domingo, 17 de junho de 2012

De que vale tudo isso?


Uma vez mais:

  De que vale tudo isso ao mundo, ou:
  existirá algum beneficiado maior que o próprio
 indivíduo que tentou com suas pesquisas,
 com suas análises qualificar o existir humano;
 ou ainda, qual é a porcentagem, a massa
 humana realmente assistida após seus
 rascunhos terem sido decifrados?

Homero, Dionísio, Confúcio, Sun Tzu, Lao Tze, Pascal, Nietsche, Platão, Sócrates, Rousseau, Helena Blavatsky, Schopenhauer, Sartre, Morin, e tantos outros; o que significa tudo isso no frigir dos ovos? Ou melhor, o que realmente – ou efetivamente - significa o legado destes senhores a todo o humano nascido desde então? Se afinal muito pouco do que estes poucos fizeram, - e devemos entender que não foi pouco – tem uma aplicação prática, ou é aplicado na prática com eficácia. Partindo deste único e tosco pressuposto é importante que façamos uma análise simples e rápida e tão tosca quanto, até porque o aprofundamento aqui irá novamente distanciar-nos do ponto, dada a espiral, ou devido à formação sempre obrigatória de outras tantas espirais sem precedentes, tão comuns a assuntos da metafísica, ainda que consideremos apenas aqueles a ela pertinentes.

A questão então é, analisando, mais uma vez de maneira muitíssimo simples, e trazendo para a forma mais fácil do pensar, e então, a partir daí, largar as rédeas da espiral iniciada, porém imaginando que o ponto principal, trata-se de um gatilho bastante leve, tanto o é, que deve nos induzir a uma resposta quase que imediata, - este é o ponto - e quando lançamos mão de “imediata”, mesmo fazendo alusão a milênios de pesquisas, buscamos que esta resposta à questão do título seja exposta ou ao menos conduza o questionador a um tipo de tranco linguístico que o retraia, obrigando-o a responder de imediato com um tipo de negativa, como se tudo, ou todo o esforço destes monstros passados de alguma maneira não qualificou em nada o existir humano, principalmente o ocidental, no que se refere aos valores principais que devem reger um caráter honrado e ético, afinal, entendemos, ou devemos entender que isto deveria ser o ponto, a questão, a busca, a luta para obtermos a qualificação, a excelência humana: ser uma pessoa de bem, - considerando os aspectos que formam tal indivíduo na sua totalidade - levando em consideração – em primeira instância - única e exclusivamente a sua existência em sociedade; em conjunto; em grupo.

Sobreviver em harmonia, e uma vez conquistada esta etapa, entender e aplicar o tempo livre para a evolução pessoal, porém jamais pensando apenas no eu, mas entendendo que, - ou como já foi dito – uma vez que todas as nossas atitudes são pensadas com seriedade, buscando a evolução comum do grupo, automaticamente, cada membro terá seu naco, sua cota particular de evolução pessoal única e intransferível.

É importante que um pequeno aparte aqui se faça. Voltando aos nomes negritados no início deste texto é possível fazer uma alusão que talvez não sirva para uma tese de valor acadêmico ou mesmo prático, porém ela é perfeitamente cabível em uma observação despretensiosa como é o caso aqui. Levando em consideração esta última observação a respeito de grupo é possível entender que existe um valor em tudo o que os verdadeiros representantes do gênio universal fizeram, e, mesmo que, pouco ou muito pouco tenha sido assimilado por aqueles que, comparado aos gênios, são tidos como comuns, - leia-se, todo o resto de nós - devemos entender que o enunciado acima se faz justo uma vez que todos eles ao agirem pensaram no humano como um todo indistinto, porém se o humano não conseguiu ainda uma forma – efetiva - de por em prática toda a riqueza descoberta por estes verdadeiros senhores, ao menos para eles ficou o estigma da decência e companheirismo, - nisto eles também são nossos representantes maiores - e premia o que dita o texto: se o grupo não foi beneficiado tanto quanto gostaria, eles como membros filósofos pesquisadores individuais - jamais individualistas - o foram.

É natural então, que seus esforços, ao menos no que diz respeito ao querer interno silencioso e único, porém pensado; projetado para o todo, foi recompensado, ou seja, ao menos eles evoluíram. E este conhecimento decodificado, por mais que se derrame para todo o sempre sobre a terra, é certo que os fortalecerá perpetuamente também perante os Senhores do Universo.

Desta pequena explanação, se perguntássemos a parca assistência presente, como é encarada esta questão título, quando se nos parece que a esmagadora maioria, apesar de entender que o mundo não acaba aqui, age exatamente ao contrário do exposto por nossos gênios, executando ações diárias de maneira alguma planejando quais reações futuras tais atitudes desencadearão. Portanto, e apenas como mais uma provocação sem sentido, da série, “Crônicas para o Nada": De que vale, na prática, dentro, ou melhor, analisando o comportamento contemporâneo, todos os aforismos que como tapa na cara do humano tiveram o mesmo fim daqueles que proferem o tapa – mesmo que em suas razoes, ou seja, é melhor não vestir a carapuça e levar tudo para o lado pessoal.

A verdade é que suas ideias foram sedimentadas apenas à primeira camada do caminho, aquela que é abafada imediatamente à chegada da próxima subsequente que aos poucos a esmagou sem deixar nada além de alguns vestígios que se parece mais a uma rebarba remanescente; que permanecera, como se a humanidade tivesse evoluindo nas coxas; onde, após uma seção de idas e vindas de homens e máquinas por sobre o caminho, surge assim o projeto trabalhado por aqueles considerados técnicos, os engenheiros, aqueles que verdadeiramente estudaram o assunto, este sim então é finalmente aceito como definitivo, o merecido a ser trilhado.

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