domingo, 23 de fevereiro de 2014

Meditando sobre o Comportamento



Insisto que o mais difícil não é comportar-se como alguém descente. A atitude descente se manifesta uma vez que você perceba a sua importância, ou assim a entenda; porém, observo que o mais difícil é desvencilhar-se do emaranhado de pontos, de momentos/distração normais ao cotidiano - estas milhares de imagens; frames que nos foram imputados como importantes, e o são; mas somente para que façamos parte de um quadro social; mostremo-nos sãos ao que move a sociedade em direção a uma forma/organismo com um mínimo de coerência à ordem. Destoar do ordinário aceitável pode enquadrar qualquer um em um grupo segregado.

E esse processo acaba fazendo com que esqueçamo-nos de manter sempre em primeiro plano a atitude descente; diferenciada em valores.

Como filtramos isso? como selecionamos, qualificamos e então limpamos ou depuramos estas imagens? ou, como, em meio a esta nuvem de acontecimentos comuns e corriqueiros: enxergar que muito daquilo não é importante, ou já não importa, já não mais deve interessar a um buscador quando se quer sério; quando inserções relâmpagos de novos e interessantes frames assaltam a tempestade sinápsica do cérebro!?!


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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Transeuntes transitórios



Eles passam por mim. Ou passo por eles nos balcões, nos caixas ou nos bancos debruçados. Alguns com um livro preto embaixo do braço outros não. Vejo-os carregando algum compendio qualquer, com ou sem mochilas; outros jogam dominó, e a vida é uma luta diária.

Cultuam o corpo, mexem nos cabelos, cofiam a barba, olham-se no espelho ou qualquer coisa que os reflitam - muitas vezes é somente este significado que dão para o termo “refletir”; e amam, geralmente: condicionalmente.

Conferem o interior da vitrine, compram, pagam, devem, endividam-se e roubam; se martirizam e prometem mudar. Fiéis ou infiéis, casam, abandonam, formam o que entendem por família e ainda que despreparados, em algumas situações acertam; apanham muito e lutam bastante.

Trabalham, enganam, viajam, pesquisam e distribuem prêmios entre si. Descobrem coisas, aprendem o que lhes é útil e o que não é; e ainda assim continuam lutando.  

Divertem-se; com paixão: vibram em frente à televisão, ouvem os mais diversos tipos de música, vão a shows e aos estádios ou participam em grupos de manifestações, e lutam e convencem-se de que adquiriram mais direitos; comemoram migalhas.

        Estudantes, esportistas ou donas de casa. Empregadas. Eles, elas e os outros; bancários, banqueiros e industriais: inconscientes de suas inconsciências percorrem diariamente o limbo do cotidiano da luta que não cessa; que os mantém vivos e sentido-se parte de algo que ainda não foi decifrado pra que serve realmente.

Guerreiam, declaram paz, se armam, se odeiam, confundem as coisas, acreditam, votam, leem jornais, se unem e lutam.

Nas sinagogas, nas igrejas, nos templos ou mesquitas, somados aos respectivos vigários, praticam o que entendem por fé - alguns o fazem realmente. Cada qual a seu modo acredita no que entendeu até então ser correto, todos são livres, é fato; e é justamente por poderem exercer esta liberdade que são presos no emaranhado daqueles que a temem, ou do medo de sê-lo.

Todo o processo é uma luta contínua, não há descanso. Alguns menos abastados invejam aqueles que adquiriram posses. Outros que não podem parar; se pudessem observar, o faria de onde está, pois a vida privilegiou-o com parte do poder; aos dois sobrou apenas a luta que mata aos poucos por quase nada.

Enquanto passam os observo; toda esta luta não é em vão, mas quanto economiza, quanto desgaste evita aquele que busca realmente entender o objetivo disso tudo.

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Transição e Transcendência # ABSOLUTO


 
       Enquanto lia a Doutrina Secreta Vol. III da H.P.Blavatsky e me deparava com (AQUILO) aquela enormidade de nomenclaturas. A Pluralidade de Eras centuplicadas e Dimensões tão Infindáveis quanto Insondáveis. Raças de todos os gêneros números e grau. Protetores, Mestres, Avatares, e Chohans por entre indecifráveis Estâncias; Deuses, Ascensionados, Entidades e Enviados Especiais de todos os Credos, Espécies e Civilizações, onde o Absoluto perde a explicação nossa, minguada, e Veste o Significado Exato. Onde todos, ou toda a história que eu nada entendia; entendia ao menos uma coisa - e está claro que isto é o que mais importa: que o importante de tudo éramos (somos) nós e a nossa existência (ou pelo menos que isto é super importante). 

        Ao início então deduzi que: posso continuar; tudo vale; tudo é válido. Se tudo aquilo existe em função de nós. Se todos aqueles que ali pululam o fazem porque tudo aquilo somos nós; quem sou eu para duvidar, e porque precisaria eu buscar argumentos em outro lugar!

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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Não caras




As pessoas que não nos são caras são as baratas?

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Nada sabemos até senti-lo



Temor;
vivemos com medo,
mas não temos tempo de curtir esse medo,
muito menos de entendê-lo como se dá
e que,
a qualquer momento ele se realizará...
e estaremos sós.

Da série: o que não é vivenciado é teoria.

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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Instável!?!




Não me apego cegamente a qualquer evidência e digo que duvidem das minhas certezas. Não ouso afirmar que acredito piamente em tudo o que abono, mas não procuro por ninguém que me demova das convicções que orientam minhas buscas.

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