Relembre se, quando adolescente, se se queria diferente dos demais!?!
Muitos de nós
o desejava, e é acertado afirmar que esse comportamento, esse vislumbre pessoal
vai se perder ao ser avessamente substituído por vontades externas que ditam ao
insciente aluno que se é diferente ainda que, usando artigos idêntico aos
colegas ou agindo conforme os grupos sociais afins — e assim se mantém na
maturidade —, logo: esquecendo-se de si mesmo; daquele indivíduo que se
pretendia único. Sufocando sua singularidade a ponto de esquecê-la. Ah! Esse
efeito de permitir-se ao coletivo! Este abandonar da distinção
se entregando a grupos, não raro, enfraquece as pessoas como indivíduos, e isso
é tão paradoxal quanto antagônico, afinal aprendemos justamente o contrário;
que é o espírito de grupo que nos deixa mais fortes, e isso é uma verdade,
porém pouquíssimos grupos instigam à distinção individual. No entanto é verdade
também, que havia em alguns de nós, uma vontade pulsante na adolescência que,
por motivos que desconhecemos, fazia com que nos entendêssemos diferentes;
excluídos? Sim. E esquisitos, rejeitados, aturados; e porque nos entregamos a
eles – ou no máximo nos aliássemos a grupos em comum, de uma meia dúzia de
iguais às nossas diferenças, verdadeiros medrosos camuflando em meio a alguns
radicais: o que realmente não éramos; transformando algo lindo e original em
revolta orgulhosa e absurda? Ah! Estes juízes sociais, sempre discriminatórios?
Porque nossa força interna foi abafada por volumosos, porém fracos ruídos
externos? Como então podemos asseverar que: uma vez adulto, podemos rearranjar
as coisas? Até onde o homem formado acredita-se certo ao concluir-se apto a
tomar decisões voltadas ao seu bem-estar? Onde anda nossa atenção? Quão
importante é, considerar, ao observar que atualmente, ao nos sentirmos
desconfortáveis com as nossas vidas em sociedade: quanto é provável que aquela
chama adolescente ainda resiste acesa e clama para que, afinal, procuremos a
clausura íntima da distinção junto ao nosso espírito?
Esquisitos
As roupas
incomodam
O
distanciamento é visível
Abominam o
pircing
Não entendem
as Tatoos
O livro à
mão; um disfarce
Linguagem
distorcidas
Comunicações
contraproducentes
Zoam às
diferenças
Esquisitões
Assumidos com
honestidade
Invocando os
mesmos deuses
Não somos
contrários
Somos
diferentes
Discriminações
generalizadas
Sofrem
calados
Apanham
gritando
IgnOremos
Esquisitices
Loucuras
selvagens
Tresloucadas
Voluptuosas
Depõem contra
Radicais nada
equilibrados
Orgulho
ferido
Ações intempestivas
Balanças em
desequilíbrio
Rupturas
aumentadas
O salto do
sapato quebrou
Tudo é sobre
o ponto
006.ac cqe