sábado, 14 de agosto de 2010

Evoluímos pô! Somos gente


Vivia-se mais em paz nos tempos primitivos, se algo não funcionasse íamos ao altar e sacrificávamos uma cabra. E se não acalmávamos os deuses de plantão, pelo menos aplacávamos aquela maldita insegurança em faltas menos importantes, que agora julgamos com um misto de escárnio e assombro, nós mesmos, por já nos considerarmos Neandertais mentalmente evoluídos.

Hoje o sacrifício é pessoal. Lento e paulatino; durante uma vida toda... Queimamos em banho maria, como se fossemos o galo mais duro que existisse, mesmo sabendo o quanto isto é mentiroso. Nosso sexo nem de longe deveria lembrar este símbolo máximo de Altivez e Virilidade.

Como se fizéssemos parte de algum experimento, aonde nossas energias vão sendo drenadas aos poucos por mãos hábeis de algoz conhecedor, que ao ministrar a dose certa, mantém viva a presa ao seu bel prazer até que a experiência ou no caso aqui, suas necessidades sejam totalmente satisfeitas.

Voltando; o ritual de sangramento do bode ou de um inimigo capturado de outra tribo deixou de fazer sentido, afinal evoluímos e o que sobrou para nós humanos desenvolvidos, consumistas sobreviventes aos impérios sangrentos mais diversos, foi o sexo e as drogas lícitas ou não para abrandar uma mente doente e atormentada que se equilibra sobre uma massa vaidosa tão falível quanto sua comandante.

Fato é que não está resolvendo. Continuamos engolindo toda espécie de sapo por nada, e, como os altares foram destruídos, continuamos. Entendendo que mudarmos de fornecedor de batráquios não resolverá o problema.
082.b cqe