sábado, 30 de janeiro de 2021

Misantropismo





Até onde precisamos influenciar pessoas? 

Qual é realmente a necessidade disso? 

De onde vem esta ordenação arraigada? 

Precisamos, antes, sobreviver; apenas isso. Depois, criar independência suficiente para não ser um estorvo aos demais e ademais, voltar-se para si se não é ou possui o tino ou o toque para a abastança. E se, onde e quando este for atingido; aí então, adquirido também o toque do altruísmo; poderá agir fazendo a diferença na vida de outras pessoas.




O perfumista procura as fragrâncias que aprendeu agradar ou surpreender uma sensibilidade comum ao mercado objeto como um todo e todos. Misturando-os nos odores mercantilistas: perfumistas, autores, artistas e toda a infinidade de atores que cobrem o planeta não são capazes da introspecção ainda que seus trabalhos comerciais já os sustentem.


Por que preciso chocar? Por que precisamos continuar criando tomando por base; levando em consideração a opinião terceira? Enquanto o grande autor busca o aceite externo, é certo afirmar que suas vontades sempre estarão voltadas para fora de seus quereres mais especiais ou mesmo viscerais, ora nascidos de vontades atrofiadas e alguns poucos resquícios de instintos que gritam para serem acordados!!!



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Tenet – Sins, nãos e ses


Ainda que aqui, neste espaço tempo consciente do que se é agora, se de alguma sorte tivéssemos a oportunidade de viajar até o passado qual seria a opção ideal; reviver momentos ou consertar ações que, de posse de um novo pensar, mudaram após duas, três ou mais décadas; como oportunizar este momento, este acontecimento inusitado?



Estou, sempre que posso, buscando otimizar minhas ações. Não posso afirmar se é isso que me mantém ansioso ou se o sou por conta de a todo instante buscar manter-me atento ao que parece ser mais importante ou o menor percurso, dentro da razão, a atingir o objetivo.




Uma frase questionando a dificuldade de tornar o mundo mais fácil através da razão chamou atenção no jornal de hoje; ela termina fazendo referência a uma escritora estadunidense referenciada por suas peculiaridades e conhecida por seu senso de observação e questionamentos ácidos; Fran Lebowitz. Imediatamente a veia crítica pulsou. Pensei, não quero tornar o mundo mais fácil, isto é impossível, porém minha lucidez aponta para o executar de ações que, sendo sensatas abarcam conviver o menor tempo possível com pessoas que não se utilizem ainda da razão para viver - ainda que fraca e oportunista, para uma conclusão de pronto não é de todo descartável.




Esta semana assistimos ao filme Tenet. Uma película muitíssimo interessante; como relatei ao colega que a indicou. O que chama atenção é a existência de uma ferramenta que permite a passagem para outras dimensões, ou seja, a engenhoca; o instrumento, a coisa tá pronta. Se foi plantada de algum tempo para este, não se sabe, não é relevante especular, aventando sobre sins, nãos e ses. Porém é essencial registrar nosso exercício um dia depois da sessão; meu junto a Minha Esposa. Onde comentamos sobre algumas ações há muito praticadas que seria ótimo se as apagássemos, retornando até o ato e não executando esta ou aquela vontade que, foram efetivadas sob efeito de álcool, da impetuosidade da idade ou da falta de respeito por pessoas ou animais; pressa e negligência, por exemplo, somados ao presente ignorar à época.




No filme estas questões são amenizadas sob forma de bordão; “o que está feito está feito” ou, “a ignorância é uma arma” ou coisa que o valha, porém quando adquirimos um nível maior de consciência não é fácil voltar às ações inconsequentes que nossa (in)consciência então ignorava.






Quantas vezes não fui suficientemente ou nada agradecido, ou ainda pior; fui totalmente ingrato? Ações que atingiram a moral de alguém, demonstraram total falta de respeito, inapropriadas, desnecessárias, intolerantes, contra a ética e a etiqueta social, desaforadas ou de incompreensão aos pais.




As respostas a este confrontar agora, na fase adulta, com alguém que se possa contar, se fazem com gestos compadecidos; ponderando para que “éramos jovens”, mas isto nem sempre é suficiente, é claro que não é para desanimar, porém ao assistir a fita me parece que seria melhor consertar um ato que não acrescenta ou denigre minha sequência de ações otimizadas a retornar, antes, às situações fáceis para reviver os melhores momentos.




