sábado, 21 de novembro de 2015

Propedêutica comutada



Ainda que o processo inicial caminhe da exposição e explicação e daí evolua para o enxuto e despretensioso e minimamente precisado... pôr-se a relatar o que pensa: quem muito pensa, aos poucos, naturalmente, diverge para considerações exclusivas, que acabam por abafar ideias outras de mais fácil entendimento ao todo generalizado; que poderiam então ser entendidas de pronto se decifradas; servir de ferramenta para decodificar as inegavelmente densas e indecifráveis a curto prazo.

...quando é atingido então o estágio do desentendimento; passa-se, quando presta, à fase da contemplação.

Se não há o hiato entre o entendimento e a contemplação; ambos já habitam o mesmo plano; mas na inexistência; no “não haver” desse coabitar metafísico, também ocorre a contemplação; é inegável que há uma desconexão entre aqueles que apenas apreciam o belo e a ferramenta que nasceu para executá-lo; porém, não há a compreensão do como se dá o processo na sua magnitude.

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Niilismo literário - O bom escritor, o bom autor é um niilista desses que provocam o caos, a derrocada dos pensamentos até então comuns; sim, porque ao nos depararmos com um bom texto, com uma boa obra, é causado em nós uma revolução a tal nível que não nos é mais possível insistir com ideias níveis abaixo do agora acessado.


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