sábado, 27 de maio de 2017

Equalizando atitudes




Sempre é tudo um prestar atenção. Ao longo do dia um que outro demonstra acanhadamente, envoltas sob palavras enroladas ou pontuando diretamente: situações que enaltecem valores em nós enxergados.

Não ficando apenas na vanglória; isto pode ser um ótimo balizador para a correção de atitudes que insistimos em manter as avessas com outros tantos, sejam eles desafetos, com uma série deles que não temos tanto ou nada em comum ou mantidas apenas por questão de interesse mesmo, porém, é possível, através de um policiamento aplicado que, automaticamente - dado a insistência a um querer engajado - tornar-se-á prática aumentar a proporção de atos que espelhado nos bons, aos poucos inicie a superação aos cediços.




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Ampliando razões



Descortinando Multiversos - Em que desmedidas proporções; a que insondáveis perspectivas é ampliado meu próprio estado de atenção atemporal sobre os além-planos a partir de, ou à medida que minha consciência se torna mais obstinada?

Não busco mais a existência de parceiros astrais,
busco sim...
que me descubram.

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Inlegível





Mentalismo - Se pensarmos que não é possível possivelmente não será. A verbalização do incompreendível ao vulgo, ainda que pareça uma perda de tempo quando não se está falando a uma audiência totalmente alheia é de imprescindível continuidade para que haja a abertura posterior à realidade dita e a hora incompreensível.





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Tenho dito



“[...] a verdade não existe fora do poder ou sem poder. [...] A verdade é deste mundo; ela é produzida nele graças a múltiplas coerções e nele produz efeitos regulamentados de poder. Cada sociedade tem seu regime de verdade, sua ‘política geral’ de verdade: isso é, os tipos de discurso que ela acolhe e faz funcionar como verdadeiros; os mecanismos e as instâncias que permitem distinguir os enunciados verdadeiros dos falsos, a maneira como se sanciona uns e outros; as técnicas e os procedimentos que são valorizados para a obtenção da verdade; o estatuto daqueles que têm o encargo de dizer o que funciona como verdadeiro”

Michel Foucault




E se trouxermos isso para o pessoal...? Quais das nossas verdades de longe poderiam ser rechaçadas e substituídas por alguma outra mais madura? Quais verdades mantidas socialmente poderiam deixar de fazer sentido individualmente? Que verdade há na minha verdade? Quais verdades externas poderiam despertar verdades que insisto não vestir? Aonde a verdade conveniente se encerra e começo a vivenciar a minha verdadeira identidade? E que Valores contêm as minhas verdades?

"Solo l’uomo colto è libero."
Epitteto

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Não seria religião uma mecânica!



Rédeas – Carl Sagan disse que a religião é um produto do nosso tempo e se observarmos criteriosamente esta afirmação podemos assentir que a religião é também uma mecânica, um instrumento, onde ela confina o ser para que, obrigado aos princípios que a margeiam, possa circular menos propenso as desatenções que o distrairiam ainda mais de mínimos objetivos essenciais ao seu desenvolvimento.



Pensando toscamente, parece haver duas espécies de homens a viver fora da religião, aqueles ainda bastante atrasados e outros que, donos de algum equilíbrio ou dominado auto controle, ariscam-se, livre da clausura dos princípios dogmáticos como o conhecemos e se aventuram em literaturas ascendentes quando já aspiram a transcendência terrena. Nela, temos uma diversidade de peças que incluem uma média entre estes dois universos.


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sábado, 20 de maio de 2017

Da Ancestralidade Pagã



Toda diligência se torna mais promissora; todo o conhecimento, toda a busca, todo o doutrinamento e disciplinada dedicação a si mesmo podem ser menos exaustivos quando combinados e tiver como fermento a convivência harmônica de Amor e Respeito com a companheira.

Sou feliz e sou Seu

Da série; vamos prorrogar a existência do sentimento


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Ainda o “astro soturno”



Em busca de...

Aproveite-se do meu quase sempre traidor e instintivo ímpeto social; ele poderá revelar muito sobre mim.

No entanto cuidado, aí estão misturados verdades e inverdades, obviamente.

