terça-feira, 29 de setembro de 2009

In the bus

40 passageiros
a caminho
do trabalho,
1
quer ler
39
continuar
dormindo,
porém;
como
não aderir
ao apelo
maior,
com tantas
cortinas?

089.a cqe

Respeito aos livros


Alguns, poucos, livros, não os li por respeito. Cheio de falhas, eu, entendo que eles, perfeitos, sentir-se-iam envergonhados por serem observados de esguelha por alguém pouco respeitável, ao serem flagrados em minhas mãos.

090.a cqe

domingo, 27 de setembro de 2009

Criatividade que leva a criar


Tendo ou não criatividade, inspiração, conhecimento e é claro, tempo, todo aquele que escreve está a observar os acontecimentos a sua volta; sempre pronto para, a partir de então, ao ser fisgado por qualquer isca que deflagre sua vontade; inflamar-se com a qualidade que imagina melhor lhe compete, lançando-se como que impulsionado a juntar sinais conhecidos por um determinado grupo ao qual pertence, - às vezes mesmo não tendo certeza de que todos o entenderão – tentando clarificar no papel seu pensar, ao expor análises e idéias.

Há pouco, ao entrar no site “Portal Literal”, http://www.portalliteral.com.br/participe linquei-me a outro; “Maizunocaos”, http://portalliteral.terra.com.br/artigos/um-eterno-nao-ser-2 onde li, na íntegra, um artigo assinado por Hangner Correia. Estava a explorar novos sites, com algum assunto interessante para leitura quando me interessou a forma escrita do artigo, “Um eterno não-ser”?

Mesmo que o texto tenha sido construído tendo como mote a arte, - não tenho nada a ver com ela, um motivo a mais para elogiá-lo - uma frase em especial, aleatória – para mim não para o texto - citada, creditada ao Prof. Steven Connor, fazendo referência ao fato de que o alvo principal dos filósofos atualmente baseia-se unicamente na crítica, despertou-me a atenção sobremaneira.


Não conheço nem o Sr. Hangner Correia muito menos sei alguma coisa sobre o Sr. Steven Connor, porém minha mente agitou-se com a observação do professor. Gostei do que entendi como uma sacada não apenas interessante como bastante pertinente ao nosso século – principalmente porque estamos vivendo uma era escassa de bons analistas humanos.


Analisando e avaliando rapidamente, de o porquê os filósofos hoje assim o agem, partindo do pressuposto que o Sr. Steven Connor esteja totalmente certo; um único quadro, após o exame, se apresentou fazendo muito sentido.


Temos um histórico para ser avaliado de no mínimo dez mil anos de estudos, pesquisas e acontecimentos, porém tudo, que realmente vale a pena, - em se tratando de Valores Humanos - nos foi legado mesmo, já nos primeiros cinco, muito embora tenhamos ainda hoje alguns lampejos em um ser aqui e outro ali que podem alinhavar algo novo com o já possuído; posto isso, é perfeitamente normal que os filósofos, ou aqueles que realmente se preocupam com uma evolução decente, critiquem, pois estamos de posse de uma cartilha perfeita, e continuamos inventando novas formas de errar; com a idéia de que somos melhores que aqueles que a ditaram; será que isto tem a ver com o nosso orgulho característico, faz parte do jogo, ou é só interesse mesmo?


Tentamos todas as formas de governar, todas as ações políticas e sociais foram experimentadas, todos os castigos, claustros ou maneiras de incutir o medo buscando alternativas de ajuste social não se mostraram nada eficientes para melhorar nossa condição de ser – só obtiveram sucesso no efeito manada. E, fazendo uso de uma expressão extraída do próprio artigo lido; todas as medidas até então se mostraram no mínimo ineficientes, ou foram apenas paliativas, e o “pensamento da nossa sociedade vigente” não está nem um pouco coeso com àquelas redigidas nos primórdios, até mesmo a custa de muito sangue.


Aquele que conhece sabe: de alguma maneira alguns vivem bem melhor agora, isto é fato, mas a questão principal é e sempre será; e todos?