O bom raciocinar ensina que tudo o que nos é apresentado é passível de ponderação. Discordar de autores que aventam à possibilidade da dúvida da razão como forma de tornar este mundo mais fácil é precipitado – toda observação tem seu viés próprio que pode ou não estar explicitado. Porém desprovido de lucidez, este mundo, materialmente falando, é razoável somente para o desprovido totalmente intelecção.






É certo que não li a matéria do jornal e com certeza incorro em erro - estou apenas pegando-a emprestado para alinhavar meu exercitar matinal. Quem sabe se refira o colunista justamente a falta de razão como um sobreviver anódino para suportar os absurdos que viemos assistindo, afinal, quando imaturos não apenas não temos consciência do valor da percepção como sua ausência facilita a passagem enquanto praticamos uma série de atos que, aí sim, de posse de mentalidades providas de algum senso particular adquirido no caso, irá cobrar seu preço. Agora; apoiar-se na inconsequência arquitetada ou em certa dose de ignorância forjada, para levar a vida sem responsabilidades é estender o véu que cobre nossas ações em volume que fatalmente cada um poderá em algum tempo revisitar...



Para amenizar o peso da pincelada, no caso calhe de algum personagem que finge desatenção vir esmiuçar este ponto de vista, entendo que é certo que podemos nos conformar com as afirmações de alguns compêndios arcaicos que aludem à eternidade que tudo ajeita.



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Encaixe à fórceps

 


A religião que melhor promove o monoteísmo é justamente a que mais se encaixa em como pensava Nietzsche a relação de seus fiéis.

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sábado, 23 de janeiro de 2021

Tenet

 



“Somos os que salvam o mundo do que poderia ter sido.

Nunca saberão que podia acontecer;

mesmo que soubessem não ligariam.

Porque ninguém liga para a bomba que não explodiu,

só para aquela que detonou...

É a bomba que não explodiu o perigo que ninguém sabia que era real...

Essa é a bomba com poder de mudar o mundo.”


 




“Tente entender,

não se negocia com um tigre.

Você admira um tigre

até que ele resolva te atacar

e faça você sentir

a porra da natureza dele”.





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Faz sentido?

 




“Quando falamos que algo faz sentido, significa dizer que compreendemos a lógica inerente ao que estamos apreendendo pelos nossos sentidos e processando, através dos mecanismos da percepção, para gerarmos as respostas apropriadas. Fazer sentido é algo que relaciona o que estamos vivenciando e processando com nossas memórias, de forma a produzirmos um quadro coerente da realidade.”


 




Descrição didática de “sentido”

retirada de alguma revista qualquer

retirada da sala de espera

de algum consultório qualquer.






Há que se prestar atenção em um ponto em especial nessa descrição; “mecanismos de percepção”. Pesquisadores afirmam que a busca por significado é inata; que é um fato essencial para entendermos o mundo. Para significar algo pegamos emprestado algo outro. No entanto a conta não fecha se não a qualificarmos no homem em algum ponto quando esta busca que dizem ser inata morre – e em muitos indivíduos com os ânimos a flor da pele - na inação de tantos quantos conhecemos sobre as mais variadas teorias que os conduzem não apenas ao não abominar o significado arranjado relegando a busca forjada no desvendar à incompreensível significação da existência em troca de forçadas vontades externas; portanto, a partir de qual ponto decidimos abaixar a cabeça e deixar de nos preocupar em entender o mundo!!!




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Jesus!!!

 


O fato de não termos – há muito – nenhum cristão ressuscitado não deveria levantar questão sobre o “como” está sendo conduzido o legado do Cristo?

...ou porque o escrito se confirmará e aí descansamos e como fiéis devotos: não precisamos fazer nada além de esperar que nossas atrocidades então desapareçam!

Haverá uma diferença de consciência entre a população do ano zero e a contemporânea? Que critérios determina o envio do Filho para redimir os pecados do mundo?




E ainda, se fizéssemos uma brincadeira, uma pilhéria através de algum estranho ato de contrição, uma fraudulenta e enrustida mea culpa; seria coragem ou parte da distração afirmar que a animalidade pura assistida na humanidade antes da vinda do messias foi o salvo conduto para sua vinda, situação essa que hoje ocorre tão somente em alguns míseros redutos esporádicos!?!





