sábado, 18 de setembro de 2021

Dialética ignota


 



O orgulho e a vaidade, em muito, precedem a inteligência.

Ao assistir no outro ates me considero apto à cópia.






Como então me trato eu de uma cópia, defendo minhas ações muito antes de pensar nas razões de outro terceiro...




... e ao que entendo ser qualquer mísero toque a minha personalidade tão ansiosa quanto mentirosa; ou, aos meus olhos, mal interpretada: como sinal de provocação; antes, minha armadura vaidosa, quando não pode se esconder na covardia diante de um visível brasão hierárquico, é acionada, e em ato contínuo lanço mão, à revelia de parca lucidez calcada em uma sabedoria inexata ou qualquer possível resquício de ponderação; a um contra-ataque gratuito e mendaz, nada compatível com o que tento pregar.



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Aproveitamo-nos de um amontoado de implantes bem ou malsucedidos; nossa personalidade reflete tudo menos o que somos realmente. Cópias do que entendemos ou não, ser de bom tom explorar, corrigidas ao longo de uma vida balizada em paixões, modelos, modismo, interesses, menos de razão e minguada autocrítica – ou seria; furada? Isso não compreendemos ainda: que muito rápido somos adestrados ao não aceitar de imposições que ataquem diretamente nosso “livre” pensar, quando nossa falta de consciência aceita todo o externo indesvendável em forma de dialéticas ardilosas enquanto o orgulho comprado nos distancia a cada dia mais da observação de princípios capazes de iniciar algum tipo de inversão totalmente avessa ao que se mantém defendendo.








 








“Somos o reflexo do que não somos”

Amal



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