088.a cqe

domingo, 20 de setembro de 2009

É, e pronto


Nenhuma lágrima possui a mesma quantidade de sal
Como tu queres então que sinta eu, o mesmo amor
A matemática perfeita me inspira à exatidão
Meu sentimento é então exato, a intensidade não
Mas não te precipites em galopantes leituras
O atropelar te conduzirá ao erro
Ao contrário da lágrima, aparentemente uniforme
Meu sentir é disforme e elástico
Ele só conhece o expandir-se
E exato como a chave que abre
Mostra-se intenso somente diante de ti

087.a cqe

sábado, 19 de setembro de 2009

Nada para a posteridade


Um significativo representante do nosso país, falou, ou fala ainda, - não o acompanho com interesse – que busca homenagens enquanto vivo.

Longe de ser ele um afeto da metafísica, - está muito mais voltado para o palpável - porém é acertado o seu desejo; por motivos outros ele atingiu a essência do depois.

Varias doutrinas insistem para que não acumulemos além do necessário na Terra, e é bem verdade que buscar reconhecimento em lugares que ele não tem valor algum é o mesmo que comprar uma taça na loja de troféus e mandar imprimir o nosso nome ao lado da palavra “campeão”.

085.a cqe

O melhor a fazer é ignorar

Veio visitar-me esta semana, meu amigo Carlos, estudante e entusiasta de Física. Reclamou-me, - enfronhado em tentar também entender alguns mistérios - daqueles que, diferente dele; não buscam alguns porquês que deveriam constar da cachola de todo mundo, “não o fazem”, diz, “e ainda me criticam, taxando-me de estranho por me interessar por assuntos que, erradamente entendem, só deveria pertencer a classe dos gênios”. Perguntei então como estavam as observações das estrelas e seus vizinhos – depois que montou seu próprio telescópio não havíamos mais conversado – respondeu então que “quando tenho tempo o tempo não ajuda” Obrigado Carlos, por sua visita, e siga em frente; estamos torcendo para que o verão não tarde e os céus se abram para você.
Abraços
086.a cqe

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Blefe




“É só quando a
maré baixa que
você descobre
quem estava
nadando pelado.”

Warren Buffet
Investidor Americano




084.a cqe

Torcendo pelo inimigo


Não canso de apontar que nosso mundo é fantástico, mesmo onde este adjetivo não tenha nada a ver com o que é verdadeiramente extraordinário por habitar as mais belas paixões, daquelas somente conseguidas por nos parecerem desprovidas totalmente de razão.

Falo da economia, porém minha atenção maior está aqui direcionada a rede bancária.

Lembro que há um ano, aqueles definitivamente declarados contra o sistema capitalista, e que, naturalmente, viam no enriquecimento absurdo dos bancos - o símbolo maior de todo este estado de coisas – um exagero sem medidas e impossível de ser estancado; conseguir atônitos, observar finalmente a anunciação de uma utopia realizada, ou seja, por um momento puderam vislumbrar, mesmo que prematuramente, uma impossível, ou pelo menos, jamais sonhada vitória sobre este algoz eterno e incansável, que teria finalmente decretada, sua pena capital; talvez até a maioria deles, quem sabe. - afinal a crise se mostrava como sempre tão impiedosa quanto à postura rígida até então imposta por eles a clientes que não conseguissem honrar seus compromissos. Um vingador voraz e definitivo, que finalmente faria com que estes futuros habitantes das falanges infernais tivessem já agora, uma mostra do poder infalível da vingança irremediável, e então aqueles, contrários a este quadro de injustiça, teriam assim confirmado que todo o protesto é válido, e cedo ou tarde será ouvido.

O que me trouxe aos teclados agora é uma constatação muito da impertinente, porque, como não poderia deixar de ser diferente; é também instigadora, e embora inoportuna apesar de parecer oportunista para quem não me conhece; confesso que até mesmo eu estou um pouco chateado em postar aqui este assunto tão agastado e enfadonho; porém, o que posso fazer se seu termo é compensador.

