domingo, 3 de junho de 2012

Trabalho Único

A Obra de Nietzsche deveria ser declarada a nona maravilha do mundo.

Nietzsche sozinho, apenas com sua poesia, é uma das maravilhas do mundo. Existem as pirâmides, sempre inexplicáveis e misteriosas; Machu Picchu também envolta em mistérios. Mesmo observando monumentos que não constam das memórias humanas quanto à importância, como as grandes civilizações que tanto contribuíram para o desenvolvimento tal como o conhecemos hoje, a própria Atlântida que ainda a muitos é apenas mitológica, aguça a curiosidade às pesquisas. Em meio a isto tudo o mundo teve um homem que sozinho o representa, - dentro do que devemos entender ou que remete a arte – Friedrich Nietzsche.

Por algum motivo, assim como tudo que aqui é anexado sem explicação, foi nos dado Nietzsche com sua poesia. O que fazer com ela: nada – qual os grandes mistérios deste planeta, o que se há de fazer é através das pesquisas, retirar algumas lascas do denso granito. Não é possível que ao menos consigamos desvendá-la minimamente, e é ainda pior se levarmos em conta o convencionalismo ao qual a sobrevivência está obrigatoriamente atrelada. Tornando então, a partir deste enredar, a trava principal da negativa singular de tentarmos aplicá-la na prática.

Sua poesia existe por si só, e tentar desvendar o que parece ser seus mistérios morre ou se desfaz diante da ferramenta ainda ancestral denominada mente humana, isto então apenas no primeiro momento. Vencida esta etapa, entramos em outro inextricável; outro emaranhado de observações maravilhosamente incompreensíveis ainda mais enigmático que o anterior, ainda mais denso, o da impossibilidade de aplicação de sua Vontade de potência por um cético homem comum, de o que as mentes primatas; agora, primatas diante e apenas a partir de toda a sua animalidade, construiu e denominou como cultura dos povos, eis aí a maior das impossibilidades. Primeiro de decifrar Nietzsche e depois de minimamente aplicá-lo.

Não, ele não existiu para isso, ele é para alguns poucos que o podem visitar e aprazeirar-se com sua volúpia verbal que nos serve como um balsamo diante de tão arcaizante cultura.

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