Volta e
meia ainda me pego pensando sobre se vou ou não me arrepender de alguma atitude
besta, uma palavra mais áspera, ou um trocadilho maldoso a respeito de uma ou
outra bobeira que me deixou irritado.
Os mestres
nada aconselham nessa hora, afinal eles já falaram demais, e, entendendo que
aprendemos a lição, apenas não conseguimos concluí-la repetem, para meu
desespero; “você já está um passo a frente daqueles que nem mesmo refletem
sobre suas atitudes” – na verdade isso me parece mais um discurso de quem está
jogando a toalha.
Penso,
então: de que isso adianta? A palavra proferida, envolvida em energias pesadas,
calou o meu objetivo mesquinho!?!
Voltei a
este assunto após o que me enviaram hoje sobre a “nossa viagem ser tão curta”;
aí pensei: será que vou me arrepender até o final da vida ou será que vou
conseguir me resolver antes – por outro lado imagino sempre aqueles que estão
realmente com situações precárias e usam do mesmo expediente. Levemente
conscientes do que não deveria ser feito. Em meio a esta desculpa (f)surrada,
mais uma vez me acalmo conjecturando por exemplo, a respeito de uma série de
indivíduos viciados em suas formas de existir habitual, totalmente acometidos do
cotidiano ordinário.
Mas isso me
fez ainda mais irritado, afinal estou me valendo de artifícios similares a
todos os demais que aponto o dedo, observando que continuam recorrentes também
nas minhas desculpas habituais.
048.s cqe