sábado, 21 de novembro de 2009

Outra Visível demonstração de Franqueza


A vingança é sem sombra de dúvida a melhor medida que possuímos para averiguar até onde vai a demonstração de o quanto atrasado é o espírito do infeliz que a pratica.


A vingança por si só é um ato abominável e covarde.



Iniciada no rancor que carcome a alma antes do intento vergonhoso ser posto em pratica; culmina com o prazer nervoso, incômodo, que coroa a debilidade daquele que em silêncio a arquitetou, - até então vítima - com ostentosos estigmas às Orbes de Luz, que juntarão ao seu nome, depois de findada a ação, o epíteto nada louvável de vingativo.


Pior ainda que a vingança; é a vingança desmedida. Nem sempre aquele que trama contra seu inimigo, pondera a força com que desfechará o golpe final, e no mais das vezes o que temos são demonstrações de ódio, de prazer orgulhoso e animalesco aproveitando-se do momento para destilar outros sofrimentos; recalques que uma vida de perdas já há tempos vem atirando-lhe a face sem motivo, pensa o covarde.


Ao final teremos o encerramento parcial do caso; parcial, porque mesmo que o ato pareça ter colocado um ponto final na contenda, isto só acontece ao olhos da matéria, muito mais próximo, e palpável que a platéia que torce ou apenas assiste possa imaginar, existem energias agindo que não pouparão esforços para reparar o erro cometido, ou corrigir o pensamento equivocado daquele que agora é considerado por amigos em comum, ou por si só se considera; o cara.


A vingança não deve ser nunca arquitetada, por qualquer motivo que seja, mas principalmente, porque nós ainda somos totalmente dependentes de juízo mediador, e em hipótese alguma nos foi fornecido uma referencia padrão que avalize nossos atos com relação à medida da vingança.

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