sábado, 25 de junho de 2016

“Desgraçados e Abençoados”













“Eu olhei e não havia ninguém para ajudar”

Isaias 63:5







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She said



"I answered that are among my everyday secrets that hide my true mysteries"


Contribuição da Minha Sempre Bem Amada

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Exercício










De algum modo todos chegaremos a uma conclusão de que o melhor a fazer é ceder. Aos pais – isso deveria ser obrigação -, às leis, aos patrões. Em muitas situações, mesmo às pessoas insensíveis; à sociedade e ao viver em paz com ela: por termos desenvolvido certo grau de superioridade inteligente ou transcendência, ou por pura inferioridade; quando em algum ponto compreendermos isso.

A bem da verdade, todos assim agimos. Mas é um ceder arrastado, obrigado, carregado de ódio e contrariedades.

E se trabalhássemos a mudança! Conscientizando-nos, primeiramente, de que é possível continuar assim por toda a nossa existência, porém, cônscios também, de que continuaremos na mesma passada; par e passo com a incômoda sensação de desajuste, exercendo obediências às leis e às conveniências seladas no arcaísmo dos tempos, quando o aceitar consciente sempre esteve ali, pacientemente esperando sua vez. Mas, vamos apagar isso.

Lembremos, como exemplo, do período do flerte, - o flertar ainda puro, o velho “fazer a corte” - entre todos os nossos espaços de tempo neste plano, esse é de longe o mais feliz, cordial, sempre digno de recordação. Porque é um tempo de ceder. É um tempo de se doar.

Pois, ao final, viver não é contar que nossa vida foi uma vida de “doação”? A diferença é que essa doação esteve e sempre estará pautada por ordens e obrigações. Não seria melhor extingui-las de alguma maneira e fazermos o que deve ser feito apenas porque nossa cultura mudou “obrigatoriamente” porque finalmente percebemos que, de uma forma ou de outra nosso existir hoje, para que obtenhamos um mínimo de bem viver; de bem estar, precisa, inexoravelmente, ser “negociado”?

Paremos então de negociar e cedamos ao imperativo: façamos por escolha e não por imposição.

Partindo desse princípio, não seria melhor que existíssemos em comunidade sempre entendendo dever  algo a ela? A humildade não viria daí? Ainda que, inicialmente como uma mecânica inteligente e depois como um aceitar apaixonado!

De alguma maneira estamos vivenciando a mecânica da negociação por milhares de anos, sabemos que não somos – nem de longe - os melhores no que se refere a harmonia social, tentemos então otimizar esse tempo desperdiçado, ou melhor, fazer com que esse desperdício, agora, se torne algo útil.


021.L cqe

Do preço das ações


Mãe, então, se os homens tivessem agido como mentem fazer por mais de cinco mil anos, eu teria herdado um mundo melhor?


020.L cqe

Da série; aprendendo a envelhecer


Se assumíssemos nosso orgulho – ainda que de forma prática – muitos de nossos erros não seriam chorados na velhice


019.L cqe

Interação apenas necessária




Questionou-me então

“Obviamente que todos, a todo instante, temos a aprender ou a ensinar, mas isso antes passa por uma questão de auto percepção. Você, então, não consegue perceber que, para interagir ao meio – e aprender algo com isso -, sendo-se superior a ele, somente é possível se não houver o acômodo, o isolamento; apenas sobrevivendo, sem se expor, enquanto esse espaço/tempo obrigado torna-se mais um suplício?”

“É preciso igualar-se ao estado. Não se avexar, muito menos ultrapassá-lo. É preciso coexistir em igualdade e observar. Todo o espaço existente ao qual estamos inseridos somente nos mostrará sua potencialidade – ou a perceberemos, obviamente -; sua razão de ser, se nos mimetizarmos entre suas entranhas e o respeitá-lo, enquanto assim permanecermos”.

“Nosso existir é um manancial eterno de oportunidades, e o ‘não julgar’ é a primeira lição a ser aprendida.”

“Aprendi isso, no entanto, claro que não estamos a falar aqui do meu caso, afirmou, e também assim não haveria perda, como sabes. Nunca há. Entretanto, completando sua questão; por entender-me um pouco esclarecido, minhas ações dão conta o suficiente para viver isso de forma mascarada. Ainda assim, para o externo, estou mais para um abobalhado; digo eu, relapso, e, se interajo com o meio, muito mais do que necessito, acredito então, oxalá esteja certo, estar fazendo apenas para aprender com seus elementos.”