Quando raramente consigo domá-lo, prefiro o meu lado eremítico soturno, reservado, misantropo.

Cuidado aí também, todo o esquivo consciente, facilmente sente-se invadido e desrespeitado.

Prefiro que me desconheças, porém a cada dia mais me culpo por não ser fiel a mim mesmo neste sentido.

*

Ele disse:

“Minha vida é interessante, mas preciso de um bom diretor para narra-la para mim.”

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De passagem



Respeito minhas vaidade, inveja, ciúme, orgulho... em todas as suas Forças. Eles apenas estão comigo hoje e, portanto, medito com eles, otimizando-os; e disso me aproveito.


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Das regras, normas e exceções



“Uma filosofia da vida concreta não deve se privar da exceção e do caso estremo; pelo contrário, deve se interessar por isso no grau mais elevado. A exceção pode ser mais importante do que a regra, não por causa de uma ironia romântica voltada para o paradoxo, mas sim porque a seriedade de um conhecimento vai mais a fundo do que as generalizações claras inferidas a partir do que se repete ordinariamente. A exceção é mais interessante do que a regra. A regra não prova nada; a exceção prova tudo: ela confirma não apenas a regra, mas também a existência desta, que deriva tão somente da exceção. Na exceção, o poder da vida real rompe a crosta de um mecanismo que se tornou entorpecido pela repetição.”
Carl Schmitt




Isto prova a velha teoria de que todo aquele que romper a regra por conta da plena consciência da ação será poupado se esta não desestabilizar o padrão ainda necessário ao – comportamento adestrado - que se habituou a respeitar ou a que elas se obrigam por não conseguir gerenciarem-se por si mesmos.




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A religião e seu secular e nefasto efeito dominó



Ainda que importante, a religião tornou todos os seus féis embezerrados. Por conta disso não há como ser revertida a situação, quando os únicos capazes não só não tem interesse, como, se tivessem, não seriam aceitos para a demanda; desta feita temos como resultado o homem alijado de Deus, “evoluindo” social e economicamente, ainda que de forma incompleta. Por sua vez, a religião como corporação, permanece na obscuridade de suas oligarquias basilares obrigando todos a entender que ela é perfeita na própria “razão” de ser – com seus mistérios e preceitos totalmente distorcidos do que é Verdadeiramente Sagrado -; por que trabalhamos com a hipótese plena de evolução quando sabemos que todas as doutrinas continuam arraigadas na inércia de seus dogmas? 


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domingo, 14 de maio de 2017

Do pensar desconectado




Do pensar prematuro ainda no século XXI – Fomos libertados em plena puerilidade para o auto pensar: nós, “páginas em branco” a se auto preencher sem que ao menos aprendêssemos o significado desta arma potentíssima, tentando sobreviver no plano do desenvolvimento atropelado e execução automática.

De quantos milhares de anos falamos então se observarmos que nosso progresso pensante tem sido trabalhando fora do contexto da correção, pautado pelo condicionamento deliberado - sujeições às leis estabelecidas - marginalizando todo o processo! É fato o que disse Montesquieu que todos somos livres desde que pensemos dentro da lei; está aí a mais correta representação da coação permitida e claro, obrigatória em se tratando de gente necessitada de socialização. A educação prima o pensamento livre, próprio, mas o mundo condiciona ao: pensar dentro da caixa; porém quem são e como aprenderam a pensar todos aqueles que promulgaram as diretrizes, algumas perpetuadas, outras pétreas tão somente condicionadas a sua constituição que impossibilita contextualização!

Por ao menos duas décadas do seu nascimento, talvez fosse mais acertado que o cidadão aprendesse a pensar e então daí, uma vez patenteada essa lucidez abrangente: abrir-se-ia para as escolhas particulares, estas sim, conscientemente, livres e alinhadas, primeiramente pela razão, formando-se uma rede de corretas observações onde as gerações sucederiam partidárias aos mesmos valores e retidão apreendidos – mas isso seria outra forma de pensar condicionado, palpitariam muitos especialistas que aprenderam o “pensamento” atualizado em suas cátedras.

