sábado, 30 de março de 2019

O jazz da escrita



Voltemo-nos à poesia
Do improviso e do siso
Que somente ela cria
E de que tanto preciso




Em um momento tudo é branco
No outro tudo é magia
Chegam notas de uma canção banto
Carregadas em versos de poesia




Se é jazz vou de improviso
Afinal tudo é poesia
Da música sempre preciso
E se está pronto pra orgia





Em festas com influências pagãs
Em quermesses ou cantorias
Todas elas são sãs
Se homenageiam a poesia






Atos e ritos distintos
Independe de geografia
Todos os fatos eu sito
Se eles cantam a poesia





Hoje aqui acomodado
Por conta de terapia
A caneta não dispenso
Satisfeito na poesia






Cora Coralina já dizia
Faço doces na bacia
Enquanto penso em poesia
A cabeça não esvazia





Ela mesmo me confessou
Em uma roda de estripulia
Não imaginava ser o que sou
Se não escolhesse a poesia






Outros tantos me disseram
Coisas mil sobre poesia
Mesmo em cordel escreveram
Apontando a supremacia





Do prazer de ler poesia
Não há um só que desaprove
A não ser o mente vazia
Que ninguém quer o que promove





A poesia é luz ofuscante
E aos jovens garantia
Não tem um único amante
Não beneficiado na poesia




Cada um se vira como pode
Para cantar suas elegias
Do meu lado ela eclode
Sempre que penso em poesia






Dos poetas que conheço
Todos reis da poesia
Com nenhum deles pareço
Apenas me equiparo em simpatia





Toda rima que aqui faço
Com a Entidade Poesia
Digo que carrego no traço
Imaginando aqui muita energia






Ontem era pedreiro
Amanhã jaz em terra fria
Sempre longe do dinheiro
Mas eterno na poesia




Eu e a Mulher mais Bela
Vivemos uma parceria
Cada um com sua parcela
Construindo A Nossa poesia











Poesia ouçam todos! Poesia!
Um que outro dela esquece
Não imaginando o que fazia
Já... eu... faço dela uma prece




Agradeço todo o ser de bem
Que comigo se associa
Obrigado e Amém
Afinal...
Que oração é a Poesia!!!











Homenagem na semana da poesia a
Cora Coralina e a Entidade Poesia




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