Ao que completei

Por outro lado, quanto de covardia há em saber isso e existir atuando???

Ainda assim, voltando-me, e em ato contrito, pensei; ah! Quanto tempo tenho desperdiçado... insistindo em dar a última palavra. 


Dá série; Pratica da interação minimamente necessária



018.L cqe

Interação apenas necessária II













Disse-nos e ficamos sem nada entender, mas, nem o destratamos, apenas rimos.




“Não é soberba, ou por reprovar vossas atitudes; apenas não quero condenar-me depois, ou mentir a nós todos, ao ter meu agir ordinariamente igualado; participar disso. Se acompanhasse esse portar, esse proceder, provavelmente faria com que, em algum momento me auto condenasse, muito mais do que vocês ao fazerem mau julgamento do misantropismo que há tempos venho cultivando.”

Dá série; Pratica da interação minimamente necessária


017.L cqe

Vênias cotidianas nada conscientes



Oi, tudo beleza! Como é que vai?

“Hoje que nem ontem, e igual amanhã”



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sábado, 18 de junho de 2016

Bombeiro cansado


“Gostaria de trabalhar menos”





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Questionando a agonia alheia







Antes peço escusas por contar mais um a anotar uma das ideias mais tristes que pode ter um homem: a do abandono à vida.

Nos cumes do “nosso” desespero – Acudindo ao tempo, que detalha o conhecer humano proibindo-o, naturalmente, de verbalizações danosas, é aceitável no entanto que, uma vez alertado*: deveria ser cerrado ao esquecimento e incomunicável todo aquele que, insistindo contra a ciência milenar adquirida; e por sua vez no caminho oposto a toda hermenêutica fundamental, busca, insiste, dedica-se em comunicar suas frustrações, relegando-as ao não sentido da vida, e, portanto, tentando impingir tal analogia falha a alguém ainda mais desavisado – esses sempre existirão. Não seria melhor que lançadiço ser tivesse ao menos a coragem, antes de aspergir suas sandices contraproducentes, ceifar a própria e então adiantar-se ao encontro do não ter sentido o que (não)sente pela vida!?! 

*se observarmos o histórico do tempo, veremos que nos foi ensinado a não propagação da desistência à vida, e, portanto, se nos foi bem dito que esse é um expediente abjeto e todo aquele que a ele se propõe, deve este ser excomungado até uma próxima existência, (tanto quanto aquele que o faz a outrem) deveria ele entender isso e falar a língua maior das Verdadeiras Leis que isso condenam, portanto, uma vez contrário a esse ensinamento, o ser infeliz obrigatoriamente ficará exposto as sansões devidas a sua conversa inapropriadamente contrária às leis e ao existir; afinal, se não existisse sentido porque outros motivos existiríamos!

*

Cioran, em “Nos cumes do desespero (1934) insiste que a vida “não tem nenhum sentido”, “se mantém sem razão”, “em seu dinamismo cego” e “Embora a vida seja para mim um suplício, não posso renunciar a ela. Para ser sincero, deveria dizer que não sei porque vivo, nem porque não cesso de viver. A chave reside, provavelmente, na irracionalidade da vida, que faz com que esta se conserve sem razão”[sic].(citações atribuídas a Emil Cioran, escritor romeno, no seu livro, Nos cumes do desespero, facilmente encontradas na net)

Palavras infelizes de um conturbado pensador em início de carreira, porém ainda assim fartamente registradas em livros e estudos (que preferiríamos não repeti-las se não fosse para alinhavar ainda mais nosso pensamento desfavorável a todo e qualquer tipo de descalabro contra nosso maior bem).



015.L cqe

Teoria da "Terra queimada"



Uma vez acertado o “quando”; até onde deveríamos nos esforçar, como bons invasores, trabalhando a queima e raspagem do solo do entendimento há muito aceito, no intuito de eliminar ruídos; de eliminar a estática?

Eliminar ruídos, eliminar a estática; estamos em busca de um acordar humano que elimine o pensar erudito que insiste por conveniência, por teimosia ou mesmo por completa falta de atenção, velhos pensamentos que mantém emperradas a evolução em redemoinhos entre muros e vórtices cuja força centrífuga canhestra se auto-sustenta, se retroalimenta; e, também, consequentemente, toda a engrenagem... despertar esse, que nos remeta a um futuro de homens livres.


013.L cqe

Singularidade














A universalidade existe e ela é diferente.