O pensar dentro da caixa está condicionado obrigatoriamente à premissa do necessário, tanto quanto mal feito ou inapropriado por conta da condição de despreparo em que atuamos – preceptor e aluno - correndo atrás de uma bola-de-meia amarrada em um barbante, e por mais que instrumentos dão conta desta estultice não é possível que todo o nosso universo montado, todo o nosso teatro de subsistência se renda ao capricho de revogar as leis que determinam esse andar sonâmbulo; em completa dormência. Não há saída!?! Não enquanto não houver a conscientização de que assim seguimos, e ainda aí: o caso é de difícil solução. 

Mas há um efeito, um paliativo anódino bastante difícil de ser entendido, afinal, mesmo que precisemos acordar para o que um dia chamaremos de vida real, existe realmente uma dificuldade de compreensão inserida por conta de amarrações diversas que suplanta a essência da questão, onde, no entanto: para se chegar ao razoável aqui observado é imprescindível que passemos por este processo “sem sentido” que, ainda que assim ocorra - destituído por ora de uma compreensão lógica -, estamos praticando atividades diversas, ou seja, somos co-partícipes de um projeto “duplamente” arranjado; e de outras nem mesmo imaginadas, tão necessárias quanto positivas (ou seria; obrigatoriamente necessárias?). No entanto podemos relaxar no fato de que, esta espécie de umbral a que estamos guardados e condicionando a cada dia mais nosso existir, é uma formação “real”, aparentemente triste, porém, necessária, para que purguemos vaidades e orgulhos adquiridos aqui e em outras esferas. A Sabedoria do Plano reside no fato de que, paulatinamente nos enfronhamos neste monturo que chamamos hoje existir terreno sem que percebamos o quão mimetizado a ele estamos, e é só a partir dessa tomada de pensamento que poderemos tomar também as rédeas conscienciosas que nos darão um mínimo de paz, inicialmente, particular.

*




Existem apenas dois caminhos, continuar na irrealidade, ou seria na “verdade inventada” atual, ou atirar-se em um caminho de retidão e acreditar ou mesmo confiar que pudesse ser melhor!?! E quais os riscos de abandonar o primeiro em detrimento do segundo? Nenhum; talvez, inicialmente, passar por simplório, alienado, esquisito, desarrazoado, mas então, finalmente, sentir a liberdade que existe em abandonar toda uma convenção armada que pesa às costas ainda que não a sintamos por jamais ter experimentado removê-la.



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Grau de dificuldade aumentado









Disse-me então;

“Sou um anormal querendo pagar de normal, a dificuldade reside em normalmente disso me esquecer”





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sábado, 6 de maio de 2017

“A arte dá o que o mundo nega”*




Contentamento, posses, aquisições, realizações, tudo neste contexto são objetos fabricados a tentar, a alongar sensações anódinas de satisfação e alegrias. No entanto, nada supera uma única sensação extasiada de um insight; da descoberta de que se é único; de que pode. Em um mundo que nada é; onde reina o décadente

*

“Nietzsche é o néctar da Terra” - De “antes” e “depois” de Nietzsche Ele é o Sumo, o Canon. Ele - tão generoso quanto obrigatoriamente deve ser alguém adogmático, areligioso, aespiritual e humanamente não deísado; leia-se puro - representa aquele que percebeu e, qual probo genuíno imaginou ser possível multiplicar no externo a Vontade Percebida e trabalhar a partir daí uma existência do homem pelo homem. De todos os maldados adjetivos lhe atirado, é certo que egoísmo jamais vestirá.

Seu pensamento indecifrável serve já, a tanto e a tantos e talvez exprima a melhor noção da edificação do homem pelo homem; o ser terreno, sem dogmas, sem religião, no entanto que, ainda crente, pode entender a não necessidade de aplicação de crença alguma além de sua Vontade bem gerida para viver em paz.

No entanto, a “Vontade” como tantos outros “insights” garimpados em particularíssimas inspirações que em Nietzsche foram despertados, somente são possíveis de ser compreendidos quando acordados inclusive no observador arguto que busca as distintas percepções dispostas gratuitamente, porém altamente apreçadas e extremamente caras - valor impagável ao descuidado.  
 
