O senso de irmandade, a cultura de fraternidade, deveriam
superar nossas diferenças; e todo aquele que em algum momento não percebe isso,
carregará consigo uma nodoa na alma, visível aos mais sensíveis; como um
estigma nefasto: de que se entende superior a todos; quando esse demérito,
evidentemente, faz com que seja observado mais: como um irmão, ainda digno de
pena.
*
Como é
angustiante observar a situação de um inocente quando desrespeitado, ao
entender que nada se pode fazer além de abraça-lo e consolá-lo — se possível —;
ao receber as mais baixas notas em meio a sarcasmos e escárnios de iguais que
se entendem superiores, desclassificando-o; onde mais o são: egoístas e sem
compaixão. E quando interessa ao auto investido de superioridade apontar uma
falha mais acentuada, agora devida, então sim, julgam o infeliz com ainda mais
rigor, sob a ótica de mesma régua, sem considerar a opinião arrogante que
sempre escancarou a respeito do miserável.
O desrespeito
jamais deve ser permitido, porém àquele que o faz julgando o colega que falha
com a veemência que o coloca, agora sim, no mesmo patamar que entende
execrável; em caso de justiça, esse, finalmente revelado como o verdadeiro
abjeto, é certo que deva pagar mais caro, ou seja, com o mesmo rigor à
iniquidade aplicada contra aquele.
... e, como diz o poeta;
“O que não sente o inocente!?!”
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