Precisamos antes de tudo, - e isso é essencial - aprender a desaprender que somos todos iguais. Somos apenas iguais na hipocrisia, no orgulho, na inveja, no convencimento de que é permitido, quase na sua totalidade, nosso atual agir e pensar equivocado, - desavergonhadamente a cada dia mais estamos incorporando a cultura da conveniência. Porém, quanto mais minuciosa é a observação das nossas ações, facilmente incorporadas, mais se parecem a muletas, enquanto nos mantemos somados ao grupo daqueles que continuam aceitando o que na Kabbalah chamam de “pão da vergonha”*. No entanto, o porquê desse relaxar; se conhecemos alguns poucos que simplesmente, até nisso destoam por simplesmente não possuírem o horrível defeito da inveja; eles, inacreditavelmente, não sabem o que é isso. Não são soberbos em hipótese alguma, e são orgulhosos apenas de si mesmos, de suas personalidades, caráter e retidão.

São perfeitos? Não; porque não são completos, são fragmentados. Por exemplo; tenta ser o menos hipócrita possível em um meio viciado, mas é um glutão, fala demais, tende a apontar os defeitos de declarados desafetos. Outro, por sua vez, não faz nada disso, mas é um péssimo marido, um horror como pai ou irmão; e por aí vai. Quantas vezes ouvimos falar, “esse cara é demais, mas...”.

Aprender e respeitar isso se faz a cada dia mais urgente. Se eu não consigo simplesmente deixar de ser invejoso ainda que o saiba, por sua vez, é minha obrigação entender que o outro é – está vestindo temporariamente do mau-caratismo, da perversão; que se trata ele de um biltre mesquinho, e todos, - não escapa um sequer - têm lá seus infernos para lidar com os problemas decorridos desse estado insuportável de coisas.

Considerar essas diferenças; é que fará a diferença. É assim que deveria funcionar; observar, individualmente, a limitação dos outros, enquanto uma cultura energicamente voltada a diagnosticar e curar a sociedade como um todo colocaria boa parte do aparelhamento do estado para que houvesse esse ajustar humano. Seria essa a lição primeira para aí então pensarmos algo próximo de igualdade.

O que é importante saber agora é que eles existem; que uma pessoa nasceu e morreu sem jamais sentir inveja; para não ser mau caráter, ou, mais difícil: que faz o bem pelo bem etc., e, se isso é possível aqui e ali, sabemos que pode ser reunido tudo em um só homem, que por sua vez pode ser reunido em todos os homens e então sim poderemos encher o peito ao anunciar que somos todos iguais. Mas, por agora...!?! Me parece meio incoerente.


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sábado, 11 de junho de 2016

Não há sentido em não ver sentido

















Alôôô! Se não existisse sentido por que raios existiríamos?




Da série; Simples assim.


011.L cqe

A morte do consumidor, portanto...



. . . 

A concorrência, continuada e incisiva, sem trégua, e nos moldes reconhecidamente: inteligente criativo; é perniciosa em longo prazo. Portanto, a seguir nessa levada acirrada e inconsequente entre as empresas, essa disputa tornada indispensável, é sem sombra de dúvidas, paradoxalmente, a responsável pela extinção prematura de seus clientes apreciadores - hipnotizados. E até quando continuará sendo, se não a principal, a mais invisível das causa mortis do cliente consumidor? Até sua total extinção; quem sabe? No entanto, ela é, com certeza, o resultado da aguda mecânica de vendas: antes destrutiva na sua agressividade criativa. E, com a morte, o aniquilamento do consumidor, seja devido ao seu depauperamento ou por negligência; seu lado humano foi sendo deixado a margem ao longo desse processo, e assim estamos prestes a assistir o sucumbir também dessa última "vontade" do homem: o possuir. Cheguei a esta análise a partir da observação da crise tanto democrática quanto do sistema econômico autofágico, onde o consumidor instigado pelo projeto colossal de vendas, não preocupou-se tão somente ao que lhe era básico e essencial, ele comprou a ideia toda, a plasticidade do consumir e melhorar tão somente como homem/homem, todo o pacote que lhe foi imposto subliminarmente , e como consequência, ele está morrendo como pessoa, como indivíduo, como ser; e, se não temos a alma: o espírito por trás da vontade; a vontade morre.    

Detalhe do texto Ousadia e salto


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sábado, 4 de junho de 2016

Pensamentos inapropriados



Para alguns, invariavelmente, esse é um plano miserável; e como pode que para outros: ele se mostra maravilhoso. Porque não iniciar um refletir sério, honesto e inegociável a partir daí?