Acordar a Vontade dormente e torna-la plena não somente continua intacto e de difícil compreensão para a maioria de nós, “humanos demasiados”, como não descobrimos – logo nós, senhores das regras - uma fórmula para despertá-lo; quando sabemos ainda agora o quanto é impossível fazê-lo mesmo com a inegável ajuda do filósofo e ainda que se descubra portador de algum querer particular especial.

Talvez o mais belo dos paradoxos do universo nietzschiano, sua completa ininteligibilidade ao relapso e ao pretenso, reside resvaladamente na insistente dificuldade de não entendermos isso – ou nada -, enquanto Nele não é percebida...

Aproveito-me das palavras de Martin Heidegger na p.64 do "Nietzsche". “Somente com o auxílio de uma reflexão assim estabelecida sobre a essência da estética nos colocaremos em condições de conceber a interpretação nietzschiana da essência da arte, e, com isso, ao mesmo tempo a sua tomada de posição em relação a ela; e isso de tal forma que possa surgir, a partir daí, uma confrontação.”.  (ao que reiteramos: “somente” a partir daí)

*Nietzsche”, de Martin Heidegger; 2ª edição 
Forense Universitária


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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Pontuando Homo Deus*


Normal aos bons textos, durante a leitura de Homo Deus, varias observações foram pontuando as interpretações; algumas poucas tive por capricho anotar e aqui registrá-las.




Estatística falha – Até onde são confiáveis as estatísticas – não menos sinistras e sem motivo algum de comemoração - ao registrarem, segundo o autor de Homo Deus, que as mortes por excesso de comida já superam as ainda absurdas perdas por conta da fome? Precisamos nos inteirar se isso não se dá tão somente porque a população considerada aumentou desproporcionalmente, camuflando os dados que devem ser observados separadamente, afinal, pode não ser os esfomeados que pararam de morrer, porém os outros, que, por desconhecimento, inflaram o débito por conta da conveniência do consumo.





Discriminação humana - Globalmente falando, chegaremos ao tempo em que o humano propriamente dito será discriminado por iguais de castas consideradas elitizadas?







Ao que parece, o governo ou a iniciativa privada precisará inventar uma espécie de gororoba universal industrializada, um mingau de fácil obtenção, minimamente energético, para abastecer a legião faminta do futuro. Uma ração barata que supra a necessidade ilógica de alimento da camada inoperante separada pelo abismo entre a elite e os super-humanos dessa imensidão, agora “inútil”, que ainda sobrevive no futuro tecnoeletronicizado e artificializado. 

 










Algo sobre a pg.310 
A política econômica – tão autofágica quanto retroalimentadora - por contra própria ou por atavismo ou algo do tipo, cria a dependência e incentiva a geração do senso de obrigada obediência abastando e cumulando a fatia dominante.
Este estado fabrica o sentido ilusório; do contrário: que soldado lutará por nada, ou quanto mais terão que trabalhá-lo ante a eminência da morte prematura? Quão mais ávido é aquele que se entende dono de algo e nem de longe que é apenas hipoteticamente livre? 




E sobre a pg.235 – Se o intuito das criações da tecnologia é servir e tornar cômoda a existência humana, como resolver que ela poderá cedo ou tarde torna-lo obsoleto aumentando assim, exponencialmente, o contingente de humanos supérfluos descartáveis, invertendo desastrosamente (contra ele, é claro) o processo natural que valida a vida em detrimento à coisa!?!




E sobre a pg.243 
“Conhecimento = Experiências x Sensibilidade”

Da assimilação do conhecimento ético à conexão de experiências - Há tempos possuímos o aval não apenas em registros sérios; de que podemos confiar em nossa sensibilidade observando um tipo de consciência coletiva e sensações e sentimentos propriamente ditos, porém ainda não buscamos trabalhar minimamente nossos interesses, vontades e responsabilidades para otimizar todo este indissociável, monumental e intocável estado de coisas a nos acompanhar silenciosamente, uma vez que, aprender a nos valer desta verdadeira usina energética faria com que o humano saltasse da inércia da confiança grupal para a ação da força individual unificada. Era preciso não somente perceber, mas considerar o uso desta assimilação e ultrapassar de uma vez por todas a simples camada individualista, da digladiante ou beligerante e degradante barreira do competir, ou seja, ir além do hoje limitado uso em benefício próprio ou de grupos sectários – para a verdadeira cooperação “univérsica”.



