sábado, 23 de fevereiro de 2019

Direitos ignorados



...

Os apaixonados de verdade também têm direito a tudo isto, mas seu foco é outro.

Não é fácil ser um defensor da paixão em sendo um defensor da razão entendendo minimamente o propósito de aqui existir.

A paixão é a essência, é o sentimento, é o instinto nato ou sutilmente trabalhado, já a razão é o mental, é construída, é empírica, vem da educação, do comportamento íntegro, e quanto mais o indivíduo aprimora seu conhecimento, mais razoável, lúcido e ético ele se apresenta.

...embora para haver a tão aguardada Comunhão a essência precise atingir a razão para conviver em paz com sentidos ainda embrionários.

Porém como coadunar os dois quando o conhecimento transcende o material e entende que a existência humana é um lapso infinito frente à grandiosidade do Todo? Apropriando-se do insight e abandonando o condicionamento externo que estranha e que prefere assim manter-se diante a toda opinião que faça frente ao que lhe é ditado – ao singular.
...


*

Vive-se em paz quando decidimos ignorar nossos direitos amplamente divulgados entre seculares reuniões dos conselhos e facilmente esquecidas quando em jogo o interesse particular dos conselheiros ainda embrutecidos ao culminar aos distúrbios que estupidamente se originam de avaros interesses, onde ordens apoucadas inevitavelmente conduzem a desordem e os cassetetes carregam as vontades particulares de conluiados associados.

Aqui, a paz somente é encontrada quando nos alienamos na prática da razão de que ela não será apreciada enquanto entendermos que nossos direitos precisam de terceiros para salientá-los.

Da série; É possível bastar-se
(ou seria; É imprescindível?)


058.q cqe