sábado, 16 de agosto de 2014

À Inteligência



Por algum motivo, ao longo de anos venho chamando a atenção, inutilmente, para a inteligência.

Esta é uma tarefa árdua porque todos nos consideramos inteligentes demais para prestar atenção em: o que é ser inteligente!?!

Há assim, uma confusão nesse entendimento, que é fustigado violentamente pelo orgulho nosso de cada dia.

Ah! Sempre ele.

Mas a inteligência não é uma semente que se desenvolve naturalmente no homem, ela precisa tanto de rédeas quanto estímulo; ao máximo que o indivíduo tem ao nascer é uma espécie de dom, mas no decorrer da existência pode ocorrer com esta dádiva uma série de situações tanto para o bem quanto para o descaso que, ou o catapulta para a excelência ou o relega ao ostracismo.

Entender isso faz toda a diferença. Um dos entraves, é que este é papel, inicialmente, a ser estimulado pelos pais, e continuado nos mestres ou tutores, que ao perceber a diferença, direcionam o infante por caminhos seguros até que este tenha desenvolvido condições e percepções maduras para garantir evoluindo suas qualidades.

Como podemos observar; em tempos de hoje: não é nada fácil manter-se direcionado à inteligência.

Pelo sim pelo não, para dar alguma fidedignidade a minha chamada de atenção, recolhi outra pérola do mestre Thomas Mann de um texto maior sobre Schopenhauer, aproveitando a oportunidade deste espaço que é também destinado a registrar idéias que entendemos devam ser perpetuadas.  

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A salvação, pois, de maneira alguma se chama “morte”; liga-se a condição muito diferente. Ninguém imagina a que mediador devemos eventualmente esta bênção. É à Inteligência.

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