Por que nos vangloriamos ao
vencer após tanto esforço requerido, após exaustivas e severas exigências
impostas a máquina corporal?
Vencendo a vanglória —
Entidades sérias ensinam que deveríamos sinceramente considerar que nossa maior
e única vitória a ser exaltada é o próprio esforço e que esse entusiasmo
hermético, isto é, contido em si, adquire valores que suplantam em muito o aplauso
externo.
Afora aquele que o faz por
necessidade ou dinheiro; o esforço por si só deveria ser o prêmio maior do
indivíduo que exige o seu máximo. Ao não reconhecer essa verdade ele se frustra
toda vez que seu esforço não resultou na posição esperada do pódio.
Da depressão, ocado e
ostracismo de grandes atletas — Que graça há em ganhar depois de tornado exímio
artista? É por isso que foi criada a competição, e por saber disso o sistema
transforma essa energia desperdiçada do atleta ainda insciente em relação
monetária.
Somente o homem que descobre a arte para si, vence a vontade de competir, e aí permanece livre e meditativo na insistente busca da excelência.
Existe uma série de
variantes que nos diferenciam como humanos, portanto, na maioria dos casos a
vitória não seria possível em luta igualada, caso as condições individuais
adversas fossem, de alguma sorte, equalizadas. Isso significa que no mais das
vezes a vitória não foi justa, e mesmo a derrota.
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