sábado, 28 de janeiro de 2023

Da realidade da coisa em si

 







































































“Se pensasse como ele agiria da mesma forma” - Meu primeiro contato com o termo “coisa em si” foi com Schopenhauer em (O mundo como vontade e representação). Lendo o artigo do teósofo Edson Gusella Jr. (A verdade como caminho - Revista Sophia 100), que recorre a Santo Agostinho, “somos a atenção consciente que existe no momento presente” e Kant, “para Kant não é possível conhecer a coisa em si... conhecemos apenas a forma como percebemos a coisa”.









Valendo-me desse artigo, inescapável a todos que à causa interessa, vem-me à mente que elegi a utilização do termo “algoritmo*” para denominar nosso entendimento da coisa. A partir desse raciocínio, é possível afirmar que todo o existir terreno, todo o rearranjo humano é uma compilação/soma da organicidade a que viemos e estamos vivendo/desenvolvendo. A partir desse pensamento é possível afirmar que todos estamos calibrados em frequência íntimas, não em seu Eu – um eu real, taxativo, definitivo -, não na coisa em si real, mas fictícia, criada, montada.









A minha percepção é a sua percepção – ou ao menos é relativamente aceita para que exerçamos um conviver social mínimo - com referência a coisa bruta, a brutalidade objetiva cotidiana, no entanto ela difere à medida que desenvolvemos, paulatinamente, algum desbravar de entendimento significativo que distancie o ator do palco das representações ordinárias para nichos exclusivos, no entanto, ainda que avance, sempre estará insulado em uma redoma que o obrigue a se pautar em perspectivas possíveis, observável e realizável apenas no Plano Terra.









 

*Algoritmo, aqui pontuado, faz o papel do, linkar de convenções, do que a sociedade, as amizades, os relacionamentos, a vida convencionou, combinou, pactuou, acordou etc. Trata-se dá amarração, da união de pensamentos; da união, do aglomerado, o cabedal de conhecimento comum ao grupo, comunidade, país, continente, que resulta sempre em pontos acordados de entendimento mutuo, bi e multilateral que, cada um à sua maneira interpreta – e mantém coeso à comunicação oficial -, por conta de como chegou, se valendo dessas associações (algoritmos), para desbravar a vida, trazendo-a até o agora de cada indivíduo, ou seja, seu estado de ser resultante da concentração absurda de experiências.









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