domingo, 3 de março de 2013

Do limite que possibilita o avanço



Geralmente após as guerras ou grandes catástrofes, as pessoas se juntam e levantam suas casas suas cidades, mas em determinado ponto se descobrem, ao observarem os resultados, muito mais fortes do que pensavam ser, do que se imaginavam. E continuam, mas continuam sabendo agora que não conheciam, não sabiam que seus limites eram negligenciados por eles mesmos por lhes serem totalmente desconhecidos. E o mote inicial: voltar com um país nos eixos, concertar o orgulho ferido; já foi superado, já foi alcançado, porém a força interior desconhecida, a revelia de todo o processo, também foi despertada, agora elas descobriam que podem mais, e, dificilmente irão parar. Eles querem mais, eles querem continuar.

Podem, quem sabe, superar ainda uma cidade ou um povo vizinho, ou até um país vizinho e se tornar um ou o maior exemplo do pós-guerra.

Sim, fomos ligados. Alguém conseguiu acionar alguns pontos dentro de todo um conjunto de pessoas que estavam adormecidas a não mais reconhecer alguns limites.

Porém isto é tudo muito complexo, e de alguma forma deveríamos ter um dispositivo a ser acionado onde pudesse ocorrer o que aconteceu com o Forrest Gump no filme, por exemplo.

Ele iniciou uma corrida ao longo de lotes vizinhos ao seu, um trajeto ainda menor do que o alcance de suas vistas, e continuou até o final da rua e até o final da cidade, e então decidiu atravessar o estado, o país. Foi de um oceano ao outro e ainda assim não parou. Até que um dia o faz. Pára, estático, e diz, já é o bastante.

Quando cada um dirá para si, ou se perguntará se pode ou não, se está livre ou não para dizer para si mesmo: já é o bastante.

Quando um governo poderá dizer para um país inteiro, podemos agora diminuir nossa agressividade com relação à superação econômica, bélica, industrial, mecânica ou coisa que o valha?

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