Deveríamos iniciar admitindo, assumindo e promulgando algumas novas leis universais dissociadas de doutrinas e calcadas em vontades históricas e percepções que vem aflorando por séculos no gênero humano em indivíduos dos mais variados matizes, em formas de arte; espiritualmente intelectualizados, através das mais diversas e criativas formas de registros e anotações.




E sobre a pg.272 – Com vontade própria e ingovernável - Primeiro a obrigatória necessidade de leis sociais e então o medo causado por tanta barbaridade a manter o primeiro ponto nos trouxeram de encruzilhada a encruzilhada a amadoras ou prematuras tomadas de ações. Intempestivas frente a necessidades ou garantias obrigadas ao extremismo do momento; destas pequenas derrotas ou não, desembocamos no intrigante estado vigente. A necessidade daí nascida; faz com que os sistemas, os padrões, sejam blindados de tal forma: algo muitíssimo bem intrincado para a não violação salvadora* que se transformou em uma via de mão única. Não há retorno, (obrigados) ou se admite, (engole) aceita o corporativismo exclusivo político econômico vigente instaurado ou ele mesmo ameaça intrinsicamente com o colapso total; é como está que precisa continuar, ou nada. Não há uma saída fácil, mesmo que minimamente falando; simplesmente porque não (“é permitido”, a estrutura organizada superou o humano ) há saída.






*destruindo o atual em detrimento a uma pretensa fórmula mágica





Pg.324 - O que “pensa” um robô quando percebe as limitações de quem o está construindo - que somente não é ainda por conta disso? Estará ele limitado ao seu criador, ou seja, seria ele ainda superior se suas mentes fossem realmente insuperáveis; e se fossem elas os criariam?




Pg.322 – Iremos viver mais e nos tornarmos menos capacitados, ou seja, com que precocidade o planeta acumulará volumes cada vez maiores de seres supérfluos, ainda em plena capacidade física? Como o estado nada proativo resolverá a equação da manutenção desse obsceno contingente improdutivo?





Pg.332 – Quem sabe com algoritmos que de uma vez por todas nivele consciente/artificialmente a nós próprios por nos conhecerem muito além de nós mesmos, e diante de inteligências artificiais inimaginavelmente superiores, criadas muito além da sua imagem e semelhança; possa o homem finalmente se recolher a inegável insignificância que, proibida e intocável, não pode negar lhe ter sido impressa originalmente e arduamente trabalhada para que assim (continue) permaneça.





Pg.333 - Longo caminho – Iremos ainda, muitos de nós, para a invenção de outra prisão; de impensáveis e necessários novos algoritmos a nos afundar no universo artificial tecnoeletrônico, (tecnoeletronicizado) antes de nos entendermos “presos” as linhas do invisível, então que regem conformando necessidades reais “possíveis”, que escapam a “nossa” razão ou lógica relapsa, ou defeituosa, ou cerceada, ou preguiçosa, ou conveniente, ou...



Pg.378 - O poder que não dá sossego – Se bem observado, o poder invariavelmente transmite uma ideia falsa de poder ainda que internamente isso não seja percebido antes da vontade de possuí-lo. Todo poder se sustenta, esta é a lei, em uma pirâmide de poderes de menor importância, ainda que essenciais à manutenção arranjada, ou seja, não há, nunca, a sustentação por si, isso significa que não há sossego, portanto, manter o poder comum exige dinamismos exaustivos e constantes atualizações, afinal, não raro existem ameaças que fogem ao controle, mesmo os mais policialescos.




Pg.398 - Das dificuldades ainda não percebidas (Em seu tempo?) – Paradoxalmente podemos entender que, por conta de um mundo padronizado: as dificuldades pelas quais lamentamos são ainda inferiores aquelas não dado conta por nem se imaginar previsíveis. Uma ou outra; mínima ou intimidadora, aqui e ali são pinceladas por autores visionários como o Yuval, ou romanceada por ficcionistas, por exemplo. No entanto estamos tão arrolados às perceptíveis que não é possível prever mesmo a mais assustadora delas.







