a bonança.

O que fazer para reparar a chance desperdiçada?

Será que não é justamente devido a este fato que assistimos a alguns sofrimentos que apenas o tempo revelará as respostas?
063.b cqe

Questões!?!


Minha Bem Amada, com aquela carinha de anjo só dela, porém sempre viva para as boas provocações, assinalou mais uma de suas pérolas interessantes:

“Por que; ‘luta do bem contra o mal’?”

Questionou; e continuou

“Afinal, se se trata do bem, por que esta questionável palavra “contra”, é utilizada de forma tão irretorquível?”

Referia-se, é claro, a tão propalada compaixão, e a eterna liberdade pregada pelos eruditos disseminadores das velhas escritas, atacando por outro lado o medo destes que nada sabem realmente; muito menos, onde reside a gene desta contenda.

Como sempre, nestas horas, assumi o meu eterno papel de submisso quando diante de alguém superior, engoli meu orgulho, e resmunguei alguns grunhidos inaudíveis.

062.b cqe