domingo, 25 de novembro de 2012

Da gênese do mistério


   

Mistérios reveláveis

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        VIII.Da Lei Universal que promulgou os Mistérios como Entidade

        O Mistério existe dentro de um universo todo próprio e sua constituição não apenas é promulgada agora pelo Último Corpo Excelso Aeternu das Leis Universais como uma entidade necessária, bem como será classificada com grau de importância máxima. Ficando assim respeitada, a partir de Nossa Chancela, a força que possui de modificar os mais rígidos caminhos da evolução não apenas dos seres universais, mas, do próprio universo.

        Parágrafo único

        Este corpus aqui feito, agora Lei Inalienável, abraça, tanto quanto os não-limites do Último Corpo Excelso Aeternu.

IX.Das Leis Internas dos mistérios

I.O mistério, uma vez estipulado; nascido; criado ou inventado, independente de qual razão o seu autor tenha se valido para “materializá-lo”, somente deixará de ser se for completamente entendido ou desvendado por aquele que assim o tem(inha);

II.Todos os assuntos que forem tratados por nossos Especulas, todavia fora de nossos domínios, deverá ser observado a aura de incerteza nas palavras, sempre que existir a mínima possibilidade de que um agente externo possa eventualmente ter decifrado o nosso código exclusivo de comunicação ou quando de eventuais contato com estes; 

III.Nossos agentes Especulas, deverão intervir sempre que um mistério esteja para ser desvendado, lançando mão de todos os recursos que possuem para manipular os agentes externos ao departamento dos mistérios, sempre impotentes e alvo do flagrante, e caberá sempre ao Corpo Maior dos Mistérios, utilizando-se de canais próprios de comunicação simultânea, o papel de liberar ou não os caminhos para que o mistério seja ou não desvendado, independentemente do desenvolvimento que a opção entendida pelo Corpo Maior dê-se após a escolha;

IV.Todo o Corpo e agentes que fazem parte do Universo dos Mistérios deverão agir, caso venha a existir uma possível outra opção, de acordo com as normas, procedimento, única e exclusiva do Universo dos Mistérios, qualquer envolvimento, se vier a existir, não será considerado uma vez consultado; se esta consulta não existir, se houver algum procedimento que fira a regra maior do Universo dos Mistérios, não existirá lei que poderá salvar o ou os agentes infratores.
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sábado, 24 de novembro de 2012

Correspondendo-me


 

Ouça o que não digo

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domingo, 18 de novembro de 2012

Companheirismo; amizade; persista com eles




Avaliando algumas ações, particular ou não, ao longo de um cotidiano extenso, ocorreu-me que uma das constatações mais inapropriada, que se transforma em um estado de tristeza ainda mais visceral por chegar tardiamente e que, definitivamente se alojará, - por mais ocupada que esteja nossa cabeça - em nosso cérebro pelo resto dos dias acaso recuperemos a consciência após entendermos o que realmente se deu; está intimamente ligado a um encontro que pode ter ocorrido durante um longo período da vida da gente, e tem a ver com aquele ser mais próximo que por este espaço de tempo conosco esteve: nosso companheiro ou mesmo um ou vários amigos nosso em particular.

 Devemos estender, devemos abranger aqui, um número maior de pessoas amigas; o rol de nossas amizades durante uma vida inteira, porque existirão sempre aqueles indivíduos que necessitam de mais amigos, primos, irmãos e tias para que o suportem ou o auxiliem em sua caminhada.

 O número de amigos que cada um tem durante sua curta existência está relacionado claramente a determinadas fases da vida, e mesmo que um ou outro com uma maior “química” extrapole fases diferente, poderão existir outros em paralelo – amizade e companheirismo nem sempre está ligado a exclusividade.

Além das fases pelas quais nossa vida evolui ou apenas circula em relação às amizades (adolescência, parentes, colégio, trabalho, associação, arte) - afinal pode aparecer um bom companheiro em qualquer esquina - o ato em si da aproximação ou sedimentação também se dá em processos, e então temos os primeiros contatos, o “reconhecimento do terreno”, – embora este se dê automaticamente; está implícito, afinal um companheiro não é escolhido, ele acontece e pronto -  da aceitação mutua devido as poucas divergências ou do aceitar das diferenças, do ficar junto devido a algum fator externo, e o processo vai evoluindo e pode passar até mesmo pelo ciúmes, um bocado de inveja que se não cuidado pode acabar atacando prematuramente ou não o processo, e, mesmo que isto aconteça muitas vezes em detrimento também do fator externo, é certo que uma das partes sempre é mais forte no suportar, no ponderar, no equilíbrio da amizade.

 Devemos admitir que entre nós, existe uma série de casos onde a amizade suplantou todos estes dissabores externos, – talvez este seja mesmo o nosso caso – mas não é sempre que as amizades resistem a este conviver turbulento. A convivência a dois, onde os companheiros dos mais diversos tipos trocam cumplicidade, depende, volto a repetir, mais da força de um deles, geralmente – embora muitos tenham morrido sem ao menos pensar a este respeito e finalmente admitir esta verdade. Ou quando não é o caso de carência afetiva ou necessidade direta daquele que, por ser mais esclarecido, mais sensível, invariavelmente suporta – sempre sem cobrança - os revezes normais ou possíveis de toda a amizade, porém nem sempre sem um custo, o custo do desgaste que pode até levar, com o passar dos anos, ao rompimento, isto quando essa ruptura não se dá prematuramente.