O pensar que somos destrói o sonho da pretensão do que gostaríamos de ser ou nem mesmo imaginamos poder.


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sábado, 16 de janeiro de 2021

Homem Deus - Ser Deus

 





O que é “Ser”? Resumidamente é uma entidade. O “Ser” está permanentemente vivo; isto é o mais importante que fosse entendido agora. Entidade, avatar, santo, anjo, ET, espírito, fantasma, penso que até – em algumas situações -, seres que “momentaneamente” não parecem desfrutar das benesses de pertencerem ao gênero humano podem ser considerados “Ser”, particularmente colocaria aqui os animais etc... e, obviamente, o homem.






Sob esta simples, resumida e pífia perspectiva, um indivíduo atento poderia plasmar uma mudança disciplinar enérgica.











Semana passada; comentei com um colega de trabalho sobre a dificuldade que algumas pessoas ou grupo de pessoas têm em considerar grupos outros que entendem não necessários as suas sobrevivências.










Não quero entrar aqui na caretice piegas do momento que é empoderar pessoas até então “invisíveis” – afinal entendo que devemos ser partidários ao Amor incondicional ao Gênero Humano -, porém nosso assunto era nesta direção. Atento que exponho nossa conversa aqui tão somente para preambular, para corroborar com o exercício de hoje.






Sobre este assunto acredito que temos dois polarizantes de mais importância, apesar de existir um terceiro - em especial - que lucra com o embate da dupla.





1- O grupo daqueles que se julgam superiores aos demais em oposição 2 - Aqueles que não conseguem suportar que sejam julgados inferiores ou assim se sentem; com o agravante que o primeiro, à medida que se distancia do segundo amplia suas margens para muito além do respeito ao gênero humano fora do seu enredo social básico enquanto o segundo grupo na mesma proporção generaliza todo aquele que não comunga com sua forma de pensamento e ainda assim todo este universo de enganados, de iludidos entre preteridos e capitães sobrecarrega seus fardos com a desconfiança.





Ao contrário o homem que se ri; que compartilha, que respeita ou que entende o processo e se livra do fardo incômodo da desconfiança e dentro de uma dinâmica disciplinada, equilibrada e harmônica: (com)vive (com)partilhando; este se torna um Homem Deus, um Homem Especial, um Ente, descobrindo-se “Ser” Universal. Importante observar que este indivíduo também sofre o estigma da diferença fato que dificulta sua magnificência e/ou libertação para ser; embora jamais o coaja.








Por que nós que sofremos, ou que entendemos ser um fardo a vida, ou mesmo outros afins que promulgam a felicidade; ainda assim excomungam vez ou outra seu estado de ser? Porque ainda não completaram o entendimento de “Ser”; que o “Ser” é eterno e portanto seu existir é perene e infinito – este infinito respeita a perspectiva de cada um e pode ser, ainda que absurdamente infinito para um, não preencher uma bola de ping-pong para outro.





Se praticássemos a partir de determinado estágio da vida um pensamento focado em uma existência infinita entendendo que daí tudo o que está praticando agora; aqui; se somará ao seu EU SER INFINITO qual histórico será melhor carregar neste PERFIL ETERNO?


Disseram-nos tantas coisas. Nossa percepção por mais que acreditemos o contrário, ou nos entendamos prontos, jamais atingirá um ponto de estagnação e em consonância: nossa consciência crítica será constantemente ampliada à medida que abandonarmos os dogmas e paradigmas de tudo o que estava inserido, ou subliminarmente preparado nas entrelinhas de todas aquelas coisas que nos disseram.








Se entendermos que somos um “Ser”; que SOU ESPECIAL; e que o que faço, penso, represento, não condiz com as atitudes de um SER ESPECIAL é certo que vou mudar minhas atitudes.








Somos Homens Deuses, todos, e, portanto precisamos assumir isto e agir como tal.







Antes precisamos urgentemente entender que a distância dessa realidade é compatível com nossa crença depositada naquilo que nos disseram contrariando nosso estado de “Ser” e nos separando em grupos. A partir de agora EU SOU O POLO, porém... TODOS O SOMOS.






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