sábado, 3 de abril de 2021

Passado esvanecendo-se

 







Assim como as obras, alguns livros, por exemplo; o ser humano conciso, antes, é uma ideia. No avanço das páginas, à medida que é lido, mesmo partes importantes vão sendo descartadas. Tudo que lemos não passa de base para o mote principal. Uma escultura é o resultado de trabalhos e inspirações tão importantes quanto à obra em si; mas é o resultado final que realmente será avaliado. Sempre.





Uma vez provido de razão tudo é observado objetivando a divisa, a meta. O foco é a coisa pronta.



Todo o processo anterior da obra pode ser analisado como o atravessar de uma ponte uma única vez; particularmente não precisaremos mais dela, ela desaparecerá para sempre assim como o passado vai se esvanecendo, se deteriorando no espaço/tempo, então apenas trazemos lembranças amarradas àquilo para chegar a uma ideia central do livro; no caso da escultura nem precisará tanto, ela se dá terminada. Nós humanos também assim o somos. O cotidiano vai desaparecendo à medida que avançamos, e o que irá permanecer é o que foi construído desse avançar.


Inspirado ao ler o livro

O Além e a Sobrevivência do Ser

de Léon Denis


 




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