sábado, 1 de junho de 2019

Silêncio




É preciso saber que sabe para questionar, mas este em geral não o faz por entender a inutilidade de fazê-lo àquele que ignora, e quando busca, o faz observando.



Em sendo menor a questionar o maior, envolto das sempre sinistras atmosferas capciosas, não faz sentido permanecer aí, afinal, ao “desafiar” será evidenciada a dúvida vã, e não há motivo algum continuar em um caminho permeado pela insegurança. Ao filiar-se a um professor, a um sábio, ou mestre; só há uma ação útil: o silêncio.







Ao que se adianta o questionar é inútil. As informações verdadeiramente importantes – ou podemos colocar como necessárias à ocasião - são as mais simples e entregues de bandeja, gratuitas a todos, independentemente de se fazer ou não uso delas. A partir de então o que existe está envolto em névoas e véus que são tornados mistério mais por conta da malandragem humana, quando na verdade este desconhecer nada significa por se tratar de assunto prematuro e banal em esferas outras. Acontece que somos curiosos sem o conhecimento devido – a curiosidade filosófica pertinente exige domínio da razão – no entanto tão somente por estarmos adultos nos entendemos no direito de tudo saber; e isto não é uma inverdade total. Podemos investir-nos de vontades banais ou calçar outras - ou muitas – impostas ou aguçadas externamente embora na sua maioria não passem de pura perda de tempo; irão descobrir. O aprender colegial se dá aos poucos mesmo nas universidades, quando os alunos se entendem prematuramente aptos a dominar o mundo. A realidade aqui descrita é abrangente, e vem à tona – sempre que instigada - dentro ou fora das Tores de Marfim; em algum determinado momento aleatório então, podemos nos atentar para o fato de que não é possível, ou não existe a necessidade de sermos apresentados a situações que se mostrarão dispensáveis ou inúteis, que somam zeros – ao estado de consciência atual -, a ocupar o que temos como o maior valor em um estado que prima à matéria; o tempo.




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Culpamos a falta de tempo para ações negligenciadas ou postergadas que fatalmente nos levarão ao arrependimento tardio ao descobrirmos que algumas das atividades que substituíram as essenciais se mostrarão pura perda de tempo.





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