domingo, 10 de novembro de 2013

Dos contatos com Nosso inseparável Dragão



        Mostre a mim como me conter? Como não chorar? Ou melhor; não me mostre.

        Conto o que sinto e então dirás – mas para isso antes: precisa sentir algo - a partir do meu e não do teu ponto de vista, se deves ou não corrigir sua negativa; sua crítica; seu menear de cabeça contra meu sentimento fraco e consequentemente de meu destempero, meu desequilíbrio frente ao que comove.

         Tome lá então...

        Se o Dragão chega até você; - não é um... é O – e independente se Ele está de bom humor e aparente ser uma iguana doméstica bem alimentada. Você O tem como o É. A águia não perde sua majestade e deixará de ser respeitada por parecer uma chama inofensiva enquanto brinca com seu filhote.

         Com sua baforada benfazeja e secular, totalmente apartada de qualquer humor injusto por carregar Ele a Sabedoria da diferença. Emite sua rara opinião, porém mais; explico. É muito provável que não tenhas notado isto antes de atacar-me: que meu pensamento foi aprovado.

Agora o ponto. Antes de sê-lo, aconteceu aquele que para um simples mortal é o néctar de todo um trabalho que vem se processando a mais de uma década: disse-me Ele que não havia entendido e sugeriu que explicasse... repito, este é o ponto.

        A aprovação posterior era inevitável, (ou melhor no meu entender menos valeria então); e digo que lanço mão aqui de toda a simplicidade possível que eu possa reunir. O bom pai reconhece o apelo do filho entre milhares de outras vozes.

        Senti-me na obrigação então de explicar a você, - um ser ausente de coração, e tão presente em olhos. Contrariado. Mesmo sabendo que sou horrível fazendo isso. E também, não apenas por você e sim por todos aqueles seus parceiros que por não entender o meu sentimento puro fizeram coro contigo desrespeitando tanto a mim quanto ao Meu Mestre Inatingível. E agora talvez eu possa repetir a questão primeira. Entendo que compreendestes e estás pronto tanto para rever seu ar assoberbado de troça quanto à respondê-la: Mostre a mim então como conter-me? Como não chorar? Mas lembre também que isto é retórico, é apenas uma licença poética, o que quero mesmo é que nada fales...

não tente me mostrar nada.

015.g cqe