sábado, 31 de março de 2012

Legado

Alguns autores lembram-nos dos 
riscos que correm aqueles homens
responsáveis, de moral ilibada,
que muito fizeram para construir
um legado que o transformaram
em seres merecidamente dignos
de serem lembrados por seus próximos, e também, àqueles
beneficiados; com uma passagem
verdadeiramente histórica, ao
deixar  um posto orgulhosamente
conquistado e bravamente
defendido com base nos mais
puros princípios de honra e honestidade a um filho ou um  indicado de confiança.

Estes autores fazem estas observações buscando atingir não apenas aquele que entrega o cargo, mas, principalmente, ao indicado, a fim de observar os cuidados que o primeiro deve ter na escolha, e o segundo; no orgulho e responsabilidade de ser o escolhido, afinal, este terá a dificílima tarefa de continuar carregando a bandeira de seu antecessor, no mínimo, respeitando a confiança depositada e com o mesmo afinco assistida no seu indicador até então, em algumas situações seria digno de aplauso, àquele que desvestido de ganância entendesse que não podendo responder a altura o cargo que lhe foi dignado, não o aceitasse, antes de ter seu nome atrelado a algum mau feito que ferisse não apenas seu caráter como e principalmente o histórico daquele que o nomeou.



Do meu lado entendo que mediante tal privilégio, tal sorte, tal honra o mínimo que se tem a fazer e dignar-se a estudar seu padrinho nos mais íntimos detalhes e fazer ainda o impossível, a fim de lapidar, de moldar o germe criado, envolto em alguns dos elementos amalgamados de maior dureza, de melhor liga, perpetuando com dignidade a confiança depositada.

Trilhando então, um caminho honrado, devo buscar que meus antepassados, onde quer que ouçam falar a meu respeito, não se escondam ao ouvir meu nome, depurando, quando possível, ainda mais o puro sangue legado, ao premiar com os maiores valores os princípios há muito defendidos, dignificando todo o caráter e a confiança em mim depositada.

Não é sem propósito encaixar aqui, e lembrar ainda mais uma vez a voz do profeta Nietzsche quando ensina que: antes de cometer algum ato que nos leve a pensar se está contido dentro de um coração que se digna a justeza, imagine que próximo a você, durante o ato, esteja presente a pessoa que você mais admira; se ainda assim este ato deve ser consumado: comete-o.


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