sábado, 11 de agosto de 2018

O “por que” do crédito.



Observando sob um ponto de vista muitíssimo particular; não é totalmente equivocado afirmar que o cerne da política é dominar o que o filósofo britânico Gilbert Ryle chama de “Lenda Intelectualista” ao saber que todos os demais que serão convencido por eles nos casos torpes não sabem exatamente ou não estão cientes de nada ou jamais aventou-se que pudessem seus eleitos lançar mão desse expediente; oportunamente a gama sorrateira o sabe e dele tira proveito enquanto o massivo volumoso lado explorado sequer imagina a possibilidade de que essa mecânica vem sendo aplicada há milênios.


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“O indivíduo deve primeiro reconhecer internamente certas proposições acerca do que deve fazer... para se comportar – só depois – em conformidade com tais ditames. Deve aconselhar a si mesmo antes de poder agir. O cozinheiro deve dizer para si mesmo as receitas antes de poder cozinhar; o herói deve escutar (internamente) algum imperativo moral apropriado antes de se atirar na água para salvar o afogado; o enxadrista deve repassar em sua cabeça todas as regras e táticas do jogo antes de poder fazer movimentos corretos e hábeis. De acordo com essa lenda, fazer algo pensando no que se está fazendo é fazer duas coisas: ter presentes algumas proposições adequadas e pôr em prática o que as mesmas indicam. É fazer um pouco de teoria e, em seguida, um pouco de ação.”   
   
Gilbert Ryle
Pinçado do livro
O que Sócrates diria a Woody Allen
de Juan Antonio Rivera

068.p cqe