 E para o último capítulo deste episódio que é um dos mais sem sentido entre nós, mesmo que alguns entendam que este “quebrar-se” nunca é um fim definitivo, afinal é certo que para sempre existirá o que houve de especial em uma boa amizade; - isto permanecerá como uma chama eterna - há um último episódio que evidencia ainda mais a tristeza deste avolumar de contas de cumplicidade, pois, geralmente é tarde demais que a parte mais fraca da dupla é esclarecida e levada a entender o quanto ainda mais especial era o seu companheiro - e isto pode se dar não apenas ao constatar o quanto foi ele tolerante em relação a você.
 
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Nunca é demais entender nosso amigo “antes de qualquer julgamento” como um ser especial, e sempre que formos avaliá-lo, usarmos a razão e procurar observar se é ou não importante a ação que está nos levando a apontá-lo como réu, pode que ele o seja, porém, devemos sempre levar em consideração também, que há algo especial ao menos entre aqueles que assim se entendem, e  afinal, como sempre disse um velho amigo – é bom que aqui se acrescente: “devemos falar mais constantemente para nossos amigos: isto não tem importância”.

 

“Vamos prorrogar a existência dos sentimentos”
Bhonachinho

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Muito pouco, ou quase nada, realmente é um fim




Muito pouco do que entendemos como verdade hoje é um fim,
isto já foi dito,
e muito de nossas ações mudaria radicalmente
se mais rápido procurássemos entender isto.

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domingo, 11 de novembro de 2012

Como Será?



 

Um tributo aos nossos Amigos de travessia

Um néctar de nosso pensamento sempre estará voltado para o: como será? Independente de quão céticos somos com relação ao futuro ou ao quanto acreditamos no fatalismo da existência. O Questionar é inerente ao homem, não há como fugir.

Chega a ser forte o suficiente que independe da condição de segurança atingida. Por maior que tenham sido seus esforços em entender a existência, e suas andanças tenham palmilhado caminhos sérios na maior parte da vida, objetivando também, seriamente, estudos e meditações; a diversidade, ou até a multidiversidade de possibilidades que se estendem para estes indivíduos, acaba por, em algumas situações inusitadas, colocá-los frente ao questionar-se de como é que se deram suas escolhas.

As escolhas são partes tão importantes da vida que, porém, podem, - quando levadas muito a sério - certamente, conduzir pessoas a problemas somáticos que redundam até mesmo em paranoia.   

Dia-a-dia, sem que realmente percebamos, nossa atenção, mesmo que dispersa em todos os milhares de afazeres diários está, como se ligado a alma, ou um tipo de alma do nosso pensamento se perguntando: é este o caminho? Estou fazendo as melhores escolhas? E, a despeito do caos que se encontra o meu existir momentâneo; ou a despeito do marasmo; ou da insignificância; da falta de opções; de o quanto me sinto seguro, ou mesmo das ilusões que me prendem a um continuar sem preocupação, entendendo que é assim que é, é absolutamente normal que vez ou outra nos questionemos: estou no caminho certo?

Por menor que seja nossa consciência, ou por mais que a tenhamos esmagada no fundo de um monte de inverdades e absurdos diários, é certo que a ela estamos ligado. É como se existisse um fio de prata também ligado a ela, e, por maior que seja à distância ou a densidade do que colocamos entre nosso eu ilusório e a gema pura de nossa alma, estamos a ela ligado. Então, quando menos esperamos, como se diz na gira, “do nada”, algo estranho acontece e nos percebemos questionando atos que praticamos e que são estranhos a esta consciência que mantemos abafada, e que, em condições de acordados entenderíamos como normal este questionar, ou seja: de alguma forma entendemos como absurdo a fato de estarmos assim agindo.

A partir deste raciocínio. De que todos nós possuímos uma consciência em algum canto qualquer de nossa carcaça sofredora, e se por um acaso acordássemos realmente para o momento atual; se por um milagre recobrássemos totalmente a consciência por alguns dias e nos fosse explicado que algumas das nossas ilusões até aqui sugeridas não passam realmente disso: ilusões. Como ficaríamos se ficássemos nus diante de tal consciência?

Mas o ponto aqui não é este, quero voltar à alma de nosso pensamento contínuo: como será o meu amanha? Como será que chegarei ao ponto decisivo da minha existência?

É certo que um contingente grande de pessoas vive sua existência, sem exercitar um pensamento mais profundo. Estas pessoas aprenderam que o existir nada mais é que sobrevier um dia após o outro buscando formas de construir e prover suas famílias; e este é o mote único de suas existências, não há nada mais importante que isto. Mesmo alguns destes em algum momento se perguntarão sobre a necessidade de qualificar um pouco sua forma de vida ou até: se existe ou não uma razão mais séria para existir.

