O filósofo
aponta caminhos; se, dono de bom senso e lucidez; aberto e amplo, melhor.
Ilustrado; não é dogmático e muito menos sectário. Jamais partidário, embora
sínico, é certo que nunca carrega bandeiras; no máximo defende um que outro de
opinião mais acertada, mas, pontualmente, não se furta a abandoná-lo se esse,
em algum tempo/grau se mostre dono de verdades fáceis. E aqui — inserido de
todo o pluralismo e perspectivismo —, está a resposta de o pôr que as direções
apontadas não podem ser aplicadas se não em um tempo muito após o ocaso deste.
*
Nós, eruditos
(...)
“Mas os
autênticos filósofos são comandantes e
legisladores: eles dizem ‘assim deve
ser!’ eles determinam o para onde? e para quê? do ser humano, e nisso tem a
seu dispor o trabalho prévio de todos os trabalhadores filosóficos, de todos os
subjugadores do passado — estendem a mão criadora para o futuro, e tudo o que é
e foi torna-se para eles um meio, um instrumento, um martelo. Seu “conhecer” é
criar e legislar, sua vontade de verdade é — vontade de poder —. Existem hoje tais filósofos? Já existiram tais
filósofos? Não têm que existir tais
filósofos?...