Da série; das dificuldades que compete a nós – criar e sanar -, no entanto, ainda não percebidas.






Ou

Em seu tempo? – As dificuldades pelas quais nos ocupamos são inferiores ainda aquelas não captadas nos obsoletos radares humanos; novidade alguma aqui, esta é uma situação recorrente à espécie – não temos tempo a dedicar a prevenção. Quando menos se espera percebe-se que a metástase está instalada sem que nem ao menos nos déssemos conta por, obviamente, nem sequer imaginarmos sua existência (embora estivesse camuflada sob nossos narizes como uma superbactéria que não é detectada sob pretextos mais negados que desconhecidos), algo, mínimo, sempre é pincelado; como prova, temos este historiador, Yuval, precoce em observações, - precocidade invalidada por sua natureza extemporânea - muito além do entendimento comum. E a partir de que estado patológico servirão suas observações, afinal, quando estes visionários aparecem, de qualquer modo, estamos tão arrolados as perceptíveis que não é possível notar ou pressentir o que temos a frente.




Sobre a afirmação do autor de que “a morte é um problema técnico” e que “o açúcar é mais letal que o terrorismo”; podemos afirmar que: mais vitimas faz a Coca-Cola que o terrorismo?




Lendo Yuval é fácil concluir que o terrorismo não tem as mesmas necessidades da Coca-Cola no entanto, com seu veneno doce, está em todos os cantos do mundo e que, sob essa sórdida filosofia, tudo o mais que é pernicioso desde que viável ao aquecimento econômico é inadvertidamente infiltrado sob as mais diversas nuances na sociedade, vendido ao homem e imposto ao planeta.










Trechos



“Ondas maciças de fome ainda atingem algumas regiões de tempos em tempos, mas são exceções, quase sempre provocadas por políticas humanas e não por catástrofes naturais. Não ocorrem mais surtos de fome por causas naturais; há apenas fomes políticas. Se pessoas na Síria, no Sudão ou na Somália morrem de fome, é porque alguns políticos querem que elas morras.” p.14




“Não é preciso esperar pela volta de Cristo a Terra para superar a morte. Alguns nerds num laboratório podem fazer isso. Se a morte era tradicionalmente a especialidade de sacerdotes e teólogos, hoje são os engenheiros que estão assumindo o caso."




Sem ciência - “A consciência é o subproduto biologicamente inútil de certos processos cerebrais. Motores a jato roncam ruidosamente, mas o ruído não impele a aeronave para a frente. Humanos não precisam de dióxido de carbono, contudo toda expiração enche o ar ainda mais com esse composto. Da mesma forma, a consciência pode ser uma espécie de poluição mental produzida pelo disparo de redes neurais complexas. Ela não faz nada. Apenas está lá. Se for verdade, isso implica que toda dor e todo prazer experimentado por bilhões de criaturas durante milhões de anos são apenas poluição mental. Essa é uma ideia na qual vale a pena pensar, mesmo que não seja verdade. Mas é bem surpreendente constatar que, em 2016, trata-se da melhor teoria relativa à consciência que a ciência contemporânea tem a nos oferecer.” – p.124








Muitos povos ancestrais, a sua maneira, afirmavam que relâmpagos, trovoadas ou eclipses ocorriam por conta direta de seus deuses, os antigos acreditavam que na ciência há resposta para tudo, hoje, o orgulho dos especialistas, a empáfia do universo científico é tão exacerbada que eles simplesmente não admitem que algumas situações pudessem ter relevância, apostando inclusive no prematuro descarte – no desvendar ou elucidar - devido a não necessidade de manter o que “ainda” não pode ser explicado, ao invés de admitirem o quão ínfimo é nossa sabedoria ou descabida a nossa falta de abertura para aceitar que respostas e soluções possam ser aventadas, ventiladas, sopradas, ditadas por conta de seres de planos superiores talvez até, mensageiros do próprio Deus – ou, que alguns mistérios devem assim permanecer.








Agradecido por não ter nascido cientista





*HOMO DEUS
Livro do autor de Sapiens,
Yuval Noah Harari
Companhia das Letras
















Contribuição da
Minha Sempre Bem Amada








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