domingo, 24 de junho de 2012

Ah! Que força vem do suportar


Mesmo sem vontade, sabendo que isto pouco importava nesses tempos, tanto a ele próprio quanto ao professor, o velho erudito discorreu, valendo-se mais uma vez da polidez que pouco efeito tinha por entre o povo da cidade quando a via era contrária. Observou a si mesmo também, que o faria como uma forma de respeito, afinal o estudioso, apesar de noviço, demonstrava bastante interesse afora lhe parecesse que se tratasse de pesquisa obrigatória, entendia o velho turrão que revelaria gratuitamente, não devido à paga e sim ao seu entender particularíssimo de que as revelações sérias deveriam apenas ser feita àquele que a ela dedicasse uma vazão de excelência. Assim resmungou que não é fácil pagar o preço de aprender a vida vivendo entre aqueles que a encaram como uma dádiva que não deve ser valorizada, ou ao menos é isto que parece, porém ah! Que força há; que força se adquire depois de quitada a dívida. E arrematou, como se precisasse qualquer outro viés de argumento extra para reforçar palavras de precisos significados que poderiam ser pisoteados por séculos, mesmo na praça, que ainda assim não perderiam o viço, complementando, como adquiriria força no meu pensar se não enfrentasse os ventos ininterruptos das intempéries do cotidiano agitado, coexistindo, assim, por entre o ignorar passivo!

038.e cqe