domingo, 16 de dezembro de 2018

Viciado sem vergonha





Vivemos boiando como objetos desprovidos de densidade em um rebojo da enxurrada dos tempos. Nosso ignorar confunde nata com dejetos; sobrevivendo à custa de abstrações ilusórias contadas como “vitórias” de um que outro dos nossos que desse monturo desprovido de raízes sobressaiu-se servindo a todos de exemplo do que é possível e também – quando oportunamente trabalhado - de bálsamo: incentivando seus iguais a sentirem-se orgulhosos ainda que chafurdem neste estado abjeto viciado por uma infinidade de existências.






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