sábado, 24 de maio de 2014

Ainda sobre o alqueire



Ainda e por quanto tempo deveremos retornar à máxima da candeia*!
Há quanto tempo à humanidade recorre – em vão; sob pretextos - a esta máxima que, simples como o existir é tornada sua aplicação também um fardo. Fardo apenas nas mãos daqueles que insistem em não seguir o fluxo comum á vida.

 Viemos assistindo por milhares de anos aqueles que sabem, ainda que desmentidos ou tomados por visionários esclerosados pelo grupo cuja força reside apenas na animalidade promulgar exatamente o que contraria o dito na escrita daqueles que, por mais fundamentada que fosse, acaba sempre por desmoronar diante da sandice que parece revigora-se proporcional e inversamente.

Independe do tempo então; ainda no agora que dista em muito leis que não estão nem mesmo em pergaminho registradas e ainda que seja como sempre foi e será, insiste o ser primitivo - em não conectar-se ao conhecimento que liberta -, considerar convenientemente, sentimentos e ações primevas que para sempre com ele caminharão porém que para sempre também podem ser abafados por um pensar renovado e decodificado observando que a luz se não subjaz totalmente o feito que ainda envergonha, clareia para a novidade da superação que liberta.
  
Poderíamos dizer que isto basta, porém não o vem fazendo a milhares de anos, e assim será, mesmo que costurado em outros momentos que não aqui, que nem mesmo serão medidos pelo tempo, fato é que continuaremos assistindo a vigarice de insanos medrosos acreditando-se certos em manter candeeiros sob a mesa.


*Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
“Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama?

Não é para ser colocada no candeeiro?

Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se,
nem há nada oculto que não venha à luz.”


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