sábado, 16 de maio de 2020

Leis, obrigações e obediência



Entre isso e aquilo vamos passando o tempo cercados por leis, determinações, costumes e vontades regradas.


Somos pastoreados por diretrizes e morais de ética, religiosas e também padrões e normas profissionais.





Pode ser por conta da cultura, da educação, do discernimento, do querer ou da necessidade; de uma forma ou de outra estamos presos a situações que determinam o nosso caminhar terreno.





Orgulho, vaidade e vontades pautadas em um existir até então alheio têm ditado o subsistir de milhares de milhões de indivíduos ao longo da história.







Para onde quer que o caminhar do homem indivíduo opte terá pela frente ou ao seu lado uma parte maior ou menor de desconhecimento ao longo da empreitada.

E não imaginem ser diferente fora daqui!

Por que tudo isso então, essas palavras ensopadas de revolta; laminas agudas que direção parece não ter quando a todos atingem!?!






Enganado está aquele que entende que as palavras aqui encaixadas emergem impregnadas de revolta. Antes as entendo como lanças entusiastas; suas colocações buscam o tranco, o tropeço, o insight como paga por tê-las valorizado sempre que um autor/mestre assim as apresenta.



Sinto que ouvirei observações pedantes razoáveis iguais enquanto as palavras escolhidas não encontrarem o fim a que se destinam. Da minha parte então, quisera não tivesse direção, perdendo assim todo o sentido. Feliz seria por observar, finalmente, sua obsolescência. Antes fossem apenas disparos de atenção. Tiros de festim apontados aos céus, que em momento oportuno se discernirá se buscavam despertar os deuses ou acordar os homens.




Como explicar ao incauto que o é quando nem mesmo o significado é possível fazê-lo?





E quantas vezes quando convenço, não sou o próprio próximo a prender a argola em seu focinho?









Não parece certo afirmar que há liberdade verdadeira no universo.


*



O homem não ignora tudo, mas ignora sempre, isto é, não é possível que alguém obtenha o domínio completo da situação, a não ser que ele se dedique por décadas a um mesmo ofício, porém ainda assim suas competências serão adequadas a uma série de perenes exigências às quais ao longo dos anos inexoravelmente obrigou-se.

*





Pra que lutar então?

Se venceres não tornar-se-á você um membro visado; um reles a ser corrompido!?!



E se tentares manter-se puro as forças somadas não o destruirão!?!

E não vivemos até então sob o poder de milícias permissíveis pertencentes a estados antes afortunados ou de facões: conjunto de dois ou mais a sobrepor-se a um quarto ou quinto que precisava ser corrompido!?!





Homenagem a 
Alexandre Soljenítsin


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