Minha análise então é simples como sempre; vejo que a coisa toda não é bem assim, como se diz no popular: “o buraco é mais em baixo”. Precisam estes panfletários derrotados continuarem acovardados, nada pode ser feito; a organização bancária tomou tal proporção que o próprio sistema como um todo o absorveu hoje como parte orgânica de todo o organismo social, e no final, o máximo conseguido foi um ajuste nas peças e um tremor sem maiores conseqüências a este gigante e assim, como se retornasse mais uma vez de um alarme falso, com o rabo entre as pernas, a oposição ao sistema vigente e a qualquer sistema, cabisbaixa, não apenas sentiu que seus sonhos de vingança estavam muito rapidamente desvanecendo-se no nada, como foi obrigada a torcer, alguns, por que não, rezar aos santos da vez para que os bancos pelo amor de Deus não quebrassem, e eles, - que maldade – pudessem voltar o mais rápido possível a adentrar seus portais seguros para pagar seus inadiáveis boletos.

Nunca desejamos tanto que mais uma vez os colaboradores bancários que continuaram ativos, - de alguma forma ele se beneficiou também, pois dispensou alguns parceiros do inimigo que só estavam esquentando cadeiras – pusesse em prática, novamente, toda a sua voracidade, e que seu instinto predador pudesse abocanhar, o mais rápido possível, o maior número de vítimas, tornando-se assim auto-suficiente tão rápido, que todo o dinheiro injetado pelos órgãos oficiais ou não, ditos para os socorrerem; possa antes mesmo de ser devolvido, ser usado para gerar ainda mais, e que sobre algum, é claro, para os diretores e acionistas.

Não esquentemos a cabeça então; comemoramos este mês um ano de crise e todos os indicadores mostram que o pior já passou, agora então podemos enfim usar a palavra “marolinha”.



083.a cqe

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ainda não terminei com a incompreensão


Não temos nada

Não temos que fazer nada

Não somos nada

Não existimos

Se fossemos existir significaria que
poderia existir um início, e não existe
nem início, nem meio, nem fim...

Nada existe

Nada

(. . .)

Set/00

*

Algo único pode ser experienciado;
o insondável, porém
este ainda não pertence a nós.
Para nós, tudo; é espera.


081.a cqe

Frases combinadas



Poucas das raríssimas frases que podem ser separadas de milhares propaladas em dezenas de discursos diários pelo mundo hoje, coseguem ser emparelhadas ao que já disseram outrora os grandes que ao citarem-nas, mesmo embebidas em interesses, ainda era nada se comparadas com a busca globalizada, por uma única que seja, que ganhe os noticiários mundiais.


É muitíssimo mais fácil, mais cômodo, abrir a bocarra como se o entusiástico discurso tivesse inflamado nosso personagem e então, investido de coragem e amparado, no mais das vezes, pelo aval da mídia internacional que o elencou a tal status, brada com todas as forças do seu inexistente caráter algo que comove a todos pela coragem, não avistada comumente.


Balela. É no mínimo cômodo que hoje um político de “respeito”, defenda que “estamos nos enganando se pensamos que o povo não está vendo que nossa classe está se comportando, no mínimo, de forma omissa em relação ao que está acontecendo com o clima no mundo”, por exemplo.


Irresponsável, isto é o que é. Sabe ele que hoje não é mais possível uma assinatura solicitando o conserto de um buraco sem que a burocracia infernal do estado o proíba de fazê-lo. Demagogia desavergonhada; nos bastidores acabar-se-á em gargalhadas com seus cupinchas companheiros de conluio, pois entende que sem um consenso muito bem arranjado, muito bem montado onde todas as partes envolvidas concordem; – os realmente interessados apenas no que interessa que seja feito em benefício deste pequeno grupo – dificilmente o benefício, comum à todos indistintamente, será aprovado.


Geralmente a face avermelhada do ardor do discurso não quer dizer indignação. Aquilo não significa nada além do prenúncio – é patológico - de um péssimo humorista que ao contar uma piada, tenta a todo custo segurar o riso para não se delatar antes do seu final.




082.a cqe

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sincronicidade


É mister distinguir entre a ação obrigada, a ação ilícita, e a inação. Sábio é quem vê a inação na ação e a ação na inação, e em harmonia permanece enquanto executa toda a ação
"Bhagavad-Gita"


Coincidências não existem


Uma homenagem a um ilustre desconhecido


Feliz Aniversário paramahansa ॐprananandayogaॐॐॐ

terça-feira, 8 de setembro de 2009

“Só sei que nada sei”


Observo o espanto do meu ingênuo interlocutor, entre incrédulo e descrente, quando falo de meus contatos com pessoas que ouvem vozes, e que não raro, até as reproduzem para mim. Não deixo de recordar também como isto se deu comigo, nas primeiras vezes, até tornar-se algo sem o maior grau de curiosidade além do estritamente necessário após entender quanta energia tais assuntos, quando lançado mão por pessoas responsáveis, despendem.


Não posso garantir nada a ele, e apenas o faço por motivos particulares que me obrigam de alguma maneira buscar nestas experiências de causar impacto, a reação dos ouvintes e assim relatá-las como se não passasse de um laboratório gerador de inspirações para meus exercícios de escrita. (espero aqui não estar desperdiçando energia também)


Voltando-me para a real intenção desta, e é claro, ao que verdadeiramente soma; percorri esta manhã em minha mente por alguns personagens conhecidos que disseram somente fazer referência ao fato de terem ouvido ou sentido que; as certezas que possuíam na época se davam às vozes escutadas, e então concluí algumas minhas também, que já há muito estava a perscrutar.


Penso que escutar vozes hoje se tornou tão corriqueiro que até banalizou-se a questão, porém me chama a atenção que não existam mais pessoas importantes, que estiveram, ou estão a destacar-se por ouvir vozes; e através delas, tenhamos ditadas formulas ou respostas a questões tanto fundamentais quanto essenciais para uma continuidade mais acertada da nossa caminhada – espanta-me que não estamos a condenar ninguém, pelo menos não neste sentido. (ocorreu-me agora o fato de estes estarem sendo abafado antes mesmo de se fazerem notar pelo nosso hoje rápido serviço de “inteligência”)


Teriam Aqueles que sabem nos abandonado a própria sorte? Ou então já nos revelaram o suficiente, ou ainda entendem que o estrago a vida destes antes de tudo, instrumentos mediadores; é superior ao benefício da revelação?


Do meu lado penso que não me faz a menor falta.


Longe de estar desdenhando deste recurso outrora bastante utilizado pela providência; tenho comigo como uma verdade incontestável o fato de que pessoas ao longo da existência não apenas tiveram - independentemente de sorte ou azar – certos tipos de contato, alguns até agora ainda inexplicável, ao serem escolhidas para através de sonhos, vozes, intuições e pesquisas, ter alguns dos inumeráveis segredos - até então para nós – revelados; porém há que se fazer uma ressalva: raramente foram acudidos logo após o prognóstico, existem casos que foram necessárias décadas, para que só então, os “especialistas” pudessem concordar, avalizar; que àqueles: sempre estiveram falando a verdade; que havia sentido no que fora divulgado.


Merecidamente então, mais alguns séculos depois, organismos e controladores da ordem, obrigatoriamente, perdoam ou tentam reparar a falta de fé alegada àqueles; e os créditos negados devido ao julgamento parcial e desarrazoado ao então condenado, serão afinal, justamente, dispensados aos homenageados, também pelo conjunto da obra. Bustos espalhados pelas praças do mundo, museus e estátuas; serão erigidos como paga, numa demonstração clara de o quanto sabem reparar o lamentável engano que perdurou durante este hiato entre a existência de pensamentos não concomitantes.


Valho-me então destes, que, ou foram ou serão ainda homenageados e terão não apenas respeitado o que, no mais das vezes, através deles descobrimos, porém, com certeza chegaremos a um termo mesmo que distante, sobre as revelações que – muitas ainda – não conseguiram os estudiosos acima citados compreender, – entendo como indelicado listar os motivos do atraso – para justificar meu entendimento, minhas certezas.


Se é correto afirmar que tivemos milhares de comprovações de que estes seres, – muitos só agora – respeitáveis, foram exatos no outrora ditado, entendo também, que não preciso mais ouvir vozes para ter certeza de que tenho certeza. Posso muito bem atirar-me nas intuições, e digo, todas, de corpo e alma. É mais do que certo que este pensar alinhavado pela existência, irá garantir-me, acertadamente, que o resultado será um só: o que me está sendo dito, me está sendo apontado; quando analisado de forma inteligente, sensata e razoável, assegura-me de que; hoje posso confiar nos sentidos de pessoas esclarecidas que ditaram sempre o melhor caminho a ser seguido, porém, não raro, instiga-nos a escolher algum mais arriscado, apimentando um pouco o existir.


Aos poucos então não devemos mais dar vazão ao medo, e a toda aquela renca de sentimentos funestos que teimam em acompanhar-nos, e, seguramente hoje, baseados em milhões de estatísticas que podem muito bem ser comprovadas; se somarmos nossos dez mil anos de existência, socialmente falando, é possível que nos joguemos finalmente nos braços da providência na certeza de que: nós somos especiais, e nada, mas nada mesmo, precisa de comprovação final.


É possível hoje sabermos com segurança como terminará uma empreitada, muito antes de ela ser iniciada.


E mesmo o fato de termos a certeza de Sócrates; o ser pensante, ativo e equilibrado, nunca mais poderemos nos sentir desencorajados em optar por qualquer caminho que seja.

077.a cqe

Leituras externas

Sempre prático, tenho observado ao longo dos meus anos, como estes observadores do externo, mesmo o mais acovardado, quando permite que suas apagadas ousadias acendam, por pouco que seja o quase inexistente ímpeto ainda que sufocado, ao deixar-se, invariavelmente, ser derrotado pela curiosidade. - esta outra vergonha da humanidade quando não apenas serve para o conhecimento legítimo. Surpreendentemente superam até o não menos vergonhoso medo arraigado do desconhecido; aguardam, esperam, espreitam, anseiam por um momento apenas que possam romper a blindagem que em vão gostaria o alvo, manter ativa contra tais; e inúmeros outros tipos de mexeriqueiros, e então, descobrir o que não conseguiram ainda aqueles que mesmo por décadas ao meu lado lograram êxito ou sucesso. Percebo então, entre estes longos quinze ou – com sorte de principiante - cinqüenta minutos de olhares e ouvidos aguçados sobre minha atuação, ao terem uma brecha qualquer com o propósito de amainar contumaz bisbilhotice – é claro que isto jamais aconteceu - que, munido de um arsenal de disfarces, tão diversos quanto o engambelar natural utilizado pela lula durante a fuga, pois mal sabe ele que serei um a cada instante do possível diálogo; sempre lendo muito mais meu intrometido companheiro – naturalmente – desatento, ao fornecer informação tão diversa quanto o número de frases que estão a ser pronunciadas, e que, invariavelmente, serei eu apenas a ter mais uma vez confirmada minhas teses pragmáticas. Dias depois vejo o mesmo individuo já não mais me observando, pelo menos não com os mesmos olhos; agora, vestido de toda a sua sabedoria que julga ser muito superior a daqueles que comigo vivem, lança seu olhar no mínimo de desdém após ter finalmente seu veredicto concluído: - Não passa ele apenas de mais um, seu exotismo externo não é mais que uma caricatura para se fazer passar por diferente e então ser notado.
076.a cqe

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Música Move o Mundo



"Quão pouco é preciso para ser feliz! O som de uma gaita. - Sem música a vida seria um erro."

"Crepúsculo dos Ídolos"

Nietzsche, Friedrich
075.a cqe

sábado, 5 de setembro de 2009

De um gafanhoto que Ama seu Mestre




O discípulo é fraco se o Mestre é fraco


074.a cqe

Cachorrão


Cachorrão, não é ainda, avisa o Branco que estou preparando, abraços

P.S.
Alguém já disse:
"A Verdadeira Arte não
deve ser apressada".
073.a cqe

Falsezas e afins*


Ao analisar hoje um ato corriqueiro ocorrido conosco; e não cedendo mais uma vez a reação primeira do instinto animal devido a sua baixeza, contenho-me não só por isso. Sou antes de tudo um ser pensante e raramente ajo por impulso, então quase que no mesmo instante que o instinto se manifesta, a razão se apresenta também. – tenho minhas dúvidas se ela sempre será tão pontual quanto!?


Obediente, sigo o que dita esta minha companheira, que recomenda a compaixão; que respeite mais uma vez o fato de a ação ter sido desencadeada apenas devido à extrema falta de cultura do praticante; assim, após ter controlado mais uma vez como nunca o ímpeto de falar - ao vazio - o que não devia, entendendo também que não apenas pelos motivos acima, aprendi tratar-se de uma orgia nada solene vomitar impropérios contra alguém que, desprovido de caráter, os receberá, e logo em seguida, na necessidade, que nestes tipos abundam, com o rabo por entre as pernas, voltará como se nada tivesse acontecido, ou seja, toda a energia que poderíamos ter reservado para algo útil, foi desperdiçada – é impossível mudar a natureza a força; cabe aos que sabem também disso, sofrerem o ônus de ações advindas do descontrolar destes.


Este infeliz que não poupa mínima chance de semear dúvidas a respeito da minha pessoa; encontrava-se hoje em uma situação distinta, após uma aparição forçosamente oportuna ao meu lado, tentava de todas as maneiras, mais uma vez; mostrar-se aos superiores, talvez até se passando por um, - a ilusão destes é ilimitada - fazendo assim com que minhas ações fossem de alguma forma desmerecida por estes ou que – não logrando êxito no seu intento - aparecesse também; tivesse seu nome nos créditos finais.


Minha revolta nem se dá de maneira desequilibrada pelo fato de pessoas buscarem por entre migalhas, uma que as tire por um momento daquele torpor nauseante que chamam vida – sou voto vencido.


Todos precisam sobreviver, e cada qual tenta buscar a felicidade à sua maneira; no entanto, porque quando não compreendem ou não satisfeitos em dividir rebarbas com seus iguais, deixam apenas aflorar seus instintos primários, e é visível a aparência do medo, a insegurança flagrante, e visceral a baixa auto-estima? Ao ponto de estes pobres diabos criarem situações ainda hoje, - tão distante que estamos dos tempos das cavernas – que, em troca de restos farelentos e infestados de bolor, ainda que, desprovido de valor, onde, é certo; somente manter-se-ão naquela condição enquanto aqueles que assim o permitem necessitam de alguém que lave as comadres utilizadas durante a noite interminável; quando era normal então, um comportamento de eliminação de todo aquele que pudesse vir apenas dividir os parcos recursos encontrados. Nada comparado ao que insistem em pregar hoje, sociólogos e afins, garantindo que vivemos em uma sociedade onde deveria ser natural somarmos forças devido ao nosso adiantado estado evolutivo. Digo com todas as letras e sem medo algum de errar, o que estava em jogo hoje era nada, nada vezes nada, apenas uma ilusão de alguém que de longe; não tem noção alguma de respeito, companheirismo e comprometimento.


Cheguei então, a conclusão, que ainda é melhor em algumas situações; que estes, - que aqui denominarei inimigos (por parte deles), embora, eternamente, os tratarei por irmãos - ao atentarem contra nossa moral, o façam, sem que estejamos próximo, pelo menos não temos o desprazer de tê-los também ao lado com suas máscaras carregadas de cinismo, além do fato de que nem sempre conseguimos conter nossos humores de raiva e revolta com tais tipos, fazendo assim com que desprendamos uma energia ruim contribuindo sobremaneira para que o ambiente fique ainda mais aziumado.


*Falsezas não tem nada a ver com falsas certezas; falsezas são falsezas mesmo.


Parece haver alguma
perversa característica
humana que gosta de
tornar as coisas simples
mais difíceis


Warren Buffet
Investido Americano




072.a cqe