domingo, 13 de outubro de 2019

Hierarquia respeitosa



Um carinha muito safo – um conselheiro - ao qual tenho contato certa vez respondeu-me uma questão sobre jamais exercer ou evidenciar sua autoridade com uma sentença; “quem verdadeiramente adquire poder não usa o poder que tem”. O contexto do assunto à época – entre outros enredos que não vem ao caso aqui - dizia respeito à ponderação; da responsabilidade com que o indivíduo que alcançou certo destaque precisa assegurar concomitante ao poder adquirido e observar na mesma proporção a forma centrada, comedida, antes de lançar mão dessa autoridade. E ficou claro que sua observação dizia respeito ao modo ordinário, vulgar, do uso volúvel de prerrogativas, não raro, supostas, apenas porque se detém tal poder. E complementou que, invariavelmente é um desperdício de energia e mais se está expondo a situações improdutivas, quando apenas lançando mão do conhecimento e/ou discernimento se tem aí material suficiente para resolver a maioria das questões.



Exige-se muita consciência para adquirir responsabilidade; ensina. Afinal, cabe ao pequeno respeitar o superior hierarquicamente, no entanto é ainda maior o compromisso deste em relação às gentilezas sempre indispensáveis para com o primeiro.


Em se buscando a decência, quanto mais alta a posição maior é a responsabilidade em ser educado.


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