*

Sem atalhos – atalhos; em algum tempo entenderemos quanto limitadora é sua praticidade ao cotidiano.

ou

Não há atalhos – a vida não lhe facilitará nada. Se o fizer, é acertado pensar que ela está postergando a lição; mas, e por que isso? (pode que seja o momento, mas pode que seja você)

*

Ao nos atentarmos para uma ânsia ruim, desequilibrada, negativa; paixões irrefletidas ou pensamentos que destoem do sempre particularíssimo comportamento diário; tendo a entender que nem sempre somos apenas nós agindo. É possível que a energia de todo um estado pesado em que circulamos - abrangendo o comum entorno ao padrão irrefletido do aceitar arcaico de toda uma cultura planetária (a mercê; sob o teto do império astral humano construído)- que muitos chamam de frequência tende a levar-nos a esse quadro: a atos que invariavelmente devemos esconder ou, se descobertos: passíveis das mais duras retaliações. Claro, sempre dependendo, sob o crivo de tradições, independentemente de quão particular ou por mais estranhas que possam parecer: quando nem sempre somos nós os verdadeiros ou definitivamente responsáveis únicos por tais pensamentos...

Destarte; apenas isso nos acode de uma possível cobrança comportamental que por ventura possamos enfrentar? Não. É possível que aí nos escondamos. Não.

Isso não fará de nós seres livres do “pecado”, da transgressão; do crime. Afinal, se sabíamos o peso do ambiente frequentado ou do mínimo ponderar nosso, ou de tão somente um único e miserável terceiro, sobre a ocorrência, ainda que desconhecêssemos os riscos a ela imanentes: é fato que jamais poderemos nos apoiar nesse álibi, alegando pureza de pensamento.

*

Ah! E por que tudo isso?
A consciência.
Jamais a tenham.
Ela é uma maldita que nada deixa passar.
Horror dos horrores.
É uma peneira desumana que divide filigranas; moléculas, sons e odores; tudo ela desnuda e separa.
Felizes somos todos nós que ainda não as possuímos,
“but”
quão infelizes somos nós, que inapelavelmente em algum tempo mais que distante iremos vesti-las.


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Pause diferente



“O imobilismo se pôs em marcha, e não sei como detê-lo”.

Edgar Faure


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Desafio invisível









“Recorrência: a sociedade produz a escola, que produz a sociedade. Diante disso, como reformar a escola sem reformar a sociedade, mas como reformar a sociedade sem reformar a escola?”



*

“... De fato, os atuais projetos de reforma giram em torno desse buraco negro que lhes é invisível. Só seria visível se as mentes fossem reformadas. E aqui chegamos a um impasse: não se pode reformar a instituição sem uma prévia reforma das mentes, mas não se podem reformar as mentes sem uma prévia reforma das instituições. Essa é uma impossibilidade lógica que produz um duplo bloqueio.

Há resistências inacreditáveis a essa reforma, a um tempo, una e dupla. A imensa máquina da educação é rígida, inflexível, fechada, burocratizada. Muitos professores estão instalados em seus hábitos e autonomias disciplinares. Estes, como dizia Curien, são como os lobos que urinam para marcar seu território e mordem os que nele penetram. Há uma resistência obtusa, inclusive entre os espíritos refinados. Para eles, o desafio é invisível.

A cada tentativa de reforma, mínima que seja, a resistência aumenta! Como dizia Edgar Faure, depois de ter experimentado uma de suas reformazinhas, “o imobilismo se pôs em marcha, e não sei como detê-lo”. Quanto a mim, fui alvo dos sarcasmos dos Diafoirus e Trissotin (cujo número cresceu consideravelmente desde Molière), quando sugeri as “cinco finalidades.

Como as mentes, em sua maioria, são formadas segundo o modelo da especialização fechada, a possibilidade de um conhecimento para além de uma especialização parece-lhes insensata. E, no entanto, o mais limitado especialista tem ideias gerais, das quais não tem dúvidas, sobre a vida, o mundo, Deus, a sociedade, os homens, as mulheres. E, de fato, esses especialistas, experts, vivem de ideias gerais e globais, mas arbitrárias, nunca criticadas, nunca refletidas. O reino dos especialistas é o reino das mais ocas ideias gerais, sendo que a mais oca de todas é a de que não há necessidade de ideia geral."

Edgar Morin; no livro, A cabeça bem-feita.
Pensar a reforma; reformar o pensamento.

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Sobre a “Lei de Gerson”











O mundo é dos espertos; e nós? Bem, somos aqui permitidos apenas para confirmá-los.





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