sábado, 28 de setembro de 2019

Do desejo e da busca




Qual é a diferença básica, primordial, entre desejo e busca? Querer; vontade? Não. É o estado desperto do ente.







No Tao te King,
Lao Tse ensina que


Aquele que não busca encontra
e aquele que tudo procura não vê o que
está diante dos olhos.







A posse, o desejo; são finitos. Com isso podemos afirmar que a aquisição objetiva é fonte de fáceis realizações em um sem número de vezes na vida do indivíduo. E por mais que entendamos que não prestar atenção na ânsia do querer algo é pernicioso; uma perda de tempo se comparado a busca diligente, existe aqui um paradoxo muitíssimo interessante se observado sobre o prisma de que, aquele que busca tem, possui, o dom latente do desejo altruísta equilibrado, do buscar inexaurível; do querer que difere, no entanto, sem nada almejar. Despretensioso. Transubstanciado. Este apenas entende que não há fim no processo do buscar honesto como sabemos que não há fim na ação de desejar enquanto aquele que busca o possuir ordinário não despertar para o sentido da busca infinda.

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