quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Pérolas da semana

 







(...) Nesse estado, “as energias vitais ficam hiperexcitadas; as paixões, mais intensas; as sensações, mais poderosas”. Durkheim acreditava que as emoções coletivas transportam os humanos, de maneira plena, mas temporária, para o mais alto de nossos dois reinos, o reino do sagrado, onde o eu desaparece e os interesses coletivos predominam. O reino do profano, em contraste, é o mundo cotidiano comum em que vivemos a maior parte de nossas vidas, preocupados com riqueza, saúde e reputação, mas incomodados com a sensação de que há, em algum lugar, algo superior e mais nobre.

 

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Na década de 1830, Ralph Waldo Emerson proferiu um conjunto de palavras sobre a natureza que formaram a base do Transcendentalismo Norte-americano, um movimento que rejeitava o hiperintelectualismo analítico das principais universidades dos Estados Unidos. Emerson argumentou que as verdades mais profundas devem ser conhecidas pela intuição, não pela razão, e que as experiências de admiração pela natureza estavam entre as melhores maneiras de acionar essas intuições. Ele descreveu a sensação de revitalização e a alegria que obtinha de observar as estrelas, uma bela vista das montanhas ou de uma simples caminhada na floresta:

        







“De pé no chão nu – minha cabeça banhada pelo ar aprazível e elevado ao espaço infinito – todo egoísmo mesquinho desaparece. Eu me torno um olho transparente; não sou nada; vejo tudo; as torrentes do Ser Universal circulam através de mim; sou parte ou partícula de Deus”.


Pérolas pinçadas do livro

A mente moralista

de Jonathan Haidt

 








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