As questões se fazem presente, se proliferam ou morrem em detrimento da cultura daquele que questiona; é assim que é.

Em casos raros, acredita-se, que mesmo os mais incultos acessam questões pertinentes apenas a um grupo superior, justamente porque assistiu com atenção o exemplo daqueles, porém, depende apenas destes poucos buscar a compreensão, o significado deste acesso, ou mesmo dar continuidade a ânsia despertada.

Estes deveriam se perguntar então, assim como as pessoas do grupo que entende se perguntam sobre aqueles que já chegaram a uma percepção suprema. Percepção essa que faz referência ao aprendizado, sobre a importância de aqui estar, compreendendo assim que este existir não faz parte apenas do exercício de pensar, e sim: como foi acessada a essência de que nosso existir, de que o fato de possuirmos uma vida, é muito mais que apenas sobrevier, ou sobreviver bem e em equilíbrio enquanto humanos?

Mas existe um complicador para o segundo grupo, e têm a ver diretamente com aquele bordão do poeta: “Eu sofreria menos se fosse tolo”, e isto se dá justamente porque ao pensar sobre o “como será?”, aquele que possui uma consciência mais ampla da existência, acaba - se assimilou alguns princípios de ética e de valor – automaticamente ao pensar sobre como está se conduzindo para o final da vida, - independente se esteja ainda com quarenta anos - observando, obrigatoriamente o seu entorno, e não raro, devido a milhões de circunstâncias diárias há muito passadas, percebe que não agiu com correção em uma série delas, ou seja, seu crivo de ética e de moral foi burlado em algumas situações. E claro que algumas com razão, ou matreiramente modificadas, acabam por não incomodar o continuar da caminhada, porém é possível que existam aquelas que mesmo as mentes mais férteis ou mais frias entendam que algo no passado não ficou bem resolvido e pior, se a situação se apresentasse novamente, não haveria outro caminho a seguir que não aquele já trilhado anteriormente; infelizmente, para alguns de nós esta é a realidade.

Todo este enunciado descrito foi construído porque este que escreve também pensa e de vez em quando pensa no seu “como será?”. O que fiz para chegar onde cheguei, se afinal, muitos compêndios insistem que em algum momento de nossa existência ficaremos totalmente nus - nós e nossa consciência?

Terá valido a pena?

Do meu lado entendo que apenas terá valido a pena se ao revelar-me, nada revelarei além do Amor que tenho por aqueles que comigo até ali estiveram.

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domingo, 4 de novembro de 2012

Desabafo de um bom poeta puro...


 
...sem aspiração alguma à política.

Disse-me ele, - contrariando até, sua aura pública de poeta conceituadíssimo e eterno ar de bom moço - que optou pela poesia porque não corria o risco de ver seu material interpretado de forma medíocre, e pior, assistir a especialistas eleitos pela imprensa elogiando tais insanidades, fato que presenciava invariavelmente ao ouvir clássicos irretocáveis da música, sendo massacrados por tipos que “nem uma nota de piado saberiam dar se procurados”.

E completou:

“Por Deus que a poesia não é lida em público ou nestas famigeradas estações de rádio. Nos teatros? Sim. Mas ali, não sou obrigado a ir; somente os incultos e esnobes o fazem.”
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Indo



O homem tem evoluído mentalmente, e é certo que ao menos já possui abertura suficiente em sua mente para assimilar o novo, porém não há ainda uma cartilha impressa, instrumentos e muito menos mestre capazes de ministrar este novo.

Por mais culto que possa ser um povo, por mais trabalho que seja despendido a uma nova ideia, ela somente vingará realmente, ao termo de dois ou mais séculos – isso quando se trata da quebra de uma convenção simples.

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... e mesmo que haja algumas nuances deste novo, - e este é um fenômeno histórico - mostrando-se aqui e ali, não há interesse ou tempo para que nos dediquemos a isto, porque a maioria de nós está ainda condicionado a importância do que foi; condicionado a importância histórica do passado, quando este deveria ter apenas importância prática. Deveria ser entendido de uma vez por todas que a história existirá por si só.

        Temos pressa, tudo está se modificando com extrema velocidade, porém entre tantas autonegligências, não percebemos que nossas mentes estão sendo preenchidas com materiais que, no mais das vezes, apenas ocupam espaços. Simplesmente porque todos nós desconhecemos que na mesma velocidade ou até mais, se desenvolvem as pesquisas para que se faça, se arrume este preenchimento. Se prestássemos atenção e a desviássemos desse dispersar, já teríamos a qualificação necessária para não apenas otimizar nossa estada particular aqui, como contribuiríamos com a qualidade de vida de todo o nosso meio.  
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Calando




        Não existe poder de argumentação contra a ignorância; contra o ignorar.

É por isso que continuaremos assistindo a crimes de toda a sorte que demonstram a força ainda pulsante dos nossos instintos mais primitivos.

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Da nossa docilidade afeleada de cada dia

Confirmando que a velha sapiência do calar-se continua perfeitamente aplicável
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