sábado, 14 de dezembro de 2019

Da desatenção ao que sempre pareceu óbvio




Não é possível chegar ao bom sem eliminar os agentes contaminantes a fomentar humores que destroem qualquer incentivo ao voluntariado. Buscamos o bom, o melhor, o desejo ponderado, no entanto pulamos a etapa original do praticar, a qual ensina que antes do plantio o terreno precisa ser preparado.


O ápice do desejar humano desemboca no conhecer. Após todos os outros descobertos desnecessários, fúteis, concupiscentes, mais por uma espécie de cansaço, menos por vontade inata a uma aspiração de aquietar-se.


Não nos questionamos por que, primeiro, percebemos todos os desejos voláteis; carnal, primal, do instinto, de poder, de submeter ou apenas a ficção e/ou fixação de superar o maior número de outros da mesma espécie! Quando, alguns poucos após todo o desfrutar de quase uma vida, passam a buscar, finalmente, lamentando-se agora que o conhecer deveria ser o primeiro a ser assistido, afinal já não possui mais prazo, determinação ou energia para o assunto; descobre-se sem tempo para o desejo maior até então substituído por obviedades fúteis.





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