sábado, 6 de dezembro de 2025

O bom combate é coirmão do meditar

 




Image by Cobi/Artestenciva





 

A meditação e o estado de oração devem sempre romper a disciplina hermética e ritualística da sala. Ao sair do templo o fiel não deve esquecer-se do que lá apreciou, assim como o iogue jamais estará completo em seus anseios de equilíbrio caso não preste atenção ao cotidiano com a atenção verdadeiramente voltada ao fim em si.

 




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O verdadeiro meditar sobrepõe-se ao recolhimento detido — Ainda que rígida em disciplina; a postura concentrada e atenta, tende, obrigatoriamente, a sai da sala, estendendo-se e presente aos mais diletos espaços frequentados; e, paradoxalmente, uma vez à rua, projetando sua excelência e se espraiando, folgado, alheio a qualquer vontade que pensamos possuir; o estado meditativo, sempre presente e guardião de seus deveres de instigar antagonismos, os mais inusitados; revela seu continuar inflexível; quando despertado em autor detido, atencioso e obstinado; abre caminhos para os muros intransponíveis do justo e consciente querer particular da subjetividade sempre fugidia e jamais imaginada ser em algum tempo enfrentada.






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Trata-se o Bom Combate de meditação contínua particularíssima sobre a luta diária contra esqueletos que revelam uma insanidade ainda maior — até então negada. Vestida ou caracterizada em oponentes desconhecidos e totalmente alheios à ânsia contumaz e inaudita onde o igual patológico não diagnosticado, agora autor de litígio contrário ao nosso afã, nem mesmo sabe tratar-se de agente de ações importantes para a nossa passagem, para nossa iniciação, para nosso despertar, e que, invariavelmente, fruto de descontroles, são repelidos ou mesmo, agredidos devido a essa realidade ignorada. Até nos conscientizarmos disso, o meditar poderá ser reiniciado centenas de vezes, ou, a partir de auxílio externo, mesmo abandonado na primeira seção e jamais, no estado presente, se revelar como a única porta possível, e como já dissemos: que em algum tempo, deverá ser considerada 






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Busque entender por quê o grau de dificuldade avoluma-se — Aqui no ocidente, onde não somos dados à meditação; meditar parece ser ainda mais desafiador, pois, ao que consta nas pesquisas, quando atingimos algum grau de paciência, inversamente, de maneira provocativa, aumenta o número de causas que nos põem a analisar até que ponto vale a pena lutar contra, ou aparentemente, por ora, entender ser melhor, deixar-se.





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