sábado, 29 de dezembro de 2018

Colônias



Com quanta importância você se tem. Em um terreno baldio existem milhares de colônias, das mais variadas formas de vida. Aço... madeira... carcaças... latas em decomposição. Materiais de todos os gêneros se regenerando em uma violenta anarquia de sobrevivência e transmutação. Plantas vivas, colônias de sapinhos e lagartos. Roedores, insetos e bactérias. Pássaros e ninhos. Micróbios; lagartas. Eles vivem ali se entendendo donos do pedaço. Larvas; vermes. Cada qual a seu modo... até que chega a retro escavadeira.


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Só quem Ama sabe



Não existe sacrifício por Amor

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Vidas razoáveis








Das razões que nos fazem agir sem razão - Em tempos que os transtornos psicológicos a cada dia mais são as únicas respostas a atenuar a pena de réus indistintos em todos os cantos do planeta após repulsivas atrocidades cometidas, ainda observamos e corroboramos com ações baseadas em razões anômalas, mal trabalhadas, por indivíduos tidos como ajuizados; nada razoáveis ao intelecto sensato já alcançado.


Talvez sejam nossas ocupações passivas; muitas delas baseadas na não razão a não nos permitir questionar por que somos coniventes ou nós mesmos agenciadores deste arrastado estado de permissível latência!



Da série; é assim que tudo funciona.
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"Innuendo" (Meditation)




Quando entendo que estou fraquejando,
ouço uma vez mais: Innuendo.

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Bestialidade

















É só o anormal
que acredita que existe
animal do mal





















Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos

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sábado, 22 de dezembro de 2018

“Prisioneiro desamarrado”










Referindo-se ao sol, chamou atenção a expressão, “prisioneiro desamarrado”, em determinado texto aleatório em algum resumo sem maior relevância. Como de costume em se tratando de achados originais, abrangi esse pensar aludindo para a situação da experiência material humana. Afinal, indistintamente, somos prisioneiros desamarrados de um estado de obrigatoriedade orbitável ao universo que cada indivíduo torna habitável, sempre, com algum tipo de adaptação – por conta do social, da tradição, dogmas e também, físicas. E mesmo em regiões hostis a mínima parte precisa criar formas e instrumentos muito além do comum para sobreviver por conta dos mais variados interesses. Locais realmente inóspitos e inapropriados e para uma série de nós: sem razões sãs para tais escolhas, no entanto, a questão persiste. Medidos os esforços; esquadrinhadas as dificuldades das condições adversas de ali coexistirem ou empreender projetos razoáveis com histórias vitoriosas ou superadas após inimagináveis complexidades também ao mais preparado dos homens - como é possível? Daí, retornamos a questão maior: em que instância cerebral, nervosa ou sensitiva reside em nós, humores responsáveis por não entendermos unanimemente e definitivamente o já provado por nossa razão: que é somente na compreensão das diversidades que conseguimos avançar em qualquer empreendimento posto em prática(?)   


Gostaríamos de afirmar que a partir de então é fácil observar que somos partes de um conjunto de obrigações, independentemente de ele ser humano ou universal; que sofremos ações externas, as mais diversas a nos manter também como “prisioneiros desamarrados”, no entanto se adquiríssemos maturidade suficiente para assumir esta nossa condição inegociável - de dependência -, estaríamos dando um largo passo em direção a um universo existencial coabitável muito próximo da perfeição.


Em essa condição assumida, parece ser mais prático, observando um que outro indivíduo que já o fez: coexistir pragmaticamente onde quer que esteja; orbitar os meios todos, mesmo os inóspitos, ou de difícil adaptação.

*











O universo é experienciado em situações alheias ao entendimento humano. Quase na sua totalidade. Simplesmente por permitir combinações que nossas limitadas perspectivas jamais apreenderão enquanto presos ao espaço tempo matéria. E estas diversidades somente são possíveis porque, obviamente, se adaptaram a um sistema formado “previamente” e que pode ser explorado a revelia e elevado sempre a esta condição a todo aquele que se assanhe às explorações. Entender isso ou chegar ao ponto de possuir consciência autônoma suficiente para tanto se inicia no clarear da compressão de que a liberdade pode ser atingida à medida que nos tornamos lúcidos então para uma nova “prisão”; a do Conhecimento.

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domingo, 16 de dezembro de 2018

Viciado sem vergonha





Vivemos boiando como objetos desprovidos de densidade em um rebojo da enxurrada dos tempos. Nosso ignorar confunde nata com dejetos; sobrevivendo à custa de abstrações ilusórias contadas como “vitórias” de um que outro dos nossos que desse monturo desprovido de raízes sobressaiu-se servindo a todos de exemplo do que é possível e também – quando oportunamente trabalhado - de bálsamo: incentivando seus iguais a sentirem-se orgulhosos ainda que chafurdem neste estado abjeto viciado por uma infinidade de existências.






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Das importâncias para “O importante”







A força maior será sempre a sua, isto é; cada um de nós possui o seu próprio valor e consequentemente força individual suficiente para deixar aflorar e expor estas virtudes, ou ainda mais: convencer-se silenciosa e verdadeiramente que as possui. Fundamental é entender que jamais será o terceiro – o externo - a ser convencido, e sim, o indivíduo em si; aqui uma das leis máximas do existir.

Portanto, trilhado alguns passos de um caminho mais acertado, é correto afirmar que em um ou outro caso não é o líder a faltar com o tão esperado incentivo – o regatear maçante do indivíduo incapaz -, a questão é encontrar o líder certo a instigar os propensos a auto estimulação apropriada. Mas encontra-lo não dever ser a prioridade última. Cada liderado deve ter a confiança nele próprio pra continuar caminhando, determinado, até que este mestre se apresente, e então render-lhe graças e seguir daí.

Em algum tempo não precisaremos do aval externo para entender que nossa situação parte de um alinhamento único e, portanto, a melhor conjunção. Uma vez pronto, segue-se, e, se caminhando para tanto, assim continua, porém agora convicto de que o é.


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Posseiros
















Quanto mais dinheiro
menos valores eles possuem.












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sábado, 8 de dezembro de 2018

Adquirida a consciência...



Ao longo do caminho para o despertar, e só então valorizar e assumir a consciência, somamos as mais variadas espécies de enrosco entendidas como normal... necessária...  cultural... Quando, no entanto se mostrarão terrivelmente maléficas se persistirem em acompanhar a mente desperta estendendo uma situação que poderá ser tão mais prejudicial ao ser quanto o foi no estado indisperto. Temos daí a difícil jornada de eliminar hábitos e costumes até então toleráveis ao ser inconsciente – ou em meio estágio de consciência; ainda negligenciáveis tanto quanto na malfadada incursão na inconsciência.

023.q cqe

Antes do inexorável





Abandone a presunção antes de ficar velho - Antes o velho é abandonado, porém, não abandona seu orgulho... em algumas situações, talvez por isso o seja.







Senilidade (não)assumida - O sentimento mais importante que o velho precisa aprender a trabalhar é a pretensão, porém como, se o orgulho é sempre o mais difícil a ser eliminado?

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Elementos








Das conexões ativas e as receptivas - As escritas são partes de uma invisível rede quebra-cabeça. Alguns elementos são alinhavados em determinada ordem conforme a busca do autor e seus instrumentos. Outros mais precisam ser inseridos e encaixados quando da leitura – fonte perene de recursos; tão diversos quanto imprevistos. Quando então a energia de ambos pode ser conectada homogeneizando conhecimentos e ideias complementares ou ampliando incontáveis criatividades outras. Ilimitadas; tão pura e sem fronteiras quanto à imaginação se conserve livre e criativa.



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sábado, 1 de dezembro de 2018

Causa



Em um mundo diverso onde razão e lucidez primam por expressões que clamam à singularidade: uno; distinto; universo; centro; equilíbrio... insistentemente  buscamos a aglutinação centralizada sectária e armada... a força que destrói não apenas a aglomeração contraria, mais... empobrece e contamina a pluralidade.






Sob o pretexto de toda sorte de bandeiras: em nome da causa; ações desvairadas têm causado uma série de questões que nos trouxeram gradativamente às polarizações que mais separam que aglutinam em direção à harmonia comum.




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Estertores







Em reconhecimento e justa homenagem àquele que jamais abandonou; apresentando-o disse: “Espelhem-se no impossível; procurem ser aquele incomum razoável, enérgico, quase intratável, porém reto e de presença invisível. Aquele cujo caos anunciou e foi afastado injustamente como pessimista sem emoção por aqueles interessados em promover instabilidades – mas o tempo, sempre ele, enfermeiro tenaz, uma vez mais provou a injustiça. Diante das mais sinceras escusas, e da opinião acertada tardiamente reconhecida: volta a ser pensado diante da falta de solução; onde é lembrado nos estertores do colapso como o único ainda a ter o que dizer”.

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Canaã; finalmente



Enfim o merecido repouso

Porém me obrigo

Descanso melhor ocupado


Em algum momento da minha fugaz existência alguém falou de forma enigmática: “Existem aqueles que perambulam daqui pra li com um balde vazio nas mãos e um que outro que caminham com os dois baldes cheios a derramar água por onde passam”.


Da série; Quando deu “Meio-Dia”;
nem percebi e continuei trabalhando.




018.q cqe





Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos