sábado, 5 de outubro de 2019

Doutrina, não; disciplina




Espírito disciplinador - Após assistir o filme “Kardec”, reafirmo minha opinião de que o espiritismo é um processo natural, portanto não pode ser observado de maneira alguma como uma doutrina no que se refere a religiosidade como a entendo. Uma doutrina sim, no entanto, apenas, ao levar em consideração a valorização do rito através do recolhimento, do respeito, do comportamento comedido, reto, íntegro, moral e aglutinador de valores pautado no entendimento consciente de um depois; de que há mais e, portanto, no mínimo, o ser humano precisa acautelar-se em suas decisões por conta da incerteza, do ignorar frente à ciência - a nós - inexata do existir humano em comparação ao universo sutil.


Não enxergamos as bactérias e micro elementos sem o auxílio de aparelhos sofisticados. Acreditamos nas benesses das energias dos alimentos, por exemplo, propaladas por uma gama infindável de teses. Somos levados a acreditar na expansão ininterrupta dos cosmos por conta de pouquíssimos estudiosos do assunto. No entanto, no que se refere ao mundo espiritual as evidências apontadas vão contra – por ora - uma cultura estabelecida entre bactérias e expansão estelar a qual tanto avançou no entanto preteriu oportunizar o processo natural preferindo acovardar-se na espetacularização desnecessária e contraproducente negligenciando que o ser desprovido de corpo continua seu processo natural na existência.


Se não posso provar que é (ou como, ou porque) e algo indica que aquela ação não me é favorável frente à dúvida, o bom senso aconselha que o melhor a fazer é não agir... e vice versa. Concomitante a esta máxima, transformar o desconhecido em espetacular por razões instintivas que facultam estados, valoradas e oportunizadas a assim permanecer é mais um permanecer no pensar erudito que avançar para a metafísica do desprendimento.


Posto que, “o trabalho dignifica o homem”, “fora da caridade não há salvação”; seja quais outras ações que façamos imbuídos de sensatez fatalmente irão se provar, para todos que são sensíveis à prática destas máximas que, naturalmente empossados de boa índole; manifestamente se “religaram” a Deus independentemente de chancelas autoritárias.




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