sábado, 18 de janeiro de 2014

Quanto mais led’s menos eles enxergam



        Na biografia de Denis Diderot encontramos as injustiças normais, cometidas contra aqueles que enxergam além da miopia mental do que é estipulado como aceitável pelo grupo afim. Ponderou suas anotações ao máximo após ser preso por expressar um mínimo maior de entendimento, que mais pareciam dúvidas. Ainda assim foi classificado como alguém que precisava de correção. Pequena, é certo, estas: sempre mais injustas. Porque a pequena é sem razão por pouco resolver, e a extensa – em casos assim - o é por si só; onde mede mais a fraqueza do algoz, quando verdadeiramente está a condenar a coragem do réu.

        Soltou a tinta da pena quando sabia que somente seria lido na posteridade, talvez por isso tenha sobrevivido. Quantos não o fizeram e tiveram seus registros cessados...   

Ao termos contato com Diderot, fazendo uma analogia ao vivido já no nosso século, podemos deduzir que mudou-se a concepção; não se assassinam mais aqueles que enxergam por não se constituir crime cegar ainda mais aqueles que nada veem.

 

“Nós só somos aquilo que convém à ordem geral, à educação e à cadeia dos acontecimentos. A verdadeira e única moral é a que contribui para a felicidade da grande família humana.”   D. Diderot
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