sábado, 6 de agosto de 2011

Descartes óbvios


Assim como no homem é na humanidade; à medida que a criança caminha par e passo para o seu desenvolvimento natural, também o despertar humano assim se dá. A diferença, do infante para a colossal consciência crítica - ou coisa que o valha – humana, é que nesse, por muitas eras ainda não será possível que se faça uma separação em períodos igualmente definido ou passível de comparação quanto naquele, o máximo que conseguimos hoje é a diversificação baseada na cultura, porém, ainda assim, mesmo em povos já apresentados como evoluídos, questões de cunho dogmático ou envolto em mistérios e ainda obscuro para a ciência são tratados como se um adolescente, mesmo que avançado para a idade adulta, demonstre, em alguns pontos, visível retardo mental.

O motivo para isso não vem ao acaso aqui, afinal (mesmo porque) onde orgulho, tradição, medo, religião ou simplesmente jogo de interesses são a escusa maior da direção, de perpetuação de uma forma de existir, é muitíssimo difícil alinhavar algum argumento razoável ou específico dentro de uma gama infindável de variáveis que podem ser combinadas apenas levando em consideração estas cinco opções levantadas.

Vamos usar, por exemplo, duas situações assistidas nos pequenos, (a primeira de cunho particular do próprio “jogador” que ainda no colo põem os pais refém de suas vontades) onde, ao saberem que serão atendidos se apresentarem aos adultos um estado genioso de manha, de birra, abrem um berreiro sem o menor pudor onde quer que estejam. Isto é evolução rápida pura e simples, embora muitos especialistas afirmem que os pixotes não estão sós, pois cada um traz impresso em seu DNA uma carga (em maior ou menor grau) de situações vividas por todos os humanos que o precederam.

Num segundo momento tomemos já um adolescente, de preferência um acima da média. Por “n” motivos, fartamente explicado por especialistas, em determinado momento ele simplesmente pára ou diminui drasticamente o volume de perguntas e indagações externas, seus questionamentos são interiorizados quase que automaticamente de um momento para o outro, e embora aqui também possa ser encaixada uma ou mais das questões chaves acima apresentadas, todos concordamos que mesmo levando também em consideração o que os especialistas repetem sobre a carga impressa no DNA da pessoa, é sabido que os espécimes tidos como normais acabarão chegando a idade adulta suficientemente preparados, ou dentro da média aceitável para sobreviverem ao novo meio.

Porém ao observar algumas das questões mais polêmicas que acompanham o homem, (a luta das religiões, descida do homem a lua, Deus existe?, ETs,) mesmo não levando em consideração as demandas armadas ou aquelas que sabemos existem apenas nos bastidores embora saibamos serem ainda mais destrutivas que as assistidas em frente as câmaras, é simplesmente impossível afirmar que o homem já tenha largado os cueiros.

Partindo desse princípio e tendo em mente o grau, a poderosa capacidade que um ser pode exercer sobre o outro se o primeiro conseguir manter a sete chaves a sua força de persuasão ou quanto mais puder esconder os reais interesse de seus atos; como pode um ser pensante se lançar desarmado e nu em águas turbulentas em sua companhia. É impossível.

A despeito de sermos mais ou menos esclarecidos uns dos outros é inadmissível a um homem que pensa verdadeiramente, e que trabalhe este pensar baseado não apenas na razão do conhecimento adquirido e sim na mais pura intuição desperta do bem e do amor, que, tendo adquirido a verdadeira compreensão do peso do bem e do mal, - e somente colocamos assim por força de expressão ou medida ilustrativa – compactue, ainda que se trate o outro palestrante de uma figura pública de renomada patente, mérito esse que cairá por terra no momento em que põem a prova – a descoberto - seu estimado conhecimento, por saber o quão descabido de propósito é, se expor em questões que lancem dúvidas sobre a existência disso ou daquilo, ou ainda, ao entender como importante: discutir de forma controversa um único debate polêmico, comum as massas, mesmo quando em dileto espaço.

Pra que tudo isso!?!

Simplesmente e também, pelo fato de entender hoje que a evolução humana engatinha e não o faz por querer, não o faz por submissão, o faz por não saber, por desconhecimento, por não carregar em seu DNA universal – univérsico - carga alguma, não ter a mínima idéia de que poderá um dia andar em pé, muito menos que significado há nisso.

029.d cqe