domingo, 29 de julho de 2012

Não às provas



É chegada a hora de bons argumentadores, as provas já estão todas aí.

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A sós


Você fica a sós quando está só, ou é atacado pela solidão?

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Ante um bom livro


Diante de um livro de contextualizações fortes temos que assumir o que somos realmente; afinal, somos nós conosco mesmo.        

É somente com este pensar contido, que dominaremos o ambiente desconhecido, ou que se desvelará o ambiente que se nos parecia desconhecido até então.

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Aqui, onde o barulho do mar é somente lembrança


Sendo o ser um daqueles personagens corriqueiro que repete sempre os mesmos afazeres, insistindo em emitir comentários comuns a todos, disponível e gentil, ou, contrariado, mas presente; é muito mais fácil, quando em casos raros ele recupera a consciência, transformá-lo em um Guerreiro da Luz, em uma peça importante da guerra pré-estabelecida, da luta velada; oculta, que trabalhar as infindáveis iniciações naquele que a isto se presta sempre por todos observados, devido as suas pretensões nada secretas.

Mesmo às hostes conhecidas por energias poderosas que brotam da mais pura escuridão são apresentados momentos de dúvidas e incertezas. Leis constituídas e imediatamente caldeadas sob o impulso de elementos desconhecidos até mesmo para os mais sábios representantes da Força não permitem a deflagração do aniquilamento mesmo diante das piores injustiças; dos massacres mais atrozes. Assim, é possível que do quadro mais assustador, antevendo defrontar-se com o pior pesadelo, quando já as altas patentes beiram o desespero: é permitido que alguma luz possa ser jogada sobre o fim eminente.

Lições do Príncipe nas Terras do ArkiDruida

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domingo, 22 de julho de 2012

O porquê dos aforismos



Somos como o pescador artesanal anônimo e sua rede esquadrinhando águas claras; sentindo o peixe é preciso que o capturemos o mais rápido possível para que se não nos escape, nosso peixe então, é a ideia que se nos apresenta qual o reluzir prateado agitando-se na tarrafa, se não a agarramos rápido em forma de aforismo, se não a prendemos no primeiro papel a vista, é possível que demore a voltar frente a um oceano de imagens que se desenrola na imensidão de nosso cérebro descomunal de profundezas inauditas.

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Agora é somente a crítica



Chegamos a um ponto que ultrapassamos o divisor de águas, até ontem era possível criticar e em seguida arregaçar as mangas com meia dúzia de engajados, rebater ou por de volta aos trilhos, de volta à rota o caminhar humano. Hoje os críticos não podem mais executar as duas tarefas; não é mais possível que executemos a segunda, somente existe hoje lugar para a crítica, este é o ponto aonde chegamos.
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Dos debates acalorados a que muitos assistem



Não parece ser prudente contestar este ou aquele dos estilos pregados por esta ou aquela escola filosófica ao falarmos em educação, como também defender com vigor ainda uma terceira que se apresenta mais completa, na verdade tudo é uma tremenda perda de tempo para aquele que tem nesse seu bem mais precioso, afinal é sabido que através dos caminhos que a humanidade escolhe como forma de evolução, não é possível que sejam ensinados os estilos das melhores delas e sim o que mais convém ou aquele que melhor se encaixa ao momento político do estado, por sua vez, este sim, de opinião formada, enérgico em retidão e disciplina com relação a sua escola; ao que lhe é primeiro de direito. Da série; contestações para o nada

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Carapuça


Parece-nos que as análises daquele que pensa mesmo que com seriedade a condição humana, seguem em suas costas como um couro puído que aquece somente a ele, aos demais ou nada diz, ou pode ser avaliado como uma carapuça, onde uma série destes tantos que, por despeito, mais porque a ela se encaixam, o condenam tanto quanto ao resultado de seus exercícios.

Talvez para estes, o que resta, o que ameniza, é recorrer a Lacan que consola ao alertar que não fala à todos, ou seja, é certo que uma observação por mais abrangente que possa parecer jamais abarcará toda uma raça.

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domingo, 15 de julho de 2012

Como desencadeia-se isso?


Não é possível que consigamos uma revolução cultural ou algum resultado efetivo em relação a evolução na, e a partir da Terra se não despertarmos no homem-semente, de forma consistente e consciente, a crença, ou melhor a fé na transcendência.

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domingo, 8 de julho de 2012

Trança



A filosofia nada cria, ela trança. Trança uma trama do já posto. É à força de cada fio que é determinada se o resultado tem ou não algum significado prático, lógico ou até mesmo, sentido, e só a partir de então, com a maturação do tempo, saber-se-á, se o entrançado aglutinado terá um dia valor de cria.

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O que fiz com o poder a mim instituído?



O que você fez?
Você irá morrer amanhã,
você que pode algo,
tudo é muito rápido,
pense;
e o que você fez?
Como você contribuiu?

As portas continuam fechadas para a contextualização.
Poucos às querem abertas e ainda menos estão fazendo algo para abri-las,
pense.
Se tudo é tão rápido,
não seria melhor parar um pouco com esta visão egoísta
e entender de uma vez por todas
que devemos abrir as portas
para que todos possam entender;
ou ao menos considerar a ideia,
(mesmo uma pequena greta)
da possibilidade de haver outras formas de voos?
Ou mesmo de que:
Alguns já podem voar

-0-

Da série:
Quem está te impedindo de dar o primeiro passo em direção à luz?

Do livro que tem como mote
 a transcendência do cipoal formado
após a saída da caverna
por aqueles que se arriscaram primeiro
e aprenderam que uma infinidade deles
continuou com medo e foram então apanhados.


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Apartamento



O homem de analisar sério transcende as mesquinharias cotidianas, suas colocações e ponderações tem primeiro como alvo a prática da ideia que está sendo posta; não pode ele perder tempo analisando se ela entrará em choque com qualquer espécie de moral definida, seu pensar é amoral no que diz respeito à aplicação, pois apenas o homem classificado traz em sua educação os costumes e obrigações da comunidade que escolheu como sua, já o pesquisador ousado e convicto da mais pura necessidade humana é inclassificável, não se atém a este ou aquele regime, isto o tolheria também, se assim agisse, sua pureza seria maculada – apenas e tudo isso. E esta é uma condição nata sua, por ser livre não aprendeu o jogo do egoísmo e é somente por isso que põem o que põem no papel, é somente por ser livre que registra o que pensa, porém ele está exposto, afinal é um comum igual, ao menos em características físicas, ou mesmo em seu portar intelectual, isto, esta aparente igualdade o expõe à crítica do ente moral, por ter este aprendido a jogar conforme as regras que lhe foram passadas, e é justamente estas rédeas que não o permitem imaginar que um homem simples possa emitir uma opinião de contundência enérgica, parecendo uma afronta sem que ao fundo se perceba estar carregada apenas do egoísmo de quem a está interpretando - inclusive o próprio não o faz.

O homem de analisar sério está apartado do julgar comum, portanto: desvestido de egoísmo. Fosse ele de pensamento egoísta não formularia questões de cunhos libertadores, porém, e aqui está uma; principal e bastante apropriada: o estandarte que o homem desclassificado porta e que mesmo invisível para alguns críticos egoístas, tremula firme e livre junto à brisa das pequenas verdades que agigantam este lutador, diz respeito ao seu compromisso sério com ele mesmo, seu caráter não permitiria que suas ideias fossem aviltadas por um único pensamento mesquinho - sua busca é maior que qualquer incomodar. O egoísmo alheio, cega a todos para as entrelinhas de suas construções mentais que vibra buscando justamente o despertar equânime.

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domingo, 1 de julho de 2012

Ainda sobre perdas e apostas



É certo que existe a condenação por parte de alguns pensadores ativistas que tem, na passividade do homem, sua principal perda, porém é certo também que é necessário em algumas frentes, mostrar-se como um alijado de vontades e de quereres para passar despercebido, pois é importante ao entendimento da porção lanígera que todos estão de posse do mesmo objetivo inócuo, só assim se pode valer de algum tipo de força desse todo uniforme incapaz, para, impercebido, conquistar uma vaga rara de um dia ser catapultado para outra esfera de conhecimento.

Nota ao infante:
Não é de todo errado considerar isto como um teste, embora se assim for, é certo que este perderá muito do seu valor.

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Valoração inversa



Há tempos vem se chamando a atenção para que se valorize o homem, para a qualificação do homem. Nunca se prestou tanta atenção no meio/humano, busca-se hoje mais do que nunca a conscientização coletiva de que o planeta, o entorno ambiente deve ser observado, valorizado e preservado para que o seu principal habitante, agora objeto, sobreviva, mantendo sua capsula de sobrevivência viável, porém, - e só se aponta isto por haver ainda tempo à mudança, por ainda haver algum tempo - é possível então, - tem-se essa visão ao assistir aos embates nas mídias diversas - que não passe este despertar de mera alusão de uma fração preocupada e engajada da população, quem sabe ilusória, que ainda assim segue imaginando que os quereres somados possa então surtir o efeito real necessário; diríamos que antes é preciso qualificar a luta repensando a preocupação.

O que pensar se fosse então lá, quando há tempos, alguns alertaram para que a tão buscada valorização tivesse surtido efeito; estaríamos hoje tão preocupados por estarmos diante de um estado onde a culturalização inversa do ser moldou-o inconsciente de preocupações para com o meio/estado que fatalmente se instalaria e agora o está - a encruzilhada incontestável de depender de um instrumento ineficiente para salvar um mundo claudicante.

De alguma maneira ainda estamos “lá”, ou seja, muito aquém de onde deveríamos estar.

Se houvéssemos salvado alguns; se tivéssemos poupado algumas matrizes; se houvéssemos observado e nos preocupado com a ação principal provavelmente não estaríamos agora assistindo o desandar da construção como um todo, porém sempre há tempo, o que não há, onde a preocupação ainda é falha é exatamente no calcanhar de Aquiles do caminhar evolutivo, afinal, ainda que vivamos tempos desesperadores, o que não foi formado ainda, foram os líderes